Ao longo dos anos, a busca por condições de trabalho mais saudáveis e equilibradas tem se tornado uma pauta cada vez mais relevante. A pandemia da COVID-19, que assolou o mundo, evidenciou ainda mais a necessidade de repensarmos as jornadas de trabalho e seus impactos na saúde física e mental dos colaboradores.

Percebe-se que ao promover condições mais saudáveis e favoráveis aos trabalhadores, é possível melhorar a qualidade de vida, aumentar a produtividade e fomentar um ambiente laboral mais satisfatório.

Nesse contexto, surgiram iniciativas inovadoras que visam proporcionar um ambiente laboral mais favorável, promovendo o bem-estar dos funcionários sem deixar de lado os interesses e necessidades das empresas.

Um exemplo é o programa 4-Days-Week, que estudou sobre os benefícios da jornada de trabalho de apenas quatro dias na semana. O estudo foi organizado pela Universidade de Boston, em conjunto com a Universidade de Cambridge e a Organização Autonomy.

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A ideia surgiu a partir da concepção de que, durante e após o cenário pandêmico, os ambientes de trabalho têm sido os grandes responsáveis pelos quadros de burnout ou outros problemas de saúde física e mental dos trabalhadores.

Diante disso, o programa surge com o intuito de se pesquisar uma forma alternativa de jornada, que possua caráter menos desgastante ao funcionário e, paralelamente, apresenta benefícios financeiros e de rendimento ao empregador.

O piloto do programa denominado 4-Days Week contou com empresas do Reino Unido que se candidataram para testar, durante seis meses, a jornada semanal de quatro dias, sem alteração salarial ou mudança na jornada diária.

Durante os meses do programa, as empresas participantes forneceram relatórios mensais contendo informações sobre sua receita, taxa de absenteísmo, demissões e admissões, além de outras duas métricas à escolha da empresa.

O estudo demonstrou que a aplicação da jornada semanal de quatro dias obteve reflexos positivos nas métricas aplicadas, apresentando ganhos tanto para o colaborador, quanto para a empresa.

Os resultados foram surpreendentes. A pesquisa foi feita com 2.900 funcionários e, dentre os participantes, houve a redução de 57% da taxa de pedidos de demissões, além da redução de 65% da taxa de afastamentos.

Além disso, a pesquisa concluiu que os empregados estavam menos estressados em comparação com o período de início do teste e, o melhor: não houve queda na receita das empresas, as quais, inclusive, apresentaram um aumento de 1,4% no semestre de teste.

O programa ainda está em andamento, com o intuito de garantir maiores e melhores amostras para apresentações de resultados mais acurados.

Nessa nova fase de testes, o programa se expande ao Brasil para que as empresas interessadas possam fazer sua inscrição.

Embora ainda não se tenha resultados acerca da implementação da jornada de quatro dias no Brasil, fato é que tal prática vem ganhando força nos países da Europa, com resultados surpreendentes e que certamente apontam que essa inovadora modalidade de jornada veio para ficar.

Assédio no ambiente de trabalho e suas consequências

Como a jornada de quatro dias pode influenciar sua empresaPor Victor Matheus Campana, advogado Júnior e Vinicius Moraes de Oliveira Rissatto, estagiário, ambos da área trabalhista do escritório Finocchio & Ustra Advogados.

 

Ouça o episódio 154, “Quais os sentimentos de quem voltou ao trabalho presencial?“. Quais os sentimentos de quem voltou ao trabalho presencial? Para buscar algumas respostas, o RH Pra Você e o Infojobs ouviram mais de mil profissionais que nos ajudaram a traçar um panorama dessa retomada. Para se ter uma ideia, a maior parte deles (58,3%) diz que se sente menos produtiva ao final de um dia de trabalho presencial. Além disso, 64,4% dos entrevistados dizem sentir que a qualidade de vida piorou ao voltar para o modelo presencial. Neste episódio, conversamos com Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, sobre as principais descobertas da pesquisa, a preparação da liderança, papel do RH e muito mais. Acompanhe!

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Capa: Depositphotos