Os avanços tecnológicos têm sido os principais motivadores das transformações vividas pela sociedade nos últimos anos, isso é fato. Diversos novos produtos, ferramentas e soluções só puderam ser desenvolvidos graças à tecnologia, e eles mudaram a forma como nos relacionamos com o mundo a nossa volta. Nesse sentido, o mercado corporativo também foi fortemente impactado por essas mudanças e já podemos observar a ascensão dos ecossistemas digitais, que estão alterando tanto a maneira como as empresas operam, quanto o dia a dia dos times de TI.
Segundo o relatório anual The Future of Jobs, produzido pelo Fórum Econômico Mundial, o aumento da digitalização nos próximos cinco anos deve resultar em uma rotatividade significativa no mercado de trabalho. A expectativa é de que a inteligência artificial seja adotada por cerca de 75% das organizações, o que vai impactar diretamente a criação ou perda de empregos daqui para frente.
Esse cenário exigirá um esforço das companhias e dos colaboradores em busca de mais capacitação e aprendizado, e o estudo mostra ainda que treinamentos sobre IA e big data devem ser priorizados por 42% das empresas até 2027.
Portanto, à medida que as organizações mergulham na transformação digital e se tornam ecossistemas digitais, elas estimulam também a criação de novas oportunidades e papéis inovadores no campo da tecnologia, abrindo portas para funções que vão além das tradicionais.
Um dos cargos emergentes é o de especialista em integração de dados, essencial para auxiliar as organizações a garantir que as informações fluam harmoniosamente entre diferentes partes do ecossistema, realizando análises mais abrangentes e tomada de decisões informadas. Além disso, as crescentes e necessárias preocupações com a segurança digital também exigem profissionais qualificados e focados em proteger os dados e sistemas em um ambiente virtual complexo e em constante expansão.
Esses exemplos mostram como os profissionais de TI desempenham um papel central de execução e manutenção das iniciativas voltadas à digitalização, garantindo ainda uma experiência positiva para os usuários em meio a tantas transformações.
No entanto, vale lembrar que a transição para ecossistemas digitais precisa de conhecimentos que não se limitam apenas à TI. Por isso, a colaboração interdisciplinar é essencial e deve envolver equipes de desenvolvimento, marketing, gestão e muito mais.
Ainda que haja a previsão de que alguns empregos deixem de existir, não vão faltar oportunidades para profissionais que se reinventarem e tiverem mentalidade ágil, habilidades de comunicação e disposição para abraçar a inovação contínua. Uma porta fechada pode se tornar um empecilho ou um incentivo para ir além – só depende de você. Trabalhar em parceria com as máquinas, entendendo que a inteligência artificial é uma aliada poderosa, traz um potencial enorme de alavancar não apenas os negócios, como também a vida das pessoas. Pense nisso!
Gustavo Caetano é CEO da Samba Tech, embaixador da Reserva e autor do best-seller “Pense Simples”. É um dos colunistas do RH Pra Você. O conteúdo dessa coluna representa a opinião do colunista. Foto: Divulgação.