Abril Verde: Como a empresa pode ajudar a saúde mental de seus colaboradores. Você já ouviu falar sobre o conceito de Blue Zones (Zonas Azuis)? Essas são regiões ao redor do mundo onde os níveis de felicidade são mais elevados, assim como a expectativa de vida com qualidade.

Foram identificados nove fatores-chave que ajudam a determinar essas regiões, incluindo alimentação saudável, atividade física, senso de propósito na vida, entre outros. Um fator especialmente significativo, que pode inclusive influenciar o ambiente de trabalho, é a qualidade dos vínculos que as pessoas nessas regiões mantêm com suas comunidades, amigos e familiares.

É justo afirmar que empresas que priorizam os relacionamentos e cultivam um ambiente organizacional positivo estão contribuindo para o bem-estar, a produtividade e a felicidade dos colaboradores. Além disso, é importante destacar uma data significativa em abril: o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, estabelecido pela OIT em 2003, confirmando a importância do tema da saúde do trabalhador e evidenciando sua crescente relevância estratégica para as empresas.

Considerando os fatores citados, que medidas as empresas podem adotar para promover a saúde física e mental de seus colaboradores? Afinal, 61% dos brasileiros disseram, em uma pesquisa realizada pela Opinion Box em parceria com a Vittude, que o estresse do trabalho já prejudicou sua saúde mental em algum momento.

Existem inúmeras medidas que podem ser implementadas nas organizações, visando a manutenção, prevenção e promoção da saúde de seu quadro de colaboradores. Abaixo, são apresentadas algumas sugestões:

1. Criar programas de bem-estar que abordem aspectos físicos e mentais que incluam aulas de exercícios, sessões de meditação, workshops sobre gerenciamento do estresse e acesso a serviços de aconselhamento ou apoio psicológico;
2. Incentivar a prática regular de exercícios físicos, seja oferecendo subsídios para academias, organizando competições esportivas entre os colaboradores, ou até mesmo promovendo pausas ativas durante o expediente, onde os colaboradores são encorajados a fazer alongamentos ou caminhar;
3. Usar instrumentos que ajudem a empresa a diagnosticar, por exemplo, bournout, clima organizacional, entre outros que avaliam questões relativas à saúde mental;
4. Implementar políticas diferenciadas no trabalho, como horários flexíveis, trabalho remoto ou dias de folga, para permitir que os colaboradores tenham tempo para cuidar de sua saúde e bem-estar pessoal e também possam focar em seus momentos de lazer;
5. Criar uma cultura organizacional que valorize o apoio mútuo, o trabalho em equipe e a construção de relacionamentos positivos entre os colegas, possibilitando um clima organizacional saudável que impactará positivamente na saúde mental de todos;
6. Garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável, com medidas adequadas de segurança, ergonomia e bem-estar físico. Isso pode incluir ajustes ergonômicos nos locais de trabalho, pausas regulares para descanso e políticas de prevenção de lesões.

Ao implementar essas e outras ações voltadas para o bem-estar de seus colaboradores, as empresas não apenas contribuem para uma vida mais saudável das pessoas, mas também colhem os benefícios de uma equipe mais engajada, produtiva e feliz.

Por Vanessa Lamego, Gerente de RH. Graduada em Administração de Empresas pela PUC/SP, pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas pelo Mackenzie, com 20 anos de experiência na área de RH, implementando políticas e estratégias para promoção do desenvolvimento e bem-estar dos colaboradores e

Adriana Isidio, Gerente de Marketing e Comunicação. Graduada em Comunicação Social, pós-graduada em Gestão Empresarial pela ESPM e em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas pela USP, onde defendeu a tese “A importância da comunicação interna no apoio à prevenção e manutenção da saúde mental das pessoas nas organizações”. Ambas da Vetor Editora.

Ouça o episódio 181 do podcast RH Pra Você Cast, “A saúde dos trabalhadores está em risco?“. A abordagem das empresas em relação à saúde dos colaboradores traz otimismo. Desde a pandemia, o bem-estar e a qualidade de vida passaram a ser assunto obrigatório nas organizações para que elas se mantenham competitivas. Contudo, será que a prática é tão positiva quanto o debate? Segundo uma pesquisa recém realizada pela Alice, ainda existem muitos gaps a serem corrigidos. Para falar mais sobre o estudo e também a respeito do cenário da saúde do trabalhador para 2024, batemos um papo com Sarita Vollnhofer, CHRO da Alice. Confira abaixo:

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Capa: Depositphotos