Iniciamos o mês de outubro comemorando o dia do Idoso e recordamos dos nossos amados avós através do resgate de nossa memória afetiva. Mas esse momento e a atual situação econômica financeira de nosso país, também nos leva a refletir sobre a ocupação de pessoas acima de 50 anos no mercado de trabalho e de que forma essa ocupação pode contribuir com significativos benefícios psicológicos para quem ainda precisa de emprego e é preterido pelas empresas, apesar da vida ainda requerer movimento em todas as suas fases.

Superar o ambiente adverso, seus medos, suas limitações físicas ou até mentais, além de conquistar colegas de trabalho (de diversas faixas etárias) e se manter firme na busca do objetivo por estar ativo no mundo corporativo, sem dúvida, são os maiores desafios de adultos acima dos 50 que encaram esse processo de superação. Além disso, a empatia, generosidade e compreensão precisam caminhar juntos na estratégia de acolhimento destes indivíduos.


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No âmbito psicológico, voltar ou se manter produtivo é fundamental para qualquer pessoa. Pois, o equilíbrio emocional tende a afastar os sentimentos de perda, inutilidade e finitude, tipicamente vivenciados por quem se encontra em faixas etárias mais avançadas.

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Apesar de sabermos que a etapa da vida caracterizada como velhice é carregada de bonitas histórias e velhas lembranças, mas também vem carregada de sofrimento e tristeza. Fatores muitos distintos que podem apontar causas que levam a esse desequilíbrio emocional, visto que não
se pode afirmar que existe uma causa única para esse sentimento de perda, mas um complexo de valores associados que devem ser ponderados e reparados por todos e pela sociedade.

Um profissional sênior no time corporativo tem sido desejado por muitas empresas, que passaram a aderir, por exemplo, aos programas de estágio para pessoas acima dos 40 anos. Um bom exemplo foi que em 2020 a Unilever abriu processo seletivo para contratação de estagiários com idade acima de 55 anos, mostrando que não há limite de idade para estagiar e que é louvável a tentativa de coloca-los de volta à ativa e oportunizar maneiras para se reinventar em meio a uma sociedade onde tudo é urgente e imediato.

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O pulo do gato é banir a concepção estigmatizada de que entrar em uma faixa etária elevada é sinal de que a vida acabou e deve-se esperar pelo fim da vida. Pelo contrário, os mais velhos podem ser mais resilientes e dominarem com muita habilidade situações de crise e conflito. Visto que, muitos trazem na bagagem experiências enriquecedoras para compartilhar, ensinar e orientar, com potenciais diferenciados e fundamentais no atual mercado de trabalho.

Portanto, mesmo com o inevitável choque de gerações, a inserção de quem tem mais idade no ambiente laboral fomenta a revisão de valores pessoais, auxilia na elevação da auto estima e do senso de utilidade deste ser humano. Além de provocar uma revolução nas emoções, sentimentos e visão de mundo em todos os envolvidos neste processo.

Afinal, não importa a idade, gênero ou qualquer outra segmentação, a dedicação e qualidade podem vir de qualquer profissional. Uma mina de ouro para todos que vencem as diversidades e potencializam oportunidades para novos talentos brilharem. Além de valorizar o humano e favorecer o equilíbrio emocional e psíquico de quem acreditou estar sem muitas perspectivas.

Pessoas acima de 50 anos também precisam de emprego

Dra. Andréa Ladislau, Psicanalista, Gestora Comercial, Administradora Hospitalar, Psicopedagoga, Palestrante, Membro da Academia Fluminense de Letras, Colunista do Site UOL, Colunista do Jornal Folha de Niterói e Colunista e Redatora da Revista VAM Magazine.

 

Ouça o PodCast RHPraVocê, episódio 76, “Como pavimentar a inclusão e o desenvolvimento de profissionais 50+” com Fran Winandy, Autora do Livro ” Etarismo, um novo nome para um velho preconceito“. Apaixonada pela evolução das pessoas. Palestrante e Consultora em Diversidade Etária e Etarismo. Transição de Carreira. Clique no app abaixo:

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Capa: Depositphotos