Talento dentro e fora de campo: as lições de carreira que os maiores técnicos da Copa do Mundo nos ensinaram. Nunca havíamos nos deparado com uma Copa do Mundo tão surpreendente e desafiadora. Acompanhamos seleções favoritas decaindo em qualidade de jogo, em paralelo, times que antes ficavam fora dos holofotes, ascendendo a cada etapa da competição.

Com os jogadores cada vez mais preparados, não basta habilidade com a bola para vencer, a visão estratégica e as movimentações em jogo dos técnicos têm feito toda diferença nas partidas e placares.

E a maior competição de futebol do mundo tem muito a nos ensinar, principalmente, como lição e inspiração nas nossas relações dentro do mercado de trabalho. Pensando nisso, separei quatro técnicos que chamaram a atenção dos torcedores nesta Copa e seus perfis profissionais para levarmos como inspiração para 2023.

1- Luis Enrique: técnico da seleção espanhola

Na última quinta-feira (08), Luis anunciou a sua saída do treinamento da seleção espanhola após a eliminação da Copa. Mesmo com o acontecimento, Enrique não deixa de carregar uma trajetória de peso e renomada. Também, desde a sua chegada a liderança do time em 2018, o grupo passou a crescer em qualidade e entrosamento, com a aposta do técnico em talentos jovens atrelados aos antigos de casa e idade. Com a estratégia, alcançaram a classificação entre os quatro principais na UEFA Nations League e as semifinais da Eurocopa de 2020.

Muito falamos neste ano sobre o etarismo- discriminação e preconceito em razão da idade- que afeta a inserção de profissionais 30/40/50+ no mercado de trabalho, pela preferência na geração Z. Porém, o que já estamos cansados de saber é o quanto essa geração mais experiente tem a nos ensinar em soft skills e além.

O que Luis nos ensina? Que a união entre as faixas etárias, experiências, estilos de trabalho, alavanca os resultados pessoais, consequentemente, impulsiona as conquistas da empresa.

2- Adenor Leonardo (Tite): técnico da seleção brasileira

Não é de hoje que a postura do técnico Tite impressiona a qualquer um que acompanha o seu trabalho, e mesmo que sair do campo na derrota contra a Croácia, sem falar com os jogadores, tenha dividido muitas opiniões, Tite é reconhecido por ser centrado, observador, calculista e reconhecido por fazer boas escolhas na convocação e escalações dos jogos.

Por alguns é considerado até mesmo uma pessoa fria, principalmente por não comemorar de forma exaltada muitos gols. Apesar disso, ele não deixa de ser um profissional querido e respeitado pelos jogadores. Afinal, quem não ficou surpreso e achou engraçado vê-lo comemorando o gol do Richarlison, na partida Brasil vs Coreia do Sul, com a dança do “pombo”?

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O que Tite nos ensina? Para alcançar respeito, entrosamento e reconhecimento do seu trabalho, não necessariamente precisamos esbanjar carisma a todos e em todos os momentos. Mais vale a concentração na atividade e observação, para fazer boas escolhas, bons discursos e potencializar a sua imagem profissional.

3- Didier Deschamps: técnico da seleção francesa

Em entrevista a coletiva de imprensa nas últimas semanas, o técnico da atual campeã mundial e uma das favoritas da Copa do Mundo de 2022 pediu atenção aos jogadores franceses ao dizer que “agora começa uma nova Copa, não é mais a mesma situação que a fase de grupos. São jogos difíceis para todas as seleções. Já é muito bom estar nesta fase, mas queremos ir além”.

Mesmo esbanjando habilidade e favoritismo, Deschamps equilibra o pensamento de seus jogadores e segue os preparando psicologicamente, para além do físico, para a próxima partida.

O que Didier nos ensina? Nos mostra dois ensinamentos: primeiro, o preparo é constante, independente do seu nível de habilidade e experiência. Sempre nos deparamos com situações inusitadas e a todo o momento, o mercado lança novos conhecimentos e desafios. Cabe a nós estarmos em conformidade com o exigido. Por isso, para 2023, não deixe de estudar hard e soft skills. Segundo, cuidar do psicológico faz parte de uma ascensão profissional.

4- Walid Regragui: técnico da seleção do Marrocos

Aqui encontramos uma seleção que surpreendeu a todos e um técnico que fez história nesta Copa. Este ano, acompanhamos as seleções africanas com maior qualidade de jogo e inesperadamente, o time marroquino, chegou a semifinal, após eliminar uma das favoritas, Portugal. Regragui se graduou em economia enquanto se dedicava ao futebol e mesmo não tendo tanta ascensão como jogador, encontrou destaque como técnico, onde foi campeão da Liga Marroquina e da CAF Champions League.

O que Walid nos ensina? Muitas vezes estamos na área certa, mas atuando na função errada. 2023 está chegando para você analisar a sua satisfação profissional e avaliar outras possibilidades. Encare a transição de carreira como algo que possa te trazer mais realizações.

Lições que os maiores técnicos da Copa ensinaramPor Renan Conde, Diretor Brasil e EUA da Factorial, onde tem gerenciado grandes equipes e atuado no desenvolvimento de novos mercados como o Reino Unido, Holanda, Alemanha, Itália, Portugal e Brasil. Especialista no desenvolvimento de negócios internacionais há mais de 10 anos, passou por empresas como Casafari, a francesa Green-Acres, Coface, Icatu Seguros representando Insurope & Swiss Life no Brasil e Itaú. Formado em administração de empresas, já participou de conferências da Insurope em Leipzig onde foi premiado por Business Achievement Goal.

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