Apesar do tema diversidade estar em alta, quando se trata da contratação de profissionais com mais de 40 anos, o preconceito volta à tona. O etarismo – discriminação por estar envelhecendo – ainda está presente em boa parte do universo corporativo. Mas, para que esse movimento seja combatido, as empresas precisam fomentar a discussão sobre o tema.

Com o aumento da expectativa de vida, que subiu para 76,8 anos, em 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil precisa se preparar para o processo de envelhecimento da população, principalmente, no mercado de trabalho. Quando ampliamos o olhar para aqueles que estão envelhecendo, temos 25% de toda a população com mais de 50 anos. Até 2040, 57% da força de trabalho nacional terá mais de 45 anos. E isso provocará reflexos em toda cadeia de trabalho. 


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O mais preocupante é que as empresas estão lentas em relação a esse olhar para os profissionais maduros. São poucas aquelas companhias que, hoje, adotam um programa de combate ao etarismo. Uma pesquisa realizada pela Great Place to Work (GPTW) Brasil, em 2018,  mostrou que mesmo entre as melhores empresas para se trabalhar, a inclusão etária está longe de alcançar altos patamares, onde apenas 3% de profissionais idosos estão nas 150 melhores empresas avaliadas

O mercado fala muito em diversidade, mas não há uma disseminação da cultura inclusiva. Os que os gestores precisam ter em mente é que a maturidade traz comprometimento. Além disso, uma equipe heterogênea tende a ser mais criativa. As pessoas mais velhas estão ávidas por conhecimento, isso não é uma característica exclusiva dos jovens.

Outro ponto que merece destaque são as habilidades de comunicação interpessoal das pessoas com mais 40, 50 anos; até porque eles não vivenciaram apenas a comunicação digital que está disseminada na atualidade, através de apps como o WhatsApp. E por conta dessas habilidades junto com a experiência de mercado, muitos estão aptos a executarem papéis de liderança de uma equipe.

O etarismo pode colocar a saúde das pessoas mais velhas em risco. De acordo com um relatório elaborado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) uma em cada duas pessoas no mundo já apresentou ações discriminatórias que pioram a saúde física e mental dos idosos. Acredito que as gestões empresariais precisam ser pautadas em princípios mais amplos e humanistas.

Etarismo no universo empresarial

Por Marcel Scalcko, bacharel em Administração e Direto, com pós-graduação em Administração de Marketing. É fundador e CEO do Grupo Scalco, empresa de consultoria em gestão para alta performance e de treinamentos comportamentais. Scalcko é treinador comportamental há mais de 25 anos e já assistiu mais de 110 mil pessoas com suas metodologias próprias, como o Programa de Gestão para Alta Performance (G.A.P) e as Leis da Vida – uma abordagem de desenvolvimento humano que é apresentada pelo autor no seu best-seller “As 9 leis inegociáveis da vida”. 

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Capa: Deposithphotos