Chegando hoje à sua 25ª edição – assim como o gigantesco Top of Mind de RH -, o GiroRH é um projeto que entrou no ar há pouco mais de cinco meses. Parece pouco tempo, certo? Mas não quando comparamos com o tempo de duração dos profissionais da Geração Z nas empresas. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Previdência, a retenção dos jovens de 18 a 24 anos se tornou um árduo desafio às organizações. E sabe quem também dura menos tempo do que o Giro? Os novos contratados na Amazon, o que vem causando um prejuízo de respeito à companhia.

Sejam bem-vindos e bem-vindas a mais um GiroRH. Preparem os quitutes, se ajeitem na poltrona e vamos lá:

Câmera no sutiã

Adelar Eloi Lutz - Reprodução Instagram

O Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia abriu investigação contra um empresário do setor agropecuário por conta de um suposto caso de assédio eleitoral em uma empresa no oeste do estado. Em áudios compartilhados em aplicativos de mensagem e atribuídos ao gaúcho Adelar Eloi Lutz (foto acima), dono de proprietários rurais em Formosa do Rio Preto (756 km de Salvador), é pedido que as mulheres empregadas filmem os votos no candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, para que não sejam demitidas.

Uma vez que a prática de filmar ou fotografar o voto é proibida, nos áudios é dito para que elas “se virem” e entrem “com o celular no sutiã”. À Folha de S. Paulo, a defesa do empresário alegou que as informações presentes no inquérito “não procedem”. Em suas redes sociais, o produtor rural pediu desculpas pelo ocorrido e manifestou que os áudios não passavam de brincadeira com amigos.

Capacitação inclusiva

Capacitação inclusiva

A Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) e o Instituto LHON Reconvexo estão com inscrições abertas, em parceria, para um programa de capacitação para pessoas com deficiência visual (cegueira ou baixa visão). São 10 cursos de curta duração em competências comportamentais que atenderá até 30 pessoas cegas ou com baixa visão, nesta primeira edição.

Para se inscrever nos cursos 100% online, que tem duração de quatro semanas, basta o interessado, de qualquer lugar do Brasil, acessar este link. Cada um dos cursos trará informações e atividades sobre competências valorizadas pelo mercado de trabalho e dará certificado para os participantes.

Os cursos são de: capacidade analítica; comunicação; empreendedorismo; equipes e gestão de pessoas; ética; inteligência emocional; liderança; negociação; pensamento crítico; e persuasão.

Cheguei, mas não para ficar

Se o propósito e a qualidade de vida não estiverem presentes na rotina de trabalho, não há o que convença os jovens da Geração Z a dar tempo ao tempo às organizações. É o que mostram dados de 2020 coletados do Ministério do Trabalho e Previdência.

Os números registram que a maioria dos profissionais entre 18 e 24 anos (pouco menos de 25%) não hesita em “pular” de emprego e permanece por menos de três meses no trabalho se não estiver satisfeita com o panorama encontrado. 24,1%, por sua vez, se estabelecem por um período entre um ano a quase dois anos no mesmo lugar. O movimento, nomeado job hopping (algo como ‘pular do emprego’) é uma tendência comum entre as gerações mais atuais.

Inverno das startups

Há apenas um mês, a Hotmart, empresa unicórnio voltada à educação de profissionais da economia criativa, realizava o maior festival de sua história. Seu já tradicional Fire Festival bateu recorde de público e contou com a presença de mais de 6 mil pessoas. Todavia, o sucesso do evento não vem sendo compartilhado pela operação, o que motivou a startup a cortar cerca de 12% da sua força de trabalho – 227 funcionários foram demitidos.

A demissão em massa não é exclusividade da empresa. Só em 2022, diversos outros unicórnios, como Loggi, QuintoAndar e Kavak também promoveram cortes significativos. O fenômeno, que ganhou o nome de inverno das startups, remete a um período de crise nas organizações após rápido crescimento motivado pela aceleração da digitalização de processos empresariais durante a pandemia da Covid-19.

Licença sem volta

Licença sem volta

A probabilidade de emprego das mães no mercado de trabalho formal aumenta gradualmente até o momento da licença, e decai depois. É o que diz a pesquisa “The Labor Market Consequences of Maternity Leave Policies: Evidence from Brazil”, divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O estudo aponta que cerca de 50% das mulheres perdem o emprego após a licença-maternidade, e que a maior parte das saídas do mercado de trabalho se dá sem justa causa e por iniciativa do empregador. 

