A segurança psicológica é um dos diversos pilares que compõe o clima organizacional das empresas, situação em que as pessoas se sentem confortáveis para falarem as suas opiniões, compartilharem experiências e ideias. Dessa forma, todos ficam tranquilos e seguros para conviver com outros colaboradores da empresa reforçando a missão, culura e valores da marca ao mercado.
Num ambiente onde a segurança psicológica é apoiada e trabalhada, não há o medo de ser punido, constrangido ou rejeitado pelo simples fato de expor uma ideia na mesa de discussão ou se opor a algo que está sendo dito, o que contribui para que as pessoas sejam mais autênticas, criativas e tenham relações mais harmoniosas.
Acompanhar algo tão subjetivo é bem desafiador, pois pode haver uma interpretação “pessoal” do tema, quando não trabalhado de uma maneira sensível e impessoal, e principalmente sem dados. Por isso, promover pesquisas e indicadores que mensurem o tema é um fator crucial para que ações e programas corporativos sejam criados com assertividade para que o time de Gente e Gestão possa trabalhar a segurança psicológica.
Aqui em nossa empresa segurança psicológica é levado a sério. Após os resultados do primeiro ciclo da pesquisa de clima realizado em janeiro de 202 um dos pontos identificados foi relacionado ao assunto. O Charlie é um negócio novo no mercado que tem diversos desafios e isso somado ao impacto de uma pandemia onde as pessoas ficaram reclusas, é normal encontrar um cenário mais delicado, então tomamos a decisão de trazer esse indicador de segurança psicológica para os objetivos da empresa, assim trazendo para todes na empresa que, por mais que é de suma importância o time de gente trabalhar o tema, o impacto e a responsabilidade de manter um ambiente seguro psicologicamente é de todos.
Com a implantação de uma ferramenta de gestão de pessoas, passamos a acompanhar semanalmente esse indicador, através do que chamamos de “pulse de sentimentos”, uma pesquisa bem rápida onde as pessoas marcam como se sentiram naquela semana podendo apontar o que funcionou e o que não funcionou.
Os líderes acompanham esses sentimentos através de reuniões de acompanhamento individual com o liderado, os 1:1 que acontecem semanalmente, criando então um ambiente de acolhimento e escuta ativa dentro dos times. Hoje nossa média é de 78% de sentimentos positivos. Nossa adesão é bem alta também, uma média de 70%, 40% acima da média empresas que também usam esse recurso na plataforma.
Outro ponto que incentivamos também é a troca de elogios, dentro da plataforma de gestão de pessoas, temos um módulo onde os profissionais podem mandar um elogio para uma ou várias pessoas, e vincular esse elogio aos nossos valores. Todos conseguem ver esses elogios, pois ao recebê-lo, uma mensagem é enviada para o grupo do slack onde todos os colaboradores estão.
Todas nossas frentes e ações são elaboradas com foco na qualidade de vida, com isso temos parceria com empresa que dá acesso a psicoterapia bem como um convênio de academias. Também implantamos o trabalho híbrido, garantindo mais ainda uma rotina saudável aos nossos profissionais, na busca de um equilíbrio entre a alta produtividade gerada no home office, sem excluir a troca de vivencias entre os times que só enriquece a inovação
E para garantir que esse formato funcione, investimos nas lideranças as preparando e munindo com rituais claros de acompanhamento (como os 1;1, sprints), assim como as nossas ações internas que precisam estar adaptadas para atingir todo esse público que nem sempre está presente no escritório possam ter trocas boas com os demais times.
Por Melina Flomenbaum, Head de Gente e Operações no Charlie, empresa que transforma a maneira de se hospedar, morar e trabalhar, com o conforto de casa e serviços sob demanda.
Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 90, “Burnout como doença do trabalho: o que muda?” com Marcela Ziliotto, Head de People na Pipo Saúde e José Ricardo Amaro, Diretor de RH da Ticket. Clique no app abaixo:
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