No cenário dinâmico e diversificado do mercado de trabalho atual, a convivência e colaboração entre diferentes gerações de profissionais representam tanto desafios quanto oportunidades. Cada geração traz consigo um conjunto único de características, valores e experiências que moldam suas atitudes e podem contribuir com o ambiente corporativo.

Mesmo que existam algumas diferenças na literatura sobre os anos de início e término de cada geração, em geral temos o seguinte cenário: a Geração Z, nascida entre 1997 e 2010, é considerada, mais impaciente devido à exposição precoce à tecnologia digital.

Os Millennials, nascidos entre 1981 e 1996, são considerados multitarefas e empreendedores, enquanto a Geração X, nascida entre 1965 e 1980, passou por mudanças significativas na cultura empresarial vivenciando a transição do mundo offline para o super acelerado mundo hiperconectado e é considerada extremamente resiliente.

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Cada geração têm características marcantes e, apesar desta ser a beleza da nossa evolução como seres humanos, no mundo corporativo elas acabam sendo marcadas por estereótipos negativos que podem afetar (e muito) a colaboração no local de trabalho.

Alguns acreditam que os profissionais mais jovens não têm experiência suficiente e são muito ansiosos, enquanto outros presumem que os mais velhos não estão atualizados ou têm menos energia. Isso pode prejudicar a colaboração e levar à relações truculentas e dia a dia exaustivo no trabalho.

A solução passa por um desafio que todas as gerações parecem ter em comum: a falta de habilidade de ouvir ativamente, o que requer prestar atenção no momento presente e entender as necessidades dos outros para depois argumentar ou contra-argumentar. Quando as gerações não conseguem se comunicar efetivamente, isso pode levar a mal-entendidos e conflitos que hoje são tão comuns em nosso dia a dia e marcam gerações.

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Para promover a igualdade de oportunidades e mostrar a todos a riqueza que existe nas trocas entre gerações, as empresas deveriam adotar uma abordagem mais inclusiva. Parece óbvio, mas dá trabalho porque isso envolve a criação de ambientes colaborativos que valorizem a diversidade de idades.

Passa por educar os gestores para escolherem suas equipes com base na contribuição dos profissionais, em suas experiências e competências, ao invés da idade ou qualquer outro indicador. Demanda aprender a ouvir. Dá trabalho e demanda tempo e quem vive pelo resultado de cada quartil, às vezes não consegue entender o que realmente poderia levar sua empresa a outro patamar.

Embora haja progresso na conscientização sobre a importância da diversidade etária no local de trabalho, a mudança ainda é lenta quando comparada às mudanças que estamos vivendo na sociedade, mas é preciso avançar. E para avançar, é fundamental criar programas de conscientização e promover a diversidade etária nas lideranças executivas das empresas. É nessa seara que tudo começa.

A esperança é que, com o tempo, o mercado de trabalho se movimente para ser mais inclusivo também em termos etários. Que os jovens profissionais de hoje se lembrem que, um dia, também estarão nas gerações mais experientes e que os mais sêniores se lembrem que um dia também tiveram que aprender e deveriam continuar aprendendo.

Essa é quase uma oração necessária para todos nós. É importante valorizar a contribuição de todas as idades e reconhecer que as gerações são complementares e não concorrentes e que possamos abraçar a diversidade etária como um ativo valioso para o crescimento.

Por um mercado de trabalho menos etarista e mais inclusivo

Por Marcela Marrocos, Bacharel em Comunicação Social com MBA em Marketing pela FGV e Pós em Varejo pela FIA/USP. Fez curso de especialização em Marcas na Kellogg University e de Plataformas Digitais no MIT com passagens pela Vivo, Brasil Telecom, TIM e Pontofrio nas áreas de vendas e Marketing foi diretora da Motorola para América do Norte baseada nos EUA antes de voltar ao Brasil e começar a trabalhar em startups, hoje é CMO na Telavita, startup de saúde mental.

Ouça o episódio 143 do RH Pra Você Cast, “Inclusão 50+, bom para o presente e para o futuro (de todos nós)“. Como você se enxerga daqui a cinco ou dez anos? O questionamento, que já deve ter sido feito a muitos de vocês durante algum processo seletivo ao longo da carreira, nem sempre traz consigo uma resposta fácil. Especialmente para um público que, diante de tantos estereótipos e preconceitos, sequer sabe como será o dia de amanhã em sua vida profissional. A cada nova geração que entra no mercado, uma anterior se vê diante do dilema de ficar para trás e ver cada vez menos portas se abrirem.

O panorama, todavia, não só precisa como deve ser mudado. Pesquisas revelam que o tão falado “choque geracional” é extremamente benéfico não só a profissionais de todas as idades, mas também às empresas. E, afinal, se não olharmos para o público 50+ com atenção, como será quando chegar a nossa vez de lutar por espaço com os mais jovens? Para falar sobre as vantagens de mesclar gerações e como desenvolver mecanismos de inclusão, o RH Pra Você Cast traz Mórris Litvak, Fundador e CEO da Maturi. Confira o papo clicando no app abaixo:

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