O caminho ainda é longo, mas a pauta sobre diversidade vem aparecendo nas empresas com maior frequência. Já vemos recrutadores selecionando profissionais de múltiplos perfis de gênero, raça, pessoas com deficiência, orientação sexual, idade, classe social ou formação acadêmica, o que abre um leque de oportunidades tanto para as pessoas quanto para os negócios.

No entanto, apesar das companhias desejarem equipes diversas, os líderes devem fazer uma pergunta importante: ‘será que consigo ser um bom gestor para o meu time?’. Isso porque juntamente com a necessidade de ter pessoas diversas, é necessário se adaptar à nova realidade.

A preparação das lideranças para lidar com a diversidade é uma peça-chave para o sucesso de qualquer empreendimento.

Aprimorando dados

Percebemos que muitos líderes ficam apreensivos diante dessa nova realidade. Afinal, se a situação é nova para vários colaboradores, os gestores também precisam ter jogo de cintura diante de tantos perfis diferentes e a sua atuação, que até então era bem sucedida nessa posição, precisa ser reavaliada para, de fato, ser inclusiva.

O relatório Getting to Equal 2020: The Hidden Value of Culture Makers, realizado pela Accenture e que ouviu empresas de 28 países, mostrou que enquanto sete em cada dez líderes (70%) acham que criam ambientes empoderadores para seus times, apenas quatro em cada dez (40%) funcionários compartilham a mesma visão. Além disso, a proporção de colaboradores que não se sentem incluídos em suas organizações é nove vezes maior do que os líderes acreditam.

Portanto, não adianta apenas contratar times diversos; é preciso muito mais que isso. O primeiro passo é transformar a cultura da empresa para que esteja preparada em receber perfis diferentes – e isso inclui criar um suporte para que os líderes estejam preparados para liderar de uma maneira bem diferente que até então estavam acostumados.

É preciso ir muito além de simplesmente liderar

O fato é que líderes preparados para gerir equipes diversas cultivam a empatia e a compreensão. Eles não apenas reconhecem as perspectivas únicas trazidas por cada membro da equipe, mas também se esforçam para compreender as influências culturais e experiências de vida que moldam essas perspectivas.

Essa abertura para aprender e crescer com as diferenças fortalece os laços entre os membros da equipe e promove a colaboração.

Além disso, equipes compostas por indivíduos com trajetórias e visões distintas têm uma capacidade inigualável de gerar inovação e criatividade e, é claro, que os líderes preparados valorizam essa diversidade e criam um ambiente onde todos os membros se sentem encorajados a compartilhar suas perspectivas únicas.

Vale destacar que o líder é aquele que cria um ambiente onde todos têm oportunidades iguais de contribuir e crescer. Isso implica em desafiar qualquer forma de preconceito ou discriminação, celebrando a diversidade e garantindo que todos os membros da equipe se sintam valorizados.

De acordo com um estudo da Gallup, uma empresa de pesquisa norte-americana, o líder tem influência de até 70% no engajamento dos funcionários com o negócio. No entanto, 70% dos gestores de equipe não estão preparados para isso.

Por fim, a preparação dos líderes para liderar uma equipe diversa é uma necessidade inegável no mundo empresarial atual. Aqueles que se dedicam a compreender, respeitar e gerenciar a diversidade estão investindo no sucesso das organizações, no desenvolvimento pessoal e na promoção de ambientes de trabalho inclusivos, colaborativos e produtivos.

Como líder, o que tem feito para ser a liderança que sua equipe precisa?

Você tem sido um bom líder para sua equipe diversa?

Allessandra Canuto e Valéria Oliveira

Por Allessandra Canuto, especialista em temas comportamentais e gestão da cultura e Valéria Oliveira, especialista em desenvolvimento de líderes e gestão da cultura.

 

 

 

Ouça o episódio 143 do RH Pra Você Cast, “Inclusão 50+, bom para o presente e para o futuro (de todos nós)“. Como você se enxerga daqui a cinco ou dez anos? O questionamento, que já deve ter sido feito a muitos de vocês durante algum processo seletivo ao longo da carreira, nem sempre traz consigo uma resposta fácil. Especialmente para um público que, diante de tantos estereótipos e preconceitos, sequer sabe como será o dia de amanhã em sua vida profissional. A cada nova geração que entra no mercado, uma anterior se vê diante do dilema de ficar para trás e ver cada vez menos portas se abrirem.

O panorama, todavia, não só precisa como deve ser mudado. Pesquisas revelam que o tão falado “choque geracional” é extremamente benéfico não só a profissionais de todas as idades, mas também às empresas. E, afinal, se não olharmos para o público 50+ com atenção, como será quando chegar a nossa vez de lutar por espaço com os mais jovens? Para falar sobre as vantagens de mesclar gerações e como desenvolver mecanismos de inclusão, o RH Pra Você Cast traz Mórris Litvak, Fundador e CEO da Maturi. Confira o papo clicando no app abaixo:

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