Os dados do último Censo Demográfico, divulgados recentemente pelo IBGE, demonstraram que a população brasileira está ficando mais velha. O número de jovens vem encolhendo com o passar dos anos e o de idosos ganhando mais espaço (atualmente, eles representam 10,9% da população).

Isso reflete no mercado de trabalho, que já há algum tempo percebe a necessidade e importância de se adequar e ser mais receptivo para quem está perto ou já passou da idade de se aposentar.

Estamos avançando. Mas, é verdade, também, que algumas empresas ainda torcem o nariz para a contratação de pessoas que já passaram dos 40 ou ainda que já estão na terceira idade, baseadas, muitas vezes, na retórica do avanço tecnológico.

Nesse caso, é preciso desconstruir a ideia de que a idade é um obstáculo à aprendizagem e à adaptação às novas tecnologias. A capacidade de aprendizado não é exclusiva dos mais jovens, e muitos profissionais experientes demonstram grande habilidade em assimilar e aplicar novos conhecimentos.

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O que posso afirmar, pela minha vivência, é que, no que se refere à gestão de negócios e vendas, a experiência pode agregar muito, principalmente como multiplicadora de conhecimento. A interação entre gerações no ambiente de trabalho pode ser enriquecedora para todas as partes e a troca de experiências e conhecimentos entre colaboradores de diferentes faixas etárias contribui para um ambiente mais colaborativo e inovador.

A diversidade de perspectivas fortalece a tomada de decisões e impulsiona o crescimento sustentável da empresa.

No cenário atual e diante do futuro que se desenha, as empresas precisam buscar meios de integrar e qualificar essas pessoas que outrora já estariam fora do mercado.

A idade não pode mais ser um fator determinante para a manutenção ou a contratação de um profissional, mas, sim, a sua capacidade e vontade de somar à empresa.

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Portanto, ao invés de focar exclusivamente na idade, as empresas devem reconhecer e valorizar as habilidades, competências e o potencial de contribuição de cada profissional, independentemente da fase da carreira em que se encontram.

Essa abordagem não apenas reflete a realidade demográfica do país, mas também fortalece a sustentabilidade e a inovação nas organizações.

No entanto, é importante destacar que os profissionais também precisam buscar por si só estar atualizados quanto às mudanças que o mercado impõe. Um profissional que consegue aliar experiência e atualização certamente estará sempre à frente.

A combinação entre a sólida bagagem de experiência e a proatividade na busca por novos conhecimentos posiciona esses profissionais como ativos valiosos em um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico e competitivo.

População mais velha ou mão de obra mais experiente

Por Roberto Vilela, mentor e estrategista de negócios, com atuação nas áreas comercial e de gestão. Atua em todo o Brasil com clientes de médio e grande porte realizando palestras, treinamentos e apoiando na elaboração de táticas empresariais. É autor dos livros “Em Busca do Ritmo Perfeito“, em que traça um paralelo entre as lições do universo das corridas para a rotina de trabalho, e “Caçador de Negócios“, com dicas para performances de excelência profissional.

Ouça o episódio 143 do RH Pra Você Cast, “Inclusão 50+, bom para o presente e para o futuro (de todos nós)“. Como você se enxerga daqui a cinco ou dez anos? O questionamento, que já deve ter sido feito a muitos de vocês durante algum processo seletivo ao longo da carreira, nem sempre traz consigo uma resposta fácil. Especialmente para um público que, diante de tantos estereótipos e preconceitos, sequer sabe como será o dia de amanhã em sua vida profissional. A cada nova geração que entra no mercado, uma anterior se vê diante do dilema de ficar para trás e ver cada vez menos portas se abrirem.

O panorama, todavia, não só precisa como deve ser mudado. Pesquisas revelam que o tão falado “choque geracional” é extremamente benéfico não só a profissionais de todas as idades, mas também às empresas. E, afinal, se não olharmos para o público 50+ com atenção, como será quando chegar a nossa vez de lutar por espaço com os mais jovens? Para falar sobre as vantagens de mesclar gerações e como desenvolver mecanismos de inclusão, o RH Pra Você Cast traz Mórris Litvak, Fundador e CEO da Maturi. Confira o papo clicando no app abaixo:

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Capa: Depositphotos