ESG não pode virar mito dentro das empresas, é preciso aplicar na prática os conceitos. Quando os debates sobre ESG chegaram ao Brasil, muitas empresas começaram a patinar no que exatamente se referia o conceito e começaram a explicar mais o que significava as três letras da sigla do que realmente aplicar na prática seus pilares de desenvolvimento.

Pensando na importância da gestão de documentos dentro de uma companhia para preservar a integridade de um negócio, boas práticas de ESG são fundamentais no que diz respeito à cultura organizacional e à sustentabilidade.

Veja bem, nos últimos meses, acompanhamos inúmeras crises de empresas do setor varejista por causa de fraudes e inconsistências fiscais. A Americanas (AMER3) foi a primeira a tocar a “trombeta do apocalipse” com um rombo de mais de R$40 bilhões. Depois veio a Marisa (AMAR3), queridinha das mulheres, com uma dívida de aproximadamente R$600 milhões aos bancos. Já no caso da companhia de telecomunicações, Oi (OIBR3), especula-se que as dívidas somam mais de R$29 bilhões.

O que todas essas companhias tinham em comum? Acertou quem disse uma má gestão interna de documentos.

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Vamos lá, de forma mais clara, o que quero dizer é: empresas geram e utilizam um enorme volume de dados e arquivos que precisam ser controlados, armazenados e mantidos íntegros durante determinados períodos de tempo. As empresas citadas acima certamente tentaram driblar algumas etapas importantes neste processo como aprimorar a gestão de documentos e desenvolver mecanismos para evitar fraudes. Os gestores devem aplicar boas práticas de ESG para garantir a segurança dessas informações e integrar o patrimônio do negócio.

Por mais que no dia a dia às vezes seja difícil manter essa rotina, os resultados positivos são colhidos a médio e longo prazo, quando a engrenagem de fato começa a rodar de forma natural e quase imperceptível, como algo que se torna habitual dentro das organizações, e não uma obrigação.

Zelar por essa cultura organizacional promove inúmeros benefícios, que geram impactos positivos em diversos setores dentro e fora de cada entidade, provocando até mesmo concorrentes sobre a importância de uma boa gestão de documentos, pois isso favorece não somente o próprio negócio, mas o mercado como um todo.

Além disso, estar atento às legislações que protegem os dados de cada empresa é extremamente importante, visto que a má gestão corporativa pode trazer prejuízos catastróficos para marcas que já estão consolidadas no mercado e acabar atingindo várias esferas para muito além da folha de gastos de cada CNPJ. E não só isso, a má aplicação dos três pilares afeta a qualidade dos serviços e impede a criação de políticas de preservação efetivas.

Apesar de muitas instituições continuarem patinando no conceito, um estudo recente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) revelou que 95% das empresas consideram o ESG prioritário e colocam este compromisso presente em suas agendas.

A pesquisa ainda mostra que 58% das organizações afirmam que a pandemia reforçou a questão da sustentabilidade, enquanto 62% têm como objetivo causar impacto positivo tangível para a sociedade.

Dessa forma, a gestão de arquivos otimizada é fundamental para que uma corporação esteja alinhada aos princípios de governança, porque os documentos podem causar impactos corporativos, ambientais e sociais a partir do momento em que são originados até o descarte correto no final, preservando o meio ambiente.

ESG não pode virar mito dentro das empresasPor Marcelo Araújo, Diretor Comercial na Ebox. Tem mais de 25 anos de experiência na área comercial com foco em vendas de produtos de tecnologia e serviços, executivo com atuação em clientes de médio e grande porte, destacando vivência em empresas de software, BPO, gestão eletrônica de documentos , ECM e BPM.

 

Ouça o PodCast RHPraVocê Cast, episódio 101, “ESG está na moda, mas como tratá-lo para além do modismo?” com Hugo Bethlem, presidente do conselho do Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB). Clique no app abaixo:

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Capa: Depositphotos