Inteligência emocional é tanto a capacidade de gerenciar seus sentimentos, especialmente em momentos difíceis, como seu comportamento perante os outros. Para o mercado de trabalho, é considerada uma soft skill necessária para o crescimento profissional.
Compreender e controlar os sentimentos deve ser ensinado desde a mais tenra idade. Esse controle não significa evitar os sentimentos, pelo contrário, mas sim saber como experimentá-los e até mesmo usá-los a seu favor.
O desequilíbrio emocional tende a refletir na vida profissional e a ausência desse amadurecimento impede que a pessoa confie em si próprio e nos outros, deixando de ser receptivo às críticas e às mudanças.
Em minha jornada profissional, deparei-me com inúmeras situações nas quais precisei recorrer à inteligência emocional a meu favor, para superar os desafios impostos pela profissão. Diariamente somos instigados a assumir posturas firmes, enfrentar conflitos que geram enorme desconforto e por vezes insatisfação. Se você não estiver em paz consigo próprio, o corpo e mente sofrem.
Mas, e quando a sua profissão é a causa direta do estresse? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente por problemas como depressão e ansiedade, custando à economia mundial quase 1 trilhão de dólares.
A negligência de empregadores e empregados a respeito da saúde mental no ambiente de trabalho é uma das razões da crescente síndrome do burnout.
O Burnout é um distúrbio emocional que causa extrema exaustão e esgotamento físico, resultado de um trabalho desgastante, que demanda muita responsabilidade e competitividade.
A Universidade de São Paulo divulgou uma pesquisa no qual 18% dos brasileiros são vítimas da Síndrome do Burnout, e em janeiro de 2022, foram registrados mais de 500 mil casos de demissão devido a problemas de saúde ocupacionais.
Para promover o bem-estar de seus colaboradores, tanto físico quanto emocional, eu trago alguns pontos a serem trabalhados internamente:
- Conscientize sobre a saúde mental: negocie com o plano de saúde ou a seguradora e ofereça serviços de aconselhamento psicológico. Forneça um espaço ou um ambiente dedicado ao descanso e confraternização.
- Concentre-se no desenvolvimento pessoal: os colaboradores anseiam por progresso, portanto, desenvolva um plano de carreira e ofereça estímulos para sua equipe adquirir novos conhecimentos.
- Estimule o equilíbrio entre vida pessoal e profissional: incentive o colaborador a descansar. Os períodos fora do local de trabalho devem ser respeitados e dedicados às atividades pessoais.
- Ofereça benefícios ligados à saúde: um gympass é uma ótima alternativa para melhorar a saúde física dos colaboradores. Outra sugestão é programar pequenas pausas para a realização de atividades de alongamento e relaxamento, com a orientação de profissionais especializados.
- Celebre datas especiais: promova eventos internos, decore o ambiente de trabalho, comemore os projetos concluídos, conquistas e datas especiais. Faça uma festa! Esses momentos de descontração ajudam a aliviar o estresse e promovem a integração entre as equipes.
Por fim, a responsabilidade da gestão emocional depende também de você. É preciso entender que temos os nossos limites e devemos respeitá-los. A frustração e o erro são partes naturais da vida, e são sentimentos normais que nos permitem crescer, fortalecer e melhorar.
Às vezes, o não estar bem nos impulsiona a sair da nossa zona de conforto em busca de novas soluções e respostas, que podem nos levar ainda mais longe na satisfação pessoal e profissional. Precisamos saber lidar com tais emoções para não excederem os nossos limites e se tornarem doenças.
Por Juliana Frigerio, Diretora Acadêmica. Dona de duas graduações, Direito e Educação, uniu seus 10 anos de experiência em direito internacional com educação e desde 2008 mergulhou no engajamento de estudantes em todo o mundo. Ela é ávida por viajar e conhecer diferentes culturas e pessoas.
Ouça o PodCast RHPraVocê Cast, episódio 109, “Habilidade-chave e queridinha do mercado: como se comunicar bem?” com Fabiana Teixeira, jornalista formada pela PUC-SP e tem experiência como repórter em emissoras como Record TV, TV Bandeirantes, Rede TV e TV Cultura. Também é especialista em Comunicação Empresarial, Branding e posicionamento de marcas pela ESPM, e Marketing Digital pela Universidade de Columbia, em Nova York.
Não se esqueça de seguir nosso podcast e interagir em nossas redes sociais:
Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube
Capa: Depositphotos