Uma das competências mais buscadas pelas companhias hoje em dia na hora de contratar novos profissionais é a criatividade. Se há alguns anos essa característica não entrava nem no top 5 das qualidades mais almejadas, atualmente já faz parte do top 3, sendo uma das soft skills mais importantes para os gestores.
De acordo com levantamento realizado pelo LinkedIn sobre habilidades comportamentais, para 92% dos recrutadores elas são tão ou mais importantes do que as hard skills, também conhecidas como aptidões técnicas. E quando questionados sobre o principal motivo de uma contratação não dar certo, 89% apontaram que um fator determinante é justamente a falta das soft skills.
Isso porque, com o passar dos anos, os líderes e gestores foram percebendo que pessoas mais criativas tendem a ter boas ideias com mais frequência, pois conseguem enxergar as situações por ângulos diferentes e, portanto, criar conexões que nunca foram pensadas. E todo esse processo geralmente ocasiona a resolução de problemas e a formação de melhores produtos e soluções, o que, consequentemente, atrai e fideliza os consumidores, resultando em um avanço nos negócios como um todo.
Porém, para que seja possível aflorar essa competência nos colaboradores, não basta apenas procurar por pessoas que já tenham esse lado mais delineado, é preciso também investir no desenvolvimento de um ambiente propício para isso, com espaço para tentativa e erro, exposição de novas ideias e possibilidades de interação com outros times, pois, caso contrário, com o passar do tempo essa habilidade pode ir se apagando.
Uma estratégia muito efetiva para ajudá-los a se sentirem mais preparados e à vontade para contribuir com novos insights, e integrados tanto com os colegas quanto com a empresa, é a realização de treinamentos corporativos, que normalmente envolvem atividades com teor educacional e focados na capacitação das equipes.
Ao investir no conhecimento e em novas vivências e experiências para os colaboradores com um ambiente – ainda que virtual – com um clima informal e leve para troca de ideias durante a ação, há um estímulo maior para o surgimento de soluções disruptivas, originais e criativas. E os resultados se mostram ainda mais consistentes quando esses treinamentos são feitos de forma recorrente utilizando métodos e abordagens diferentes.
E vale ressaltar que os benefícios não são voltados meramente ao lucro das organizações: além do funcionário aumentar o seu próprio valor dentro da empresa, sendo mais valorizado por suas ideias e capacidade de reinvenção, ele também leva essa mentalidade voltada à inovação para outras esferas da sua vida e adquire aprendizados e habilidades que vão muito além do mundo corporativo.
Gustavo Caetano é CEO da Samba Tech, embaixador da Reserva e autor do best seller “Pense Simples”. É um dos colunistas do RH Pra Você. O conteúdo dessa coluna representa a opinião do colunista. Foto: Divulgação.