Saudades de um termo em inglês diferentão para falar de algo que já existe no mercado há anos? Pois pode relaxar, minha filha, porque tem gente nova chegando no rolê. O popstar da vez é o glorioso “grumpy staying”, um que eu tenho certeza que você vai se identificar. Mas antes de falar dele, deixe-me perguntar: você está tomando cuidado ao usar o seu teclado para trabalhar?
Venha entender todas essas maluquices e muito mais no GiroRH de hoje:
Adeus às fábricas
Os jovens asiáticos estão deixando seus trabalhos em fábricas e olhando cada vez mais para outros estilos de vida e profissões. A consequência? Se o movimento se intensificar, os consumidores de todo o mundo terão que se preparar para preços mais altos em diversos produtos.
Na China, o desemprego entre os jovens urbanos atingiu 21%, mas as fábricas continuam enfrentando escassez de mão de obra. No Vietnã, os salários nas manufatureiras mais do que dobraram desde 2011. Inclusive, uma fábrica no país passou até a fornecer aulas gratuitas de yoga, dança e até “open” de chá matcha aos funcionários (os escritórios descolados chegaram por lá também, risos).
Contagem regressiva para a semana de 4 dias
As empresas brasileiras interessadas em participar dos testes da semana de quatro dias de trabalho (sem mudança no salário) têm até o final de agosto para se inscrever.
A iniciativa faz parte de um teste global da redução da jornada de trabalho e será introduzida na América Latina através da organização 4 Day Week, em parceria com a Reconnect Happiness at Work.
A expectativa é a de envolver de 30 a 50 empresas no projeto-piloto, que está marcado para começar em dezembro e será acompanhado pelo Boston College.
Dos criadores do “quiet quitting”…
Sim, mais um termo para a nossa querida coleção. Será que você já esbarrou aí com o “grumpy staying” ou ainda é novidade? Em tradução literal, a expressão significa algo como “ficando, mas de mau humor” e está sendo utilizada para designar um novo movimento de profissionais americanos descontentes com as suas funções que, mesmo assim, seguem em seus empregos, ainda que contrariados.
Será que o movimento chega por aqui? Segundo um estudo da Robert Half, com 1.755 votos, 91% dos entrevistados já permaneceram em algum emprego mesmo se sentindo insatisfeitos. Veremos se a moda pega.
Já checou seu teclado hoje?
Você sabe quantas teclas pressiona por dia durante o expediente? Pois bem, a australiana Suzie Cheikho (capa) não e, por isso, foi demitida da empresa que trabalhava, a Insurance Australia Group (IAG).
A demissão ocorreu em fevereiro deste ano, sob justificativa de que a funcionária teria perdido muitos prazos e reuniões. A IAG a advertiu em novembro do ano passado e começou a monitorar sua atividade digital, contando a quantidade de teclas pressionadas por dia entre outubro e dezembro.
Segundo a análise da empresa, ela não trabalhou por nenhuma hora durante quatro dias e não cumpriu as horas combinadas por 44 dias, começou atrasada em 47 ocasiões e saiu mais cedo em 29 expedientes. Suzie recorreu da decisão para o Fair Work Commission, ou FWC (“Comissão de Trabalho Justo”, em tradução livre), que negou a apelação e considerou a demissão justa.
Mudanças nos benefícios
Com o crescente desafio de atração e retenção de profissionais qualificados, 40% das empresas realizaram mudanças em seus pacotes de incentivos ao longo do último ano. Essa constatação faz parte da mais recente pesquisa de benefícios da Robert Half. O estudo destaca que tanto companhias quanto profissionais têm de certa forma convergido em suas expectativas, conferindo uma nota média de sete pontos para a avaliação da cesta de auxílios oferecidos.
Para Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half para a América do Sul, as empresas já percebem que a oferta de benefícios atrativos não apenas impulsiona o engajamento dos colaboradores como também fortalece a marca empregadora, tornando-se um diferencial estratégico na disputa pelos melhores talentos do mercado.
“Essa abordagem ressalta a importância de adaptar os benefícios às realidades do mercado e às necessidades dos colaboradores, buscando promover um ambiente mais satisfatório e produtivo para todas as partes envolvidas”, avalia.