“Essa pesquisa busca entender os efeitos da tirada da licença-maternidade para as mulheres que se encontram no mercado de trabalho. Em 12 meses após a licença-maternidade, metade dessas mulheres não está mais no mercado de trabalho. A única diferenciação que a gente encontrou no estudo é quando a gente olha para mulheres que têm um nível educacional mais alto. Acaba que a política de licença-maternidade funciona melhor para essas mulheres”, explica Cecilia Machado, professora da FGV EPGE, que desenvolveu a pesquisa junto com Valdemar Pinho Neto, mestre em Economia pela mesma instituição.

Nova meta na Meta

Com ferramentas cada vez mais avançadas para medir a produtividade dos colaboradores, algumas das grandes companhias do mundo não dão mais brecha para resultados abaixo do esperado. Depois da Snap cortar, em agosto, 20% da sua força de trabalho após a realização de análises de desempenho, quem também deve pegar firme na checagem é a Meta.

A ideia inicial da companhia, que planeja avaliar com mais detalhes a atuação de 15% da sua força de trabalho, não é a de demitir, mas de suspender profissionais com pontuações inferiores ao desejado. Embora as empresas do Vale do Silício sejam algumas das grandes referências em tecnologia, crises chegam para todos. Cortes de colaboradores e de práticas (como viagens de negócios) se tornaram habituais, assim como congelamentos de novas contratações.

Oscar do RH

Oscar do RH

Na última quarta-feira (19), São Paulo sediou a festa da histórica 25ª edição do Top of Mind de RH. O espaço de eventos Tokio Marine Hall foi o espaço escolhido para reunir indicados e convidados na cerimônia de divulgação dos grandes vencedores do maior prêmio de Recursos Humanos do Brasil.

Com direito a muito networking e a um super show do “Michael Jackson brasileiro”, Rodrigo Teaser, a celebração foi movida por muita festa, descontração e emoção. A lista dos ganhadores pode ser conferida no blog do Top of Mind de RH.

Reduzir custos é prioridade

Uma nova pesquisa encomendada pelo IWG, empresa de espaços de trabalho flexíveis como coworkings e escritórios, constatou que 91% dos diretores financeiros acreditam que, de acordo com o cenário econômico, é iminente uma recessão. Segundo 36% dos participantes, essa desaceleração ocorrerá ainda em 2022. Como resultado, quase todos os executivos (97%) começaram a readequar os custos, buscando reduzir as despesas. 

O estudo realizado com 250 CFOs indica o gasto com facilities como um dos principais alvos para as empresas, com dois terços (65%) dos executivos financeiros visando uma redução de mais de 10% ao ano. Metade das empresas pesquisadas diz já ter optado por contratos de curto prazo ou espaços de trabalho compartilhados para restringir ainda mais os custos. O trabalho híbrido é visto por 82% desses diretores como um modelo de negócios mais barato.

Segurança para denunciar

As denúncias feitas por funcionários nas empresas brasileiras aumentaram em 2021, em relação a 2020. As notificações que sinalizam assédio moral, sexual, agressão e discriminação são mais de quatro vezes maiores, em número de relatos, do que o indicador sobre fraudes financeiras, segundo uma pesquisa realizada pela Aliant, plataforma de soluções digitais da consultoria de gestão de riscos e compliance ICTS Protiviti.

O canal de denúncias, responsável por receber e dar o acolhimento para os colaboradores, em muitos casos, ainda gera desconfiança. Como tornar essa ferramenta confiável e segura? No episódio da semana do RH Pra Você Cast, o CEO do Grupo TopRH, Daniel Consani, e a editora do RH Pra Você, Gabriela Ferigato, conversaram com Fernando Fleider, CEO da ICTS, que detém as empresas Protiviti e Aliant, sobre o assunto. Confira no player acima ou pela plataforma de streaming de sua preferência.

Turnover bilionário

A alta rotatividade presente na Amazon não é exatamente uma surpresa, já que a companhia, volta e meia, é alvo de polêmicas envolvendo as condições de trabalho de seus colaboradores. Entretanto, o prejuízo causado pelo alto índice de turnover chama atenção.

Relatórios internos apontam que a companhia perde, anualmente, US$ 8 bilhões em decorrência da rotatividade de funcionários. Os dados mostram, também, que somente pouco mais de 30% dos novos contratados se mantém na empresa por mais de 30 dias. Outro dado curioso é que a chance do empregado pedir demissão é duas vezes maior do que a dele ser desligado pela organização.

GiroRH

O #sextou está diferente. Toda sexta-feira você acompanha aqui no GiroRH as tendências, novidades, curiosidades, boas práticas, movimentações do mercado, polêmicas e tudo o que ronda o universo de RH. 

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Por Redação