A pandemia de Covid-19 provocou mudanças significativas na cultura corporativa em todo o mundo. Uma das transformações observadas foi o fênomeno “quiet quitting” caracterizado pela diminuição do engajamento e produtividade dos colaboradores sem uma declaração de demissão. De acordo com o relatório State of the Global Workplace de 2023 da Gallup, que pesquisou 122.416 trabalhadores em todo o mundo, descobriu-se que 59% dos funcionários aderiram ao “quiet quitting” em 2023. 

Além disso, atualmente, o mercado de trabalho americano enfrenta uma nova onda de insatisfação, conhecida como “grumpy staying. Esse termo refere-se a um movimento recente em que os funcionários permanecem em seus empregos, mas não escondem suas reclamações em relação ao modelo de trabalho, salário ou gestão.

Pesquisa Infojobs

No mundo corporativo, o líder desempenha um papel fundamental na gestão desses comportamentos, seja  “grumpy staying” ou “quiet quitting”. É importante que exista um canal de comunicação aberto e direto para que esses problemas sejam identificados e tratados logo de início pelo líder. 

Descobrir os motivadores individuais de cada membro da equipe e não permitidir que as reclamações se propaguem pela empresa são papeis do gestor.  Nesse sentido, é importante que a área de Recursos Humanos esteja presente e atuante para apoiar esse líder.

Além disso, manter uma comunicação aberta, promover oportunidades de desenvolvimento, elogiar suas contribuições, oferecer recompensas, possibilitar um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal, criar conexões com o time e dar feedback contínuos são algumas das ações que podem ser feitas para evitar um “grumpy staying” na equipe.


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Do ponto de vista do colaborador, a mudança de posicionamento é que o vai fazer a grande diferença na carreira de um profissional. Em vez de reclamar, as pessoas têm a opção de se aproximar do líder, expressar o que pode ser melhorado, fazer contribuições para a transformação da empresa.

Essa atitude não só impulsiona melhorias nas organizações, mas também contribui para o crescimento da carreira do colaborador, tonando-o um profissional valorizado e não apenas mais um que reclama. As empresas tendem a promover e reconhecer aqueles que contribuem, não aqueles que apenas se queixam.

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A insatisfação profissinal é um fênomeno que permeia o mundo todo. Uma pesquisa encomendada pelo Linkedin, realizada no final de 2022, com quase 23 mil trabalhadores, acima de 18 anos, nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, India, Cingapura, Holanda, Austrália, Mexico, Irlanda, Espanha, Itália, Japão, Emirados Árabes, Suécia e Brasil, revelou que 60% dos profissionais pensavam em mudar de emprego e 20% já haviam começado uma busca ativa por outra oportunidade. O estudo também mostrou que a busca por um novo emprego devido à insatisfação é uma tendênciaem todas as gerações, embora seja impulsionada principalmente pela geração Z.

RH TopTalks cobertura

O papel de todos, líder, liderado e empresa é ajudar na transformação de um mundo corporativo melhor, para que todos se realizam com aquilo que fazem. É claro que isso não vai acontecer o tempo todo.

Ninguém é todo dia feliz, mas quando temos clareza dos caminhos, sabemos para onde a empresa vai; nos conectamos com os valores, com o propósito  da organização, tudo faz sentido. E as pessoas passam a entender que, algumas vezes, ganham muito além do salário. E que os aprendizados e a robustez  serão levados para uma uma vida inteira.

Transformações no mundo corporativo: grumpy staying

Por Patricia Y. Agopian, que é referência como especialista em formação de carreira executiva, alta performance e em aceleração da jornada profissional. Com mais de 20 anos de atuação no mundo corporativo, já teve passagem por grandes empresas, como C&A, Centauro e Etna. Hoje, como CEO e fundadora à frente da escola on-line Bússola Executiva, já formou mais de 2.600 alunos que almejam um cargo em uma cadeira executiva. Com MBA em Gestão de Negócios pelo Ibmec, atua como palestrante e mentora de executivos e profissionais em busca ou que ocupam cargos de liderança.

Ouça o episódio 150 do RH Pra Você Cast, “Dar feedback ainda é um desafio para as empresas?“. “Preciso te dar um feedback”. Essa palavrinha, que já nos apropriamos há tempos do inglês, para muitos, ainda causa certo frio na barriga. Mas, em qualquer relação e, claro, incluindo o universo corporativo, o seu princípio é um só: o de evoluir. Segundo Bernardo Leite Moreira, Consultor e Especialista em feedback, é necessário que ele seja protagonista. O que mudou nos processos de feedback? Há um momento certo para ele? Acompanhe clicando no app abaixo:

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Capa: Depositphotos