Nova temporada de WeCrashed?
A história do polêmico fundador da WeWork, Adam Neumann, é contada ao longo de oito episódios da série “WeCrashed” (Apple TV+). Agora, nesta semana, a empresa voltou aos holofotes ao dizer que “há uma dúvida substancial sobre sua capacidade de continuar operando”.
A afirmação veio na apresentação dos resultados do segundo trimestre da empresa, que fez os papéis recuarem 20% no pós-mercado. Segundo a companhia de coworking, a preocupação surge da sequência de prejuízos e da necessidade de caixa projetada, além da alta taxa de cancelamento dos serviços pelos clientes. A WeWork disse que tem um plano que combina a reestruturação de dívidas, o controle de despesas e medidas para aumentar receitas e diminuir a taxa de cancelamento.
O retorno do Zoom
Ele foi tão usado durante a pandemia que chegou a batizar até o nome de um termo, o “zoom fatigue” – justamente para tentar explicar a fadiga, cansaço ou esgotamento associado ao uso excessivo das videoconferências.
A empresa Zoom, que foi a “cara” do home office, passou a orientar o retorno de seus funcionários ao escritório. Segundo comunicado da empresa, a ida, ao menos duas vezes ao presencial, vale para aqueles que moram em um raio de 80km de algum escritório da companhia.
Pessoas certas nos lugares certos
Para ser uma marca referência em bem-estar, diversidade, inclusão e outros tópicos tão importantes dentro do atual mercado, é preciso ter pessoas alinhadas a cada um desses valores. E, mais do que isso, é preciso ter pessoas capazes de não só se reinventar, como também reinventar quem está ao seu redor. Hoje um expoente de diversidade – estando, inclusive, com um programa de trainee com 50% das vagas destinadas a pessoas pretas -, a L’Oréal se transformou nos últimos anos e fortaleceu ainda mais uma marca já poderosa e reconhecida.
Parte dessa transformação se deve a profissionais como Anne Jacobson, Talent Acquisition & Management Director da L’Oréal. Há mais de 10 anos na companhia, Anne conta no episódio dessa semana do RH Pra Você Cast um pouco de sua trajetória inspiradora e de sucesso, seus valores e como a L’Oréal vem se tornando cada vez mais competitiva. Confira!
Saúde da mulher
A importância do cuidado com a saúde mental vem sendo, cada vez mais, evidenciado na sociedade. Uma pesquisa realizada pela healthtech 3778, que monitorou a saúde de colaboradoras de empresas parceiras, apontou que 30% das mulheres possuem diagnóstico e/ou fazem tratamento para depressão e ansiedade. O estudo foi realizado por meio de um questionário auto preenchido por cerca de 16 mil mulheres e 7 mil homens, com idades entre 18 e 74 anos. A 3778 é especializada em saúde corporativa e análise de dados com auxílio de inteligência artificial.
Os dados apresentam números alarmantes sobre a saúde mental feminina. Ao menos 17% das entrevistadas apresentam sintomas de ansiedade, enquanto 13% foram diagnosticadas com depressão. “O número é considerado alto, mas indica que elas estão em busca de ajuda e apoio emocional. Elas tendem a procurar os serviços de saúde com mais frequência do que os homens. Esse passo é o mais importante na direção do bem-estar e da qualidade de vida, prevenindo desdobramentos mais graves”, afirma Gregório Rodrigues, médico de família especialista em ciência de dados em saúde da 3778.
Vão liberar?
Nesta quinta-feira (9/8), a comissão mista do Congresso Nacional, responsável por analisar a medida provisória que prorroga o prazo para regulamentação dos programas de alimentação do trabalhador, aprovou a MP com emendas. O texto prevê maior flexibilidade no uso dos benefícios de vale-refeição e vale-alimentação.
Nesse sentido, a ideia é que o colaborador possa usar o vale-refeição de forma integrada e em estabelecimentos que não sejam credenciados à bandeira dele. A proposta segue agora para o plenário da Câmara dos Deputados. O texto também prorroga para maio de 2024 o prazo de regulamentação, pelo governo federal, desses benefícios.
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Por Redação
