Confundir engajamento com motivação é um dos erros mais comuns cometidos pelas lideranças; o ato de engajar é um aspecto mais cognitivo do que emocional
O papel da governança corporativa é muito mais do que inserir um conjunto de práticas para gerir uma empresa; trata-se da arte de gerenciar todos os aspectos que envolvem – direta e indiretamente – acionistas, diretoria, funcionários, stakeholders, consumidores.
Governança é fundamental para o fortalecimento dos negócios. As empresas precisam evoluir na entrega de valores e na formação de pessoas mais engajadas e uma boa governança corporativa é aquela que contribui para que isso aconteça.
Gestores que fazem reuniões individuais com seus funcionários, por exemplo, conseguem ter equipes mais comprometidas do que os que não adotam a mesma prática.
Segundo uma pesquisa realizada pela Feedz, plataforma de engajamento de colaboradores, ter um ambiente leve e amigável também conta para que os colaboradores vistam a camisa e tenham aquele sentimento de pertencimento.
A pesquisa constatou também que se o propósito e os valores da empresa estiverem alinhados e houver práticas de gestão que estimulem a integração e comunicação, existirá um terreno mais favorável para bons relacionamentos.
Um dos erros mais recorrentes dos gestores é quando confundem engajamento com motivação e acreditam que proporcionar momentos de lazer e diversão (que também têm a sua importância) irão resultar em um maior engajamento.
O ato de engajar acaba sendo muito mais cognitivo do que emocional. As pessoas precisam compreender o processo e se sentir parte dele para vestirem a camisa.
“Eu engajo porque sei qual é o objetivo, sei para onde estão indo, e por enxergar uma coerência estratégica neste processo eu me sinto parte dele”.
Neste contexto, ter uma governança corporativa que saiba como engajar suas lideranças é essencial para estimular o crescimento da empresa de forma mais humanizada, dando a ela ferramentas e percepções que às vezes na correria do dia a dia os próprios sócios da empresa não conseguem enxergar.
Este, por sinal, acaba sendo o grande trunfo do conselheiro corporativo: o seu distanciamento crítico que lhe permite observar o todo com mais clareza e isenção.
Por Claudia Elisa Soares – tem mais de 30 anos de experiência profissional, atualmente é Conselheira Empresarial no IBGC, Even, Tupy SA, Grupo Roldão Atacadista, Grupo Cassol, Bernoulli e Gouvêa Ecosystem, liderando Comitês de Estratégia & Inovação e de Pessoas. Atua também como Advisor e Mentora de Scale-ups, Empreendedores e Executivos. Formada em administração de empresas, com MBA no INSEAD, fez cursos de extensão e aperfeiçoamento em Harvard, INSEAD, MIT, IBGC, FIA, Tavistock Institute, MindValley, entre outros. Também foi C-level em Finanças, Gestão da Qualidade Total, RH, Marketing, Planejamento Estratégico, M&A e Desenvolvimento de Novos Negócios, em empresas como FNAC, GPA, Via Varejo, AMBEV, Votorantim Cimentos, EMS, e outras.
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