Desenvolvimento de liderança feminina: fortalecendo a diversidade de pensamento na gestão estratégica. De acordo com a pesquisa Women in Business 2022, da Grant Thornton, a representatividade feminina em cargos de liderança no Brasil vem aumentando, mas ainda pode melhorar.
Apenas 38% dessas posições são ocupadas por mulheres e 6% das 250 empresas pesquisadas não possuem mulheres em nem um cargo de liderança. Esses números destacam a lacuna que as empresas brasileiras ainda precisam preencher para se tornarem verdadeiras protagonistas na promoção da equidade de gênero e na valorização do potencial das mulheres no ambiente corporativo.
A necessidade de diversidade, equidade e inclusão nas empresas vai além de um indicador ou meta; é essencial para a construção de ambientes de trabalho mais inovadores, competitivos e justos.
Promover a representatividade dos diversos grupos minoritários é fundamental para que as organizações tenham, plenamente e para representar a sociedade, as habilidades, experiências e perspectivas que os indivíduos podem oferecer.
O compromisso de uma empresa com a equidade, além da responsabilidade social e a construção de um mundo empresarial mais justo e inclusivo, resulta em seu próprio crescimento e sucesso a longo prazo.
O papel da área de Pessoas e Cultura
A área de Pessoas e Cultura, ou RH, desempenha um papel crucial nesse contexto, uma vez que tem uma função fundamental no fomento e construção de um ambiente inclusivo, além da atração de talentos diversos e políticas que estimulem o crescimento e desenvolvimento das pessoas. Com frequência, as lideranças tendem a manter o mesmo padrão de indivíduos, aquilo que chamamos de viés de afinidade.
No entanto, é imperativo que ocorra uma transformação. Para isso, a empresa deve, primeiramente, capacitar seus líderes e colaboradores sobre o tema e, por meio de políticas e programas, demonstrar sua abertura e compromisso com a inclusão dos grupos minoritários. Afinal, nenhuma mudança significativa ocorrerá se não for pelo exemplo e atitude das lideranças.
Além disso, urge que a alta administração das empresas adote uma transformação de mentalidade. É fundamental que a pauta seja percebida como estratégica e que se compreenda-se os impactos no negócio que ela pode ter, seja no curto, médio ou longo prazo.
Promover a inclusão ativa de grupos minoritários na tomada de decisões e estratégias empresariais não só enriquece a perspectiva, mas também leva a soluções mais abrangentes e eficazes.
Além disso, ao criar ambientes de trabalho que valorizam a diversidade, as organizações cultivam a criatividade, inovação e produtividade. Isso não apenas reflete um compromisso com a igualdade de oportunidades, mas também impulsiona o crescimento e sucesso a longo prazo da empresa e dos indivíduos.
Por Katiuscia Teixeira é Chief Human Resources Officer da Zenvia.
Ouça o RHPraVocê Cast, episódio 105, “Qual o caminho para naturalizar a maternidade no ambiente corporativo?” com Marina Franciulli, Head de sustentabilidade financeira e projetos de impacto da b2Mamy e Shirlei Lima, Gerente de Produto da DIMEP. Clique no app abaixo:
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