O Dia dos Professores é celebrado em 15 de outubro e a data suscita algumas reflexões. Não foram poucos os desafios para a educação brasileira desde o início da pandemia e agora já é possível ter uma ideia mais clara sobre os impactos dessa crise sanitária global.

De acordo com os resultados mais recentes do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira), medidor da qualidade da educação pública e privada do país, tivemos piora no aprendizado de estudantes em todos os níveis avaliados.

O índice agrega dois conceitos, sendo eles: o indicador de rendimento escolar e as médias de desempenho dos alunos nas avaliações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Entre algumas conclusões, nota-se que o segmento mais afetado foi o da alfabetização – a pontuação dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental em língua portuguesa passou de 750 pontos em 2019 para 725,5 na edição atual, a de 2021.

Fazendo recorte para o Ensino Médio, a média de proficiência no último ano da escola passou de 278 pontos em língua portuguesa para 275, o que deixa o Brasil no nível 3 de aprendizagem, considerando que a escala vai até 8.

Mas, afinal, qual a relação entre a educação básica e o mundo laboral?

Antes de estabelecermos a conexão entre ambos, é necessário compreender o significado do ambiente corporativo. O conceito abarca grande parte da atividade humana, agregando conceitos como trabalho, as relações interpessoais, vínculo empregatício, mercado, questões relativas à remuneração, incorporação das novas tecnologias, trocas culturais, entre outros aspectos.

Por conta da sua complexidade, o universo empresarial pede, obrigatoriamente, formação de base de qualidade. Dentro desse contexto, é preciso pensar em formas de estruturar o processo de ensino-aprendizagem com o uso de tecnologia, pois ela surge como peça fundamental para a renovação dos modelos tradicionais, tornando o ambiente corporativo mais atrativo.

Os feedbacks também precisam de um olhar atento, pois a maioria deles serve como uma forma de avaliação e precisam ser mais estruturados, multifacetados com fundamentos contemporâneos, focando na assertividade, tendo objetivo claro na proposta para que o aprendiz tenha a possibilidade de um diagnóstico do seu processo de aprendizagem, recalculando rotas, quando necessário.

Veja mais: A importância dos treinamentos corporativos para o processo criativo

Nos últimos anos, os departamentos de recursos humanos têm se dedicado muito à formação continuada e acabam se deparando com egressos não tão qualificados.

Daí, os departamentos de RH estabelecerem como uma de suas prioridades o treinamento e desenvolvimento de pessoas (T&D).

Nesse cenário, surgem algumas perguntas que devem ser respondidas, tais como:

‘De que forma a educação pode transformar os percursos das empresas?’,

‘Como a educação corporativa pode ser aprimorada?’ e

‘Qual a importância dos dados para mensurar evolução dessa educação?’.

Além das questões mencionadas – que precisam de respostas –, outro aspecto a ser considerado refere-se ao apagão de mão de obra qualificada, principalmente nos setores de tecnologia e de engenharia.

Um dos principais desafios atuais é formar profissionais de qualidade, já que as empresas de tecnologia, por exemplo, estão tendo que formar os profissionais pois, muitas vezes, eles saem das universidades sem a capacitação adequada. Existe um gargalo e um atraso nesse sentido.

Por fim, é preciso comprovar resultados educacionais para elevar novamente a educação brasileira a um patamar digno e, consequentemente, o mercado de trabalho em um nível almejado. Foi-se o tempo em que academia (ou saber científico) e ambientes corporativos não se dialogavam.

Engana-se quem pensa quem não os relaciona.

ma nação com adultos felizes na carreira tem crianças estimuladas na sala de aula.

Universo empresarial pede formação básica de qualidade

Por Fabrício Garcia, CEO da Qstione.

 

 

 

Para informações adicionais sobre treinamento, ouça o PodCast do RHPraVocê, episódio 69, “A realidade do ensino híbrido nas empresas“, com Peterson Theodorovicz, diretor regional da D2L no Brasil.  Clicando no app abaixo:

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