A diversidade e inclusão são temas importantes no mundo das startups e investimentos, mas se discute pouco o real impacto dessa pauta e as diversas formas de trabalhar com acessibilidade,
diversidade e inclusão.

Investir em startups lideradas por mulheres, pessoas com deficiência, negros e fundadores LGBTQIAP+ não apenas é uma escolha socialmente responsável, mas também pode ser financeiramente recompensador, bem como aumentar a representatividade
dentro das empresas, independente do setor e público-alvo.

Mais do que levantar uma bandeira, existem diversos motivos para aumentar a participação de todas as parcelas da sociedade no mercado de investimento e startups, e até mesmo direcionar
o dinheiro para soluções inclusivas.

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Conheça algumas das principais razões:

1. Estimular a inclusão e diversidade dentro da empresa, independente do setor

– Diversidade de perspectivas: Empreendedores e colaboradores de diferentes origens trazem perspectivas únicas e insights inovadores para o mercado. Isso pode resultar em produtos e serviços
que atendam a uma variedade maior de necessidades e interesses, alcançando um público mais amplo.

– Atração de talentos diversos: Equipes diversificadas podem trabalhar de forma mais eficaz e produzir melhores resultados, o que é fundamental para o sucesso a longo prazo.

2- Investir em startups lideradas por grupos sub-representados

– Engajamento com a comunidade: Startups lideradas por mulheres, negros e fundadores LGBTQIAP+ podem se conectar mais profundamente com seus respectivos grupos.

Isso pode gerar lealdade e apoio dessas comunidades, o que é valioso em termos de marketing e construção de marca. Mas é preciso ter cuidado. Não basta falar, ou apresentar a pauta como importante, é preciso ir além do marketing e realmente cumprir com o discurso, dando voz às lideranças.

– Capacidade de inovação: A diversidade nas equipes fundadoras está associada a uma maior criatividade e inovação. Ao trazer pessoas com diferentes experiências e perspectivas para a mesa,
as startups têm uma base mais sólida para desenvolver soluções únicas e disruptivas.

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– Investidores conscientes: A tendência atual mostra que mais investidores estão valorizando a diversidade e procurando apoiar startups que também a valorizam.

– Resiliência e determinação: Empreendedores de grupos sub-representados enfrentam desafios e obstáculos únicos. A capacidade de superar essas adversidades pode ser indicativo de desenvolvimento de características como resiliência e determinação, para uma liderança forte e eficiente.

3- Desenvolver produtos e serviços para os grupos sub-representados

– Maior potencial de mercado: Ao atender grupos pouco trabalhados por outras empresas, as startups podem ter acesso a mercados muitas vezes negligenciados pelos negócios tradicionais.
Isso pode criar oportunidades de crescimento significativas, expandindo o alcance do negócio e aumentando o potencial de receita.

O famoso termo “oceano azul” se refere àqueles negócios que fazem o que ninguém faz. Atuar com acessibilidade e inclusão ainda é novidade no Brasil, e até mesmo no resto do mundo, e levar esse conceito para dentro das empresas gera diferentes perspectivas e visões de mercado.

– Redução de vieses de mercado: Muitos mercados são afetados por fatores inconscientes que tendem a favorecer certos grupos em detrimento de outros. Startups lideradas por mulheres, pessoas com deficiência, negros e fundadores LGBTQIAP+ têm o potencial de identificar e abordar esses vieses, criando oportunidades onde outros podem ter falhado.

Portanto, ao investir em startups lideradas por grupos sub-representados, os investidores têm a oportunidade de apoiar a inovação, alcançar novos mercados, atrair talentos diversos, além
de fazerem parte de um movimento que busca promover a igualdade e inclusão no mundo empresarial.

Extrapolando a discussão para além das empresas, a ONU reforçou em suas políticas de desenvolvimento sustentável o lema “leave no one behind”, para o cumprimento da Agenda 2030,
que direciona os países para o desenvolvimento sustentável.

O crescimento econômico de empresas, sociedades e setores só acontecerá quando ninguém for deixado para trás.

A atuação conjunta de empresas, investidores, governos e sociedade é primordial para o crescimento sustentável de todas as instâncias.

A acessibilidade, a diversidade e a inclusão são fatores que podem levar a retornos financeiros atraentes, além de contribuírem para uma cultura cada vez mais tolerante e múltipla em toda a sociedade.

Startups Investindo com Responsabilidade Social

Por Rafael Kenji Hamada, médico e CEO da FHE Ventures, uma Corporate Venture Builder cujo principal objetivo é desenvolver soluções inovadoras voltadas ou adaptadas para as áreas de saúde e educação . Rafael é Fundador da Academy Abroad; Intercambista da Harvard Medical School; Speaker do TEDx FCMMG; Associado Efetivo do Colégio Brasileiro de Executivos em Saúde; Professor do MBA de Gestão em Saúde 4.0 do BBI of Chicago; Mentor e palestrante sobre os temas inovação, empreendedorismo, health techs, telemedicina e gestão em saúde.

Ouça o episódio 143 do RH Pra Você Cast, “Inclusão 50+, bom para o presente e para o futuro (de todos nós)“. Como você se enxerga daqui a cinco ou dez anos? O questionamento, que já deve ter sido feito a muitos de vocês durante algum processo seletivo ao longo da carreira, nem sempre traz consigo uma resposta fácil. Especialmente para um público que, diante de tantos estereótipos e preconceitos, sequer sabe como será o dia de amanhã em sua vida profissional. A cada nova geração que entra no mercado, uma anterior se vê diante do dilema de ficar para trás e ver cada vez menos portas se abrirem.

O panorama, todavia, não só precisa como deve ser mudado. Pesquisas revelam que o tão falado “choque geracional” é extremamente benéfico não só a profissionais de todas as idades, mas também às empresas. E, afinal, se não olharmos para o público 50+ com atenção, como será quando chegar a nossa vez de lutar por espaço com os mais jovens? Para falar sobre as vantagens de mesclar gerações e como desenvolver mecanismos de inclusão, o RH Pra Você Cast traz Mórris Litvak, Fundador e CEO da Maturi. Confira o papo clicando no app abaixo:

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Capa: Depositphotos