Com a chegada de 2023, crescem as expectativas para mudanças nas diversas áreas de atuação das empresas, inclusive, na área de Recursos Humanos (RH), ainda mais com as informações de institutos e consultorias globais.

Então, diante deste cenário, quais são as dez tendências para o próximo ano na área de RH?

A seguir, a lista 10 tendências para a área de Recursos Humanos em 2023 no Brasil.

1- UpSkilling do RH

A necessidade número um é fazer o chamado UpSkilling do RH — a qualificação do RH. O RH não pode ficar parado no tempo. Quando se pensa nas tendências para o setor de RH, fala-se de um RH já qualificado. Mas não adianta nada um RH com aquela venda nos olhos, porque seria falar sobre essas tendências e as pessoas não conseguirem nem enxergar, nem entender o que se está falando.

RH-TopTalks2023

2 – RH orientado para pessoas

Também é preciso fazer um RH orientado para pessoas, colocando-as no centro do negócio. Muito se fala de empresas que são orientadas a pessoas mas que ainda estão muito focadas nos processos internos. Mas as pessoas são responsáveis pelos processos. Se as pessoas estiverem bem, os processos estarão bem.

3 – RH simplificador da transformação digital

O RH deve ser visto como facilitador do processo de transformação digital. Através da necessidade de People Analytics, tem-se uma crescente da transformação digital. Então, a empresa acaba virando mais digital por uma questão da necessidade de dados e essa questão e necessidade pode e deve vir através do RH.

Veja mais: Transformação digital na área de Recursos Humanos

4- Paradoxo do trabalho remoto, híbrido e presencial

Há, também, o chamado “paradoxo do trabalho remoto, híbrido e presencial”. A questão envolve várias vertentes: semana de quatro dias, trabalho híbrido, trabalho presencial e trabalho remoto. A tendência é um modelo híbrido para os próximos anos, com momentos de obrigação presencial e momentos totalmente remotos.

O remoto também já provou que não é o melhor modelo. As pessoas estavam trabalhando mais e ficando mais ansiosas porque o trabalho estava adentrando 100% na vida das pessoas. No híbrido já se consegue fazer uma recalibração dessa questão pessoal-profissional.

5- Empresa baseada em competências

Acabou aquela questão de eu contratar simplesmente o melhor talento, eu tenho que contratar o talento que é mais aderente à necessidade do meu negócio. Construir uma empresa baseada em competências é outro fator fundamental para o RH. Isso pode ser feito através de estudos de competências, de Job Description e de Workforce Planning, para conseguir uma mensuração da força de trabalho necessária. 

Os insumos para chegar nisso são missão, visão e valores da empresa. Deve-se destacar principalmente missão e visão, porque através delas que se percebe qual é o próximo passo, o que vai ser da empresa. O RH é o dono do futuro da empresa, porque vai direcionar isso. É preciso construir uma empresa baseada em competências.

6- Movimentos da inflação e solução de pessoas

Olhar para o cenário internacional também é importante, sobretudo, acompanhar os movimentos da inflação via solução de pessoas. A questão não afeta somente o Brasil, mas se observando de forma regional, o Brasil já vive a inflação há certo tempo.

Já retornamos para esse modelo e estamos enfrentando reflexos dessa inflação muito grande, que deve piorar em 2023, com a mudança de governos ao redor do mundo. É preciso entender como fazer movimentos via solução de pessoas mais acertados nesse sentido.

7- People Analytics

Além disso, outro fator fundamental para o RH em 2023 será gerar valor via People Analytics, já que é através dele que será possível fazer um RH cada vez mais estratégico. É através do People Analytics também que vai se resolver muitos problemas, principalmente relacionados à Talent Acquisition, Talent Management e Workforce Planning. Mas para isso é preciso saber como usá-lo, o que muitas pessoas ainda não sabem.

8- Expansão da opinião do funcionário 

Também será preciso amplificar a voz do funcionário, ouvindo a sua opinião. É preciso cada vez mais humanizar o ambiente. Não adianta nada ter uma mega estratégia de produto, se o funcionário está no caos. Não. É necessário amplificar a voz do funcionário.

Veja mais: Jornada laboral de quatro dias fará parte do “novo normal”?

9- Saúde mental e bem-estar dos funcionários

Por falar nos funcionários, será preciso fomentar a saúde mental deles via diversos formatos, seja oferecendo gympass, brechas para fazerem práticas espirituais ou para buscarem seus filhos na escola e participarem de suas atividades escolares.

Como resolver a questão da saúde mental e do bem-estar?

O melhor, neste caso, é ouvir os funcionários por meio de pesquisas de opinião. Essas práticas de saúde mental e bem-estar fazem os funcionários terem um equilíbrio.

Veja mais: Ciclos de prosperidade criados a partir da gestão humanizada

10 – Avanço na agenda de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI)

A agenda de diversidade e inclusão também entra na lista, com uma agenda prática, em ações concretas. Não se deve trazer pessoas só para “ficar bonito”, no sentido figurado. É preciso que tenham espaço para colaborar e participar, sendo incluídas, e fazendo com que sua voz seja ouvida por si mesmos. Para isso, é preciso avançar na Agenda de DEI [Diversidade, Equidade e Inclusão] na prática, com escolhas e decisões sólidas.

As 10 tendências para o RH em 2023

Por Letícia Molinaro, fundadora da Escola do RH, ecossistema educacional interativo, que oferece cursos para profissionais de RH, a partir do conceito de back to the basics. Especialista em Gestão de Mudanças e em People Analytics, e MBA pela Coppe/UFRJ em Gestão do Conhecimento. Cursou o Harvard ManageMentor em 2009 e People Analytics na Cambridge University em 2022. Mentora do Grupo Mulheres do Brasil, liderado por Luiza Helena Trajano (2022). Atuou durante os últimos 15 anos na área de Recursos Humanos de grandes empresas como: Vale, DaVita, State Grid, EY, CSN, TBG, Petrobras, entre outras.

Para informações adicionais sobre treinamento, ouça o PodCast do RHPraVocê, episódio 69, “A realidade do ensino híbrido nas empresas“, com Peterson Theodorovicz, diretor regional da D2L no Brasil.  Clicando no app abaixo:

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Capa: Depositphotos