De acordo com uma pesquisa conduzida pela consultoria e auditoria PwC Brasil, em parceria com a PageGroup, que ouviu cerca de 1.000 pessoas, 67% dos profissionais brasileiros preferem trabalhar no regime híbrido ou 100% anywhere office (esse termo é utilizado internamente pela Concert Technologies, no lugar de lugar home office).

Em relação à produtividade, 87% dos profissionais acreditam que as tarefas podem ser realizadas à distância.

Após três anos trabalhando 100% remoto, a Gestão de Pessoas pode ampliar as buscas por esses profissionais em qualquer lugar do Brasil, o que acarretou em uma diminuição de candidatos qualificados somente por uma restrição de local físico.

Por experiência, feedbacks com os colaboradores e pesquisas internas, o trabalho híbrido gera mais autoconfiança por parte dos colaboradores, bem como autonomia, proatividade, responsabilidade e comprometimento.

O microgerenciamento por parte da gestão, não combina com esse modelo de contratação, visto que ele deixa os processos engessados, além de não dar a liberdade do autogerenciamento.

Os processos seletivos mostram que, cada vez mais, o modelo híbrido é um pré-requisito. E que as pessoas veem como diferencial, optando pelas empresas que contratam dessa forma.

Com intuito de contribuir cada vez mais, para que se tenha mulheres no mercado de trabalho, percebemos que o modelo híbrido pode ajudar nesse sentido. De acordo com a pesquisa da PwC, 73% das mulheres preferem o regime de home office ou híbrido. Entre os homens, esse índice cai para 61%.

Na CONCERT, o programa home office nasceu em 2016, sendo permitido trabalhar de outro lugar, por até duas vezes na semana.

Já em março de 2020, com o início da pandemia do coronavírus, o modelo de trabalho foi consolidado para todos os dias da semana e, em maio de 2021, após a liberação da segunda dose de vacina, o formato híbrido foi implementado.

Com isso, toda equipe, que está distribuída entre 6 Estados do Brasil e Cuba, conseguem interagir, planejar, e entregar de forma online e produtiva.

Há uma adaptação e esforço em conjunto das áreas de Comunicação Interna e Gestão de Pessoas, se tratando de ações de engajamento.

Nos preocupamos sempre se estamos abarcando todas as pessoas. Ações que ensejam em brindes físicos, se não é possível o envio, por algum motivo específico, geramos vouchers ou combinamos diretamente com a pessoa, de forma individual, o que a atende.

Assim todos se sentem pertencentes, independentemente de onde estejam.

Migrar do presencial para o híbrido exige uma certa estrutura, tanto para o empregador quanto para o colaborador. Há investimento em internet, sistemas de gestão, mobiliário, dados na nuvem, revisão nos processos de onboarding e integração, digitalização de documentos, entre outros. Portanto, aos que decidirem adotar esta modalidade é necessário planejar.

Aqui na CONCERT, mantivemos o escritório físico com toda infraestrutura necessária, para quem quiser trabalhar de lá, mas não é obrigatório.

Utilizamos o espaço também para realização de eventos e convenções. O deslocamento para quem está fora de Minas Gerais, nesses casos, é custeado pela empresa.

Sendo os profissionais de tecnologia constantemente assediados por várias empresas, e tendo eles várias opções, não somente o salário pesará nessa escolha, o item qualidade de vida, passa a ser um requisito considerado também.

Em um processo de escuta, muitos colaboradores relatam os pontos favoráveis com o trabalho híbrido, como:

• qualidade de vida,
• tempo para organizar atividades diárias,
• conciliação da vida pessoal com profissional,
• ganho de tempo que antes era perdido em deslocamento e trânsito,
• proximidade no convívio familiar,
• maior produtividade.

Portanto, quando falamos no modelo de contratação híbrido, estamos falando também de um benefício, que pode ser utilizado tanto para atração de talentos, quanto para retenção de pessoas.

Por Glacielle Marques da Silva, Head de Pessoas na Concert Technologies, empresa de 40 anos que sempre inova no mercado de Tecnologia da Operação (TO) de Tempo Real e Sistemas Críticos nas Áreas de Utilities, primordialmente no segmento elétrico, Aeroespacial e Defesa.

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 72, “O papel do RH e do gestor de pessoas na chamada “nova economia”” com Diego Barreto, vice-presidente de Finanças e de Estratégia e Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano, ambos do Ifood. Clique no app abaixo:

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Capa: Depositphotos