Durante a pandemia e com a disseminação do home office, este debate ampliou-se. Qual é o papel do líder em uma empresa que funciona “out office”? Mas será que ainda precisamos de líderes, de gestores intermédios? E qual é o perfil deles? Que preparação eles devem passar?

Certo, são perguntas importantes. Para dar a resposta, basta partir de baixo, da linha de frente, dos jovens recém-contratados na empresa. E a resposta é unânime. Sim, preciso de um líder, de uma referência, de um guia. Que ele me faça entender o meu trabalho, me atribua tarefas, objetivos. Que ele me ajude a resolver problemas, me diga como lidar com situações complexas. Isso me faz entender em que direção a empresa está indo.

E quanto mais você trabalha remotamente, mais há necessidade de ter um contato, uma referência para comparar. Quer seja virtual ou fisicamente presente, deve estar presente e acessível. Justamente para evitar o risco de isolamento que o trabalho remoto pode gerar.

Vejamos então o perfil, nestes novos contextos organizacionais, que esta “figura emblemática” deve ter.

Cultura de Feedback

Muitas vezes é dado como certo que ser chefe é muito fácil e que, como trabalho, pode ser assumido por todos, sem distinção. Este não é absolutamente o caso. Nem todo mundo pode se tornar líder ou gerente, nem todo mundo tem as habilidades, preparação ou perfil certo. Você não improvisa como gerente.

Ser chefe de uma unidade de negócio, gerenciando uma equipe de pessoas, é uma tarefa muito difícil, que exige comprometimento, dedicação e habilidade; muitas vezes sensibilidade particular. Acima de tudo, a capacidade de ouvir.

Todas virtudes, essas, que uma pessoa não pode improvisar.

A relação que se estabelece entre líder e colaborador é muito importante. O patrão dá as diretrizes e têm o dever de ouvir constantemente seus colaboradores; deve transmitir positividade aos membros da equipe, ouvir atentamente quem está trabalhando para entender os problemas recorrentes e resolvê-los.

Um bom chefe deve ser capaz de transmitir entusiasmo e vontade de fazer as coisas. Se uma equipe é composta por profissionais que não são iguais uns aos outros ou que abordam o trabalho de maneira diferente, o líder deve ser capaz de harmonizar as diferenças, orientar a equipe e os membros individuais em direção ao objetivo.

Para se tornarem líderes de valor e gerirem uma equipa de pessoas, torna-se crucial investir na formação contínua, escolher as melhores pessoas, com qualidades específicas nas quais investir e incutir um sentimento de confiança.

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 No que diz respeito à formação, o desenvolvimento de competências torna-se crucial para o profissional que aspira tornar-se um líder.

Compete à gestão de topo identificar potenciais gestores, entre os profissionais que já demonstrem possuir as aptidões adequadas, e depois prosseguir com um programa de formação específico, tanto básico como contínuo. Acima de tudo, é importante que o gestor do meio transmita mensagens claras e de confiança.

Se o entusiasmo, a dedicação, a vontade de fazer as coisas e o espírito de colaboração forem transmitidos das pessoas certas para as pessoas certas numa perspectiva de cima para baixo, há uma grande probabilidade de o sucesso ser garantido.

É certo, por outro lado, que na ausência de uma gestão intermediária de qualidade e profundidade, a empresa tem poucas chances de ser bem sucedida e reconhecida no mercado. Acima de tudo, a presença na companhia de líderes inadequados, que não incutem vontade de fazer nos membros da equipe, que não ouvem, que são inacessíveis, é a receita perfeita para criar um clima de desânimo e desmotivação; longe, portanto, das prerrogativas típicas de uma excelente empresa.

Hoje vivemos numa era de grandes mudanças, por muitas razões diferentes, as dinâmicas organizacionais, de trabalho e operacionais são diferentes. Hoje, mais do que nunca, é necessário repensar os modelos organizacionais e de liderança, que percorrem a cadeia de competências, funções e tarefas. Continua a ser central o papel do gerente intermediário, que deve ser a “cola” entre as estratégias de negócio e os profissionais que devem, portanto, ter sucesso no mercado.

Cabe à alta direção, à liderança, compreender todo o seu significado, redesenhar o modelo organizacional, sublinhando o papel e a responsabilidade primordial do líder neste novo contexto.

Quem sabe ser líder sabe transmitir positividade e a empresa só pode ser vencedora.

A importância da relação entre o líder e os liderados

Por Andrea Catania, vendas digitais IBM Itália. Tenho uma grande paixão por questões de Recursos Humanos. Artigo publicado originalmente em 2024 na HR ONLine da AIDP – ‘Associazione Italiana per la Direzione del Personale‘.

 

Ouça o episódio 149, “Líder, já colocou a empatia no seu currículo?“. Na busca por uma gestão mais humanizada e em um momento em que o perfil das lideranças vem passando por transformações, a empatia surge como uma habilidade-chave para os líderes. Mas o que significa, na prática, ser um profissional empático? Como desenvolver essa habilidade? A pandemia e os períodos de crise também evidenciam a importância das soft skills no ambiente organizacional. Como o RH pode contribuir para que esse conceito faça parte da cultura da empresa? Conversamos com Vivian Laube, Especialista em Liderança e Comportamento Organizacional, e Priscila Monaco, Diretora Senior de RH da Visa. Acompanhe!

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