O ganha-ganha na contração de refugiados; pluralidade cultural, empatia e desenvolvimento. Ao caminhar pelos corredores da empresa que tem refugiados, facilmente notamos a pluralidade cultural dado aos diversos idiomas falados e as ricas interações entre os colaboradores. 

Viver uma experiência como esta tem seus desafios, mas, sem dúvidas, há também muitos ganhos. Neste artigo vou apresentar como trazemos equidade e engajamento em um ambiente com várias culturas reunidas.

Como tudo começou

Hoje, por onde quer que se passe, presencialmente na companhia ou virtualmente, a sinergia é notória. Mas, no começo não foi bem assim. Quando iniciamos as contratações de colaboradores estrangeiros, no caso de nativos falantes em espanhol, estávamos atendendo uma necessidade de um cliente.

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Contudo não estávamos preparados para as diferenças culturais, barreiras linguísticas e adequação da gestão para lidar com este novo público. Por esse motivo, aos poucos, precisamos reestruturando nosso perfil de trabalho e desenhar um programa especificamente ao público refugiado. 

Houve uma série de adaptações ao longo dos anos, que promoveram a fluidez e preparação de nosso time a fim de permitir uma jornada acolhedora a esse público, muitas vezes tão vulnerável. 

Hoje, promovemos com segurança acolhimento e integração e isso se deve ao envolvimento e engajamento de boa parte dos colaboradores e executivos. Ter uma liderança que promove a diversidade, inclusão e equidade não é uma realidade de muitos, infelizmente. 

Como promover um ambiente acolhedor

Para dar continuidade ao processo de integração precisamos primeiramente preparar o nosso time de RH que realiza o primeiro contato com essas pessoas.

Desde processo seletivo, que é conduzido em espanhol, até as explicações da legislação trabalhista ao recém contrato, oferecemos o treinamento adaptado com capacitação de variações linguísticas e imersão cultural, sensibilizações e preparo da liderança, cartilhas educacionais, capacitação de idioma espanhol aos brasileiros e português aos refugiados para estreitar a relação e permitir fluidez nas interações. 

Além disso, mantemos encontros e rodas de conversas com os públicos minoritários para retroalimentar e aprimorar a experiência de cada um.

Tornar as coisas mais simples

O foco é fazer com que nossos colaboradores sintam-se bem-vindos, acolhidos e respeitados pelos que eles são. O projeto Refugiados permitiu reflexões que abriram as portas para transformação cultural como um todo, incluindo outras minorias, como mulheres, raças, pride, 50+, PCDs, dentre outros. 

Obviamente que no decorrer dessa transformação cultural nos deparamos com diversos desafios, no caso de refugiados há um estigma de que o refugiado está vindo ao país para ‘roubar’ o emprego de brasileiros, contudo, é importante como empresa desmitificar algumas crenças e provocar a reflexão de nós brasileiros.

A forma como fazemos isso é promovendo a sensibilização para aumento de empatia e compreensão do cenário do refugiado. 

O refugiado sai de seu país origem pela falta de condições mínimas necessárias de alimentação, moradia, proteção e segurança para ele e seu núcleo familiar. Em busca de estabilidade financeira, emocional e segurança vêm ao Brasil, dentre outros países, com a esperança de uma vida melhor. Nosso país é diverso e a Foundever deve ser um espelho de nossa sociedade, que é composta por muitas minorias. 

Esse mix de culturas e ações aumenta o aspecto humanizado e permite a transformação nas vidas de pessoas que valorizam o emprego formal, engajam o bem-estar e buscam estabilidade. 

O setor privado só tem a ganhar com a contratação de refugiados. Além de promover um ambiente rico e cultural para todos os colaboradores nativos, os colaboradores refugiados compartilham sua energia e felicidade, são gratos, engajados, vestem a ‘camisa da empresa’, graças ao acolhimento recebido, contaminando o clima de positividade. 

A inclusão de refugiados venezuelanos no mercado de trabalho brasileiro é uma oportunidade valiosa para as empresas que desejam promover a diversidade, acessar talentos e ter ações de responsabilidade social práticas. 

É fundamental ter um olhar mais humanitário para as minorias. Juntos, podemos fazer a diferença e transformar desafios em oportunidade de crescimento.

O ganha-ganha na contração de refugiados

Por Adriana Wells, diretora de RH da Foundever.

 

 

 

Ouça o episódio 143 do RH Pra Você Cast, “Inclusão 50+, bom para o presente e para o futuro (de todos nós)“. Como você se enxerga daqui a cinco ou dez anos? O questionamento, que já deve ter sido feito a muitos de vocês durante algum processo seletivo ao longo da carreira, nem sempre traz consigo uma resposta fácil. Especialmente para um público que, diante de tantos estereótipos e preconceitos, sequer sabe como será o dia de amanhã em sua vida profissional. A cada nova geração que entra no mercado, uma anterior se vê diante do dilema de ficar para trás e ver cada vez menos portas se abrirem.

O panorama, todavia, não só precisa como deve ser mudado. Pesquisas revelam que o tão falado “choque geracional” é extremamente benéfico não só a profissionais de todas as idades, mas também às empresas. E, afinal, se não olharmos para o público 50+ com atenção, como será quando chegar a nossa vez de lutar por espaço com os mais jovens? Para falar sobre as vantagens de mesclar gerações e como desenvolver mecanismos de inclusão, o RH Pra Você Cast traz Mórris Litvak, Fundador e CEO da Maturi. Confira o papo clicando no app abaixo:

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Capa: Depositphotos