Sejamos a revolução: a importância de um modelo de gestão pautado numa jornada de diversidade e inclusão. Acredito que não existe uma jornada de transformação cultural que não passe por transformações de pessoas.

E para começar a falar dessa verdadeira revolução, precisamos ter em mente a necessidade de as empresas possuírem um projeto de diversidade e inclusão. E por quê? Simplesmente, porque a cultura das organizações precisa ser orientada por pessoas.

É possível exercer um protagonismo social por meio da jornada de diversidade e inclusão. Os executivos – e falo como uma deles – às vezes não se dão conta do poder que têm em mãos e sua capacidade de impactar positivamente a vida do outro.

Sempre pensamos que mudar o mundo está muito distante, mas quando você se dispõe a mudar o mundo ao seu redor, você realmente consegue. Isso é revolução!

Nas empresas, é fundamental estabelecer uma gestão organizada, com governança, KPIs, metas e uma política clara para promover a diversidade e inclusão. É necessário realizar análises constantes dos impactos e aceleradores presentes nessa jornada.

No decorrer desse processo, a organização deve reforçar sua cultura, considerando que, muitas vezes, os valores foram definidos há 15 ou 20 anos e, desde então, o mundo e as pessoas passaram por mudanças significativas. Isso significa que, ao longo desse período, a cultura pode ter deixado de estar alinhada com a realidade.

Aprimorando dados

Não é possível investir em uma jornada assim sem pragmatismo. O que faz as coisas acontecerem é o modelo de gestão. Isso exige reuniões, planos, KPIs, mesmo que a jornada seja sobre pessoas.

Primeiro, definem-se as prioridades – aquilo que será possível fazer. Não queremos abraçar o mundo, mas temos que ser consistentes no plano de ação. E todas as ações devem ser acompanhadas de perto pela liderança. Não adianta ter uma diretoria sempre falando de diversidade e o líder, na ponta, não considerar isso em suas decisões para promover um ambiente inclusivo de fato.

Considere trabalhar melhor com mulheres no retorno da licença maternidade, implantar licença paternidade, liberação para dias de consultas. Temos que entender a necessidade de ter pessoas dedicadas a essa jornada.

Para exemplificar, vou contar o que vivemos aqui, pelo próprio core da nossa empresa – navegação e transportes – estamos falando de um ambiente extremamente masculino. E quando iniciamos essa jornada estava óbvio que o primeiro desafio era aumentar a diversidade de gênero.

Por isso, escolhemos a frente e nessa linha trouxemos o programa Navegar, que é um programa de trainee, também criamos algo para trazermos mais líderes marítimas mulheres, inclusive com a contratação da nossa primeira comandante mulher negra.

Canal de Denúncias

Muitas vezes, não temos plena consciência do imenso impacto que, como empresa, temos na vida das pessoas. Apesar de estarmos constantemente expostos a discursos diários sobre a importância da diversidade de gênero e raça, ainda há uma clara ausência de diversidade de experiências.

Enfrentamos, em algumas ocasiões, dificuldades em verdadeiramente acolher e compreender a vivência do outro, porém é exatamente essa variedade de experiências que nos permite reconhecer a singularidade de cada indivíduo. A inclusão é um processo profundamente complexo e repleto de desafios a serem superados.

O que precisamos enquanto empresa é criar um ambiente tão acolhedor e respeitoso que as pessoas se sintam verdadeiramente valorizadas, aceitas e encorajadas a serem autênticas. Quando as pessoas se sentem valorizadas e aceitas, elas tendem a se envolver mais com o trabalho, demonstrar maior comprometimento e adotar comportamentos alinhados aos valores organizacionais. Isso resulta em um clima de trabalho mais positivo e próspero, onde a colaboração, a criatividade e o crescimento mútuo são incentivados e promovidos.

De fato, acredito que nessa jornada é preciso ser a mudança que queremos ver no mundo. Não deixe para amanhã para pensar no que podemos fazer de diferente para mudar essa realidade, pois ela não entrará pela porta. Isso está em nós e devemos nos apropriar desse protagonismo social. Sejamos a revolução.

Um modelo de gestão pautado na Diversidade e Inclusão

Por Andrea Simões, diretora de gente gestão e tecnologia da informação da Log-In Logística.

 

 

Ouça o episódio 143 do RH Pra Você Cast, “Inclusão 50+, bom para o presente e para o futuro (de todos nós)“. Como você se enxerga daqui a cinco ou dez anos? O questionamento, que já deve ter sido feito a muitos de vocês durante algum processo seletivo ao longo da carreira, nem sempre traz consigo uma resposta fácil. Especialmente para um público que, diante de tantos estereótipos e preconceitos, sequer sabe como será o dia de amanhã em sua vida profissional. A cada nova geração que entra no mercado, uma anterior se vê diante do dilema de ficar para trás e ver cada vez menos portas se abrirem.

O panorama, todavia, não só precisa como deve ser mudado. Pesquisas revelam que o tão falado “choque geracional” é extremamente benéfico não só a profissionais de todas as idades, mas também às empresas. E, afinal, se não olharmos para o público 50+ com atenção, como será quando chegar a nossa vez de lutar por espaço com os mais jovens? Para falar sobre as vantagens de mesclar gerações e como desenvolver mecanismos de inclusão, o RH Pra Você Cast traz Mórris Litvak, Fundador e CEO da Maturi. Confira o papo clicando no app abaixo:

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