“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”
(Paulo Freire)
Impossível não lembrar do patrono da educação brasileira, cuja obra ainda ecoa na prática de grandes projetos sociais e nas renomadas universidades pelo mundo, como Harvard e Oxford, para falar de liderança em um momento tão único como o que vivenciamos.
A tese de que não há aprendizado no qual as experiências e as realidades (de quem ensina e de quem aprende) sejam consideradas como princípios básicos de conexão para que a aprendizagem aconteça nos instiga a pensar sobre como a visão contemporânea acerca da educação também nos diz muito sobre o papel do líder.
Atualmente, algumas empresas têm experimentado o resultado pífio e o caos de uma liderança feita por depósitos de conteúdos e de informações (podemos considerar aqui também o excesso de treinamento), fluxos e metas aos liderados, sem que houvesse propósito explícito e valores alinhados entre líder e liderado.
O fato é que para liderar em um mundo sem precedentes e turbulento como o que vivemos, nunca foi tão importante para o líder (professor) colocar-se no lugar do liderado (aluno) para que a liderança (educação) aconteça. E é neste contexto que o treinamento tem feito a diferença e ajudado grandes líderes na jornada desafiadora que temos enfrentado.
Parceiros estratégicos no desenvolvimento de líderes de grandes organizações têm notado que a pandemia trouxe mais reflexões do que respostas à liderança. De maneira geral, notamos uma consciente e constante busca a respeito das lições aprendidas e dos próximos passos para o autodesenvolvimento e autoconhecimento.
Talvez este também seja o nosso “last call”, como diriam os americanos, ou quem sabe um “legado” desta pandemia: “pensar em desenvolvimento de liderança é pensar em educação continuada”.
Um exemplo disto é que, pela primeira vez em muito tempo, a liderança sentiu a tal vulnerabilidade e até um certo medo de não atuar com tanta “mão no jogo” como antes por fatores como a falta do contato presencial com o time, por exemplo.
Aqui proponho uma provocação: presença física já precedeu escuta ativa ou empatia?
E a questão do “presenteísmo”?
Contudo, algumas lições ainda podem ser aprendidas e são exemplificadas no estudo do “Institute for Business Value da IBM”, feito com mais de 3 mil CEOs do mundo todo, incluindo o Brasil, revelando os principais desafios da atualidade para este perfil de líder:
- Gestão de Talentos,
- Mudança na Mentalidade da Liderança,
- Tecnologia e
- Parceria com o Ecossistema.
Por fim, o treinamento tem sido de extrema relevância para o momento atual da liderança, contribuindo para desenvolvimento de empáticos e não apenas de simpáticos ao momento de seus liderados, cuja quebra de paradigma por meio de palestras e de workshops de sensibilização trouxeram inovação e resultados ainda mais positivos, o que foi possível por parcerias estratégicas e com ajuda da tecnologia aplicada à educação transformadora de líderes e liderados.
Por Gustavo Luis Marcolino, coordenador de vendas do atendimento corporativo do Senac São Paulo.
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