Desde que o mundo é mundo, os seres humanos de destaque são os que possuem capacidade de comunicação e de criatividade. Há ainda uma outra marca dos indivíduos de sucesso: a crença e a busca por um futuro melhor.
É exatamente aí que a formação de qualidade, notadamente no ensino superior, torna-se mais relevante. A criatividade pode ser desenvolvida desde a infância, mas direcioná-la para projetos e para soluções corporativas, muito necessárias no mercado de trabalho, pressupõe formação e conhecimento.
Por excelência, a universidade é o local de desenvolvimento e de internalização de saberes fundamentais, quer para vida em sociedade, quer para a trajetória profissional. Criatividade não existe sem conhecimentos.
Outro aspecto fundamental é a comunicação. Expressar ideias, articular o raciocínio e ser capaz de transitar em diversos cenários é essencial em um mundo em transformação.
Nesse sentido, a informação e o conhecimento são insumos fundamentais para a construção de laços e de relações profissionais produtivas e promissoras.
Uma vez que compreendemos os benefícios desses dois componentes da vida profissional exitosa (comunicação e criatividade), é necessário pensar de que forma eles podem ser desenvolvidos, estimulados e potencializados.
É nesse ponto que a crença no futuro aliada à construção dele entra em cena, mas não funciona sem instrumentos. A convicção é pessoal, os instrumentos são vários, dentre eles, sem dúvida alguma, em destaque a formação universitária.
É sabido que temos vivido tempos de desesperança, muitos são os motivos pelos quais os jovens em especial têm demostrado desinteresse pela educação e pelos estudos, com destaque para o ensino formal.
Em tempos de desemprego em alta, e por decorrência remuneração em queda, o que é natural no contexto do equilíbrio no sistema de estruturação de mercado, parece que estudar pode não compensar. Sem a devida orientação, há quem faça as contas de forma simples, quanto se gasta em uma formação e quanto se ganha de salário lá na frente. Esse é o primeiro erro, pois formação nunca é gasto, é sempre investimento.
Outro fator que interfere nas decisões dos jovens é o imediatismo que marca a sociedade contemporânea. O tempo da universidade, somado ao estágio e ao início da profissão, demanda persistência e certa paciência e, em uma sociedade marcada pela aceleração do tempo, isso é um motivo de desistência ou baixa procura.
Nos últimos anos, em decorrência de diversos mecanismos governamentais, o Brasil aumentou significativamente o número de pessoas com formação universitária, mas ainda estamos muito longe de países desenvolvidos e, mesmo dos nossos vizinhos na América do Sul.
Por outro lado, é pouco provável que o mercado absorva todos os egressos dos bancos das universidades. Isso pode levar a uma pergunta perigosa por parte dos jovens: compensa estudar?
A resposta é inequívoca, não só compensa como é indispensável, mas estudar é pouco, é preciso estudar e bem, ou seja, participar de projetos de responsabilidade social na universidade, fazer parte de grupos de pesquisa e programas de extensão.
Buscar intercâmbios e programas de nivelamento para aprimorar a escrita. Além disso, não é permitido esquecer de buscar a fluidez em outro idioma.
Note que não abordamos simplesmente o “vá fazer uma faculdade”, mas o “vá viver uma vida universitária” e, sem entrar em competições desgastantes que, em geral, levam a tristezas e fracassos, o ideal é buscar ser o melhor que se pode ser.
Não se trata de ser melhor do que os outros, mas ser sempre melhor do que você mesmo, em constante busca e crescimento.
É possível fazer isso sozinho?
Talvez, mas é mais fácil e garantido fazer isso onde existem profissionais com conhecimento e desejo de ver o aluno brilhar, ou seja, na universidade. É essencial, por outro lado, que as universidades compreendam, de fato, quem são esses jovens e o tipo de ensino que eles demandam, somado a isso, é fundamental que os recrutadores se abram, cada vez mais, para os jovens talentos e que a sociedade, de forma geral, se abra para tempos melhores.
Por Lupércio Aparecido Rizzo, coordenador do curso Gestão de Recursos Humanos, do Centro Universitário Senac – Santo Amaro.
Aprofunde o assunto ouvindo o Podcast “Raio-x do primeiro emprego” do RHPraVocê:
“Não é novidade que o mercado de trabalho está se tornando, a cada ano, mais exigente na contratação. Novos cenários, tecnologias e profissões exigem, consequentemente, novos talentos e habilidades. E o panorama não é diferente para quem busca a primeira oportunidade de mostrar o seu valor no mundo corporativo. Nosso papo de hoje sobre primeiro emprego é apresentado pelo CEO do Grupo TopRH, Daniel Consani, e pelo jornalista Bruno Piai, com as presenças de Marcelo Gallo, superintendente Nacional de Operações do CIEE, e do Profº. João Luiz Santos B. da Silva, responsável pelo projeto “A Jornada do Primeiro Emprego”.
Afinal, se tornou mais difícil entrar no mercado?
O que é preciso para abrir a primeira porta?
Qual o papel das lideranças nesse processo?
Isso e muito mais, você confere agora clicando aqui ou ouvindo diretamente do app abaixo:
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