Era uma vez uma menina, filha de pais mais exigentes que amorosos. Essa menina aprendeu que deveria dar conta de várias coisas, caso quisesse ser reconhecida por eles, por sua família e pela sociedade. Estudou muito e preparou-se graças aos esforços e determinação dela e dos seus pais (que financiaram os estudos).

Foi nesse momento, quando entendeu que seus pais tinham se esforçado por ela, sentiu ter contraído sua primeira dívida: era seu dever se sair bem na vida… afinal, seus pais tinham se dedicado ao máximo. Não podia frustrar seus pais de maneira nenhuma.

Então, essa menina foi à luta, estudando e conseguindo um bom emprego ainda muito jovem. Sentia-se bem quando tirava boas notas na escola e depois na faculdade e quando era promovida na empresa.

À medida que a menina crescia e se tornava mulher, demandas variadas começaram a surgir de outras partes da vida. A menina-mulher entendeu que era esperado dela ter uma família, sua própria família. Ou seja, precisava seguir um script já desenhado pela sociedade, mas, que, no fundo, também achava interessante. Era bom gostar de alguém, se apaixonar, ter filhos…

E assim, sem atrapalhar seu desempenho, seja na vida profissional, seja nos estudos, namorou até que bastante e escolheu (ou foi escolhida) por alguém com quem se casou.

Adorava estar casada essa agora mulher, que começou a acumular uma dupla jornada de trabalho, mas como era rápida e focada, dava conta de tudo. É bem verdade que o(a) companheiro(a) ajudava, mas pouco, perto de tudo que fazia. Cuidar da casa, cozinhar, lavar e passar, direta ou indiretamente a responsabilidade era dela.

Para coroar a união, decidiram por abrir um espaço para um outro ser… e aí, nasce uma Mãe.

E agora? Todo amor do mundo para esse bebê, “vou ser a melhor mãe que esse bebê poderia ter”, dizia a mãe.

Mas, como se sabe, com cada mãe que nasce, nasce também uma culpa.

– Culpa de não ser a mãe ideal

– Culpa de não se dedicar integralmente ao filho

– Culpa de não ter tempo suficiente para esse filho tão amado…

E assim a vida dessa mulher continua e, por sua competência, acaba sendo promovida a líderCobranças na empresa por resultados, colaboradores precisando de sua atenção, do seu direcionamento, do seu apoio, dos seus ouvidos, do seu sorriso, do seu entusiasmo, do seu feedback!!!

Maiores responsabilidades e mais culpa, pelo tempo que escapa das suas mãos e, ainda algumas falas ecoam nos seus ouvidos….

– Mãe, você é muito estressada…

– Mãe, você só trabalha…

– Mãe, você nunca tem tempo para nós…

– Você é minha líder, mas não tem tempo para mim, só fica em reunião!!

– Quando sai minha promoção?

– Como fica minha carreira? Vou pedir demissão!

– Você falou mais alto comigo, vou denunciá-la!!

E a mãe, líder, mulher, que só queria ser reconhecida e amada, pergunta-se:

– Onde errei?

O que fiz ou deixei de fazer?

Bem, talvez tudo isso seja um exagero, ou talvez você tenha se identificado com algumas coisas que aqui foram ditas, porque você, assim como eu, somos essa menina, mulher, líder.

Em mim, cresce uma certa indignação quando me dou conta de tudo isso e, junto com esse mal-estar, surgem as respostas que gostaria de compartilhar com todas vocês, mães, mulheres, líderes!!

– Não há culpa em nada!!!

– Essa mãe/ mulher / líder é o máximo!!!

– Ela fez e continua fazendo o seu melhor!!!

– Falhas??? Com certeza, mas por isso mesmo que perfeição não existe e ela não tem uma capa
de super-herói.

Assim, essa menina, mulher, mãe, líder, precisa se lembrar de 4 grandes pontos:

  1. Proteger-se antes de proteger os outros. Proteger seu corpo, sua mente, suas emoções e seu espírito. Dar limites para os outros, aprender a silenciar e a dizer “não”.
  2. Reconhecer-se, mesmo que outros não a reconheçam. Reconhecer sua beleza, sua força, suas competências (sejam elas quais forem)
  3. Amar-se antes de amar os outros. Porque só se amando é que se consegue amar os outros e não viver no apego, na projeção ou na identificação doentia.
  4. Valorizar suas forças e investir para minimizar suas vulnerabilidades, sem jamais sentir vergonha por elas.

Só dessa forma é possível para essa menina, mãe, mulher, viver sua linda missão sagrada de acolher, nutrir e cuidar, assim como de dirigir, planejar, decidir, coordenar e orientar,

– Sem culpa,

– Sem necessidade de reconhecimento externo

Apenas “sendo”:

– Mãe, mulher, líder, na sua melhor versão!

Essa é a minha homenagem a você, Mãe!!!

Profa. Dra. Fátima Motta, Sócia-Diretora da FM Consultores. É uma das colunistas do RH Pra Você. O conteúdo dessa coluna representa a opinião do colunista. Foto: Divulgação.

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