Integrar a intergeracionalidade nas organizações é o principal caminho para sair do etarismo.

O aumento da expectativa de vida trouxe um novo panorama para a sociedade e, consequentemente, para o mercado de trabalho. Mais pessoas acima dos 45 anos passaram a estar empregadas e, com elas, um tipo de preconceito ganhou força nos corredores das empresas: o etarismo, que, entre outras coisas, condiciona à idade o desempenho e a capacidade de desenvolver atividades.

Um levantamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que aproximadamente 13% da população brasileira tem mais de 60 anos, e a previsão é que, em 2031, o país tenha mais idosos do que jovens e adolescentes. Se olharmos um pouco para trás, o aumento da expectativa de vida impressiona: em 1940, era de 45,5 anos, enquanto, em 2020, já havia saltado para 76,8 anos.

O país está ficando cada vez mais “velho” e, embora vejamos o preconceito crescer no mercado de trabalho, a neurociência nos mostra que a presença de pessoas com mais bagagem é positiva para as empresas. Estudos comprovam que o aprendizado constante molda o cérebro a partir da neuroplasticidade cerebral – ou seja, quanto mais exercitamos as nossas funções cognitivas, mais capazes nos tornamos de lidar com as situações do dia a dia.

Veja mais: Incluir 50+ para explorar a economia prateada

Ao mesmo tempo em que presencia o envelhecimento dos trabalhadores, o mundo corporativo está tendo que lidar com o estabelecimento da Geração Y e com a chegada da Geração Z, para a qual, de modo geral, também não está preparado. Marcante pelo modernismo, protagonismo e espírito empreendedor, a Geração Z tem sede de alcançar lugar de destaque nas empresas, de transformar o ambiente de trabalho por não aceitar horários rígidos nem ambientes com formatos ultrapassados.

Mas o que as empresas precisam colocar em prática para não perder espaço, diante deste cenário tão controverso? Não existe empresa sem pessoas, por isso digo que o melhor caminho para seguir é a união das gerações. A idade permite que você construa competências, o amadurecimento traz experiências e resiliência, a pessoa mais velha traz consigo o networking natural e o conhecimento adquirido ao longo da vida.


Confira este kit contendo 4 eBooks sobre o tema Diversidade e Inclusão: “Whirlpool destaca-se no mercado com Programa de Diversidade e Inclusão”; “Dive in – Os Desafios do Recrutamento da Diversidade”; “4ª edição do Fórum Gestão da Diversidade e Inclusão” e “Rótulos e Preconceitos: Viés Inconsciente Pelos Olhos da Neurociência”, produzido pelo Grupo TopRH. Clique AQUI.


Já o jovem carrega a modernidade, a facilidade de se comunicar, busca autonomia, é entusiasta e desapegado, ao mesmo tempo em que mantém os pés no chão.

A diversidade que buscamos dentro das empresas deve ultrapassar a barreira da idade. Pessoas diferentes promovem ideias, pensamentos e experiências diferentes. Fica cada vez mais evidente que a formação de times múltiplos, com perfis, gêneros, orientações sexuais, raças e faixas etárias diversas, gera melhores resultados e entregas mais completas.

Estamos caminhando para uma mudança total nos modelos de trabalho e na forma de olhar para a sociedade. E ainda teremos uma grande aceleração nessa tomada de consciência.

Então como não incluir a intergeracionalidade na pauta da diversidade corporativa?

Como desprezar a bagagem de alguém que presencia as mudanças do mundo há mais de quatro décadas?

Os mais jovens podem e devem aprender constantemente com os mais velhos, assim como os mais velhos podem e devem aprender constantemente com os mais jovens. Promover a integração e o convívio das gerações é a solução para acabar o etarismo.

É a única forma de os líderes acabarem com o preconceito no mercado de trabalho.

Integrar a intergeracionalidade nas organizações

Por Luiz França, especialista em Gestão de Pessoas, humanizador de empresas e autor do livro “Cultura de confiança: A arte do engajamento para times fortes e que geram resultados”.

 

 

Um dos maiores medos de muitos profissionais é sentir que tem “prazo de validade” no mercado de trabalho. Até pouco tempo, profissionais acima dos 50 anos sentiam (e isso ainda é uma realidade) que as portas começaram a se fechar por conta da idade. Então, por que, desde já, não pavimentar um caminho para que presente e futuro sejam diversos na questão etária?

Para falar sobre isso e também a respeito de treinamentos, inclusão e do mercado como um todo para profissionais 50+, o CEO do Grupo TopRH, Daniel Consani, e o jornalista Bruno Piai receberam a sócia da Acalantis, Fran Winandy, para um papo multigeracional. Clique aqui ou no player abaixo e confira.

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