O ano de 2020 começou virando o mundo do avesso completamente, com uma pandemia que está mudando o jeito das pessoas trabalharem, interagirem umas com as outras, mas a prioridade segue sendo viver, cuidar do corpo e da mente.

Uma década para lá de “disruptiva” até agora, com a tropicalização do verbo em inglês para o ato de perturbar (to disrupt) que acabou virando o jargão mais comum entre empreendedores e não tão empreendedores assim.

Afinal, toda startup almeja (ou deveria almejar), algum dia, mudar radicalmente a forma de ganhar dinheiro nos setores em que atua, ou até criando novos mercados em que tem vantagens sobre os concorrentes.

Com o cotidiano do brasileiro de pernas para o ar e a economia tropeçando, somando a isso temos ainda a análise recente sobre o mercado de capitais feita pelo papa do valuation e professor de finanças da New York University, que diz o seguinte: “Preparem-se para um longo período de queda nos mercados. Com a fuga do capital de risco, a desvalorização foi mais intensa para as empresas com lucros negativos e de alto crescimento, além dos segmentos de private market.”

Por que Startups internacionais entram no mercado brasileiro?

Essa fala traz o entendimento do surgimento de uma nova estrutura de possíveis investidores para startups sobre o cenário macroeconômico. Mas, o quanto isso impacta o mercado de startups no Brasil?

As startups brasileiras estão sofrendo uma desvantagem competitiva sobre as internacionais, que estão fixando presença em solo verde e amarelo, enquanto, de maneira geral, as brasileiras têm que se desenvolver com investimento baseado na moeda local, que é o real. Já as internacionais, têm o centro de investimento em dólares.

Se considerarmos a desvalorização do real frente a moeda americana, fica respondida, em parte, a pergunta. Mesmo com a moda local fraca, vale a pena a entrada no Brasil. Antes um incremento de receita advindo do real, do que não ter esse incremento. (palavras de um investidor).

Com uma população economicamente ativa de mais de 60%, (dados do IBGE), quem não quer entrar num mercado desse tamanho potencial, com custos baixos comparando o valor do real frente ao dólar, e com esse potencial de consumo?

Nos últimos anos, o Brasil enfrentou uma situação econômica e política muito difícil, mas, apesar disso, o país ainda é uma grande aposta para novos negócios, especialmente para startups.

Atualmente, o Brasil é um dos países do mundo com maior potencial de empreendedorismo, hoje já são 12.700 startups, segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups) — um crescimento de 27% em relação a 2018, quando eram 10 mil empresas, e 20 vezes mais do que em 2011.
As startups internacionais, que entram no mercado brasileiro, também estão de olho nos investidores brasileiros, com cenário não muito favorável para os próximos anos, segundo especialistas, ele se mostra o oposto para investimentos nas startups.

O crescente volume de capital disponível para esse tipo de investimento é muito atraente, principalmente vindo de investidores profissionais qualificados dispostos a apostar em empresas iniciantes ou em fase de tração com crescimento contínuo.

Esse movimento ajuda a estimular a economia de qualquer país e desperta o interesse de qualquer startup estrangeira que considere investir no Brasil. E como isso se resolve?

As startups brasileiras têm potencial de disputar de igual com as internacionais, por conhecerem mais o mercado que habitam, diferentemente dos empreendedores internacionais que acabam precisando tomar “um banho de interculturalidade”. O ponto é que os empreendedores brasileiros estão atentos para esse tipo de disputa de mercado.

O que vale mais? Uma startup que vale alguns milhões de reais ou uma startups com grande faturamento e fluxo de caixa equilibrado e estruturada para seguir em frente sem susto?

Os investidores estão buscando modelos de negócio estruturados, uma equipe complementar e com governança implementada para seguir em frente, e ganhando mercado a todo tempo. Isso faz o investimento valer a pena num futuro próximo.

Essas são as premissas básicas para um negócio prosperar e crescer de forma acelerada e estruturada, mas esse é o ponto de inflexão dos investidores, e quem são os empreendedores que têm essas características completas?

Visão pessoal do autor

O mercado brasileiro está para todos os empreendedores que se habilitam a entrar, como para os brasileiros empreendedores que já estão, esse circuito estimula muito essas novas empresas em seus gestores a não desistirem, como diz um dos meus mentores: você jamais se dê por vencido, porque por vencido ninguém te reconhecerá.

A pandemia derrubou muitas barreiras, algumas foram as relações entre povos e pessoas e as relações de mercado, onde existia uma certa dificuldade entre mercados internacionais. Agora, tudo ficou mais flexível.

Mesmo com esse cenário positivo, ainda são vários os desafios que todos empreendedores têm quando falamos de mercado brasileiro, que vão desde legislações para abrir empresas e fechar outras, além de todos os custos para mantê-la, e seguir em frente, escalando, escalando e escalando, mas, se você passar por essa trilha, com certeza será um empreendedor de sucesso.

Por que Startups internacionais entram no mercado brasileiro?

Por Ricardo Voltan, Investidor anjo, empreendedor, mentor e conselheiro de negócios. Auxilia na implementação de governança em operações e no desenvolvimento de negócios. No universo de startups, é conselheiro pelo IBGC e mentor pelo Inovativa Brasil, IdeiaGov e Goldstreet Venture Capital e investidor anjo na FEA Angels e co-founder do O BOARD.

 

Para ampliar sua informação sobre o universo Startup, ouça o Podcast do RHPraVocê, episódio 68: “Por que as HR Techs são tão importantes para a transformação do RH?“.

Nos últimos anos, a transformação digital entrou de vez na pauta dos RHs.

Cada vez mais estratégica dentro das organizações, a área fez da tecnologia sua aliada para ser mais humana, já que a automação de processos e sua consequente agilidade permitem o foco dos profissionais em soluções para pessoas e efetiva gestão do bem-estar dos colaboradores.

Mas será que todos estão alinhados com os benefícios da tecnologia?

Para responder a isso, os cofundadores da Convenia, Marcelo Furtado e Rodrigo Silveira, bateram um papo com o CEO do Grupo TopRH, Daniel Consani, e com o jornalista Bruno Piai.

Eles falaram sobre as HR Techs e uso da Kaledo, plataforma de gestão da Convenia, para facilitação dos processos de RH. Confira clicando AQUI ou diretamente pelo app abaixo:

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