Vida perfeita não existe: como a inovação emocional ensina a encontrar bons atalhos para ser feliz, mesmo nas adversidades.
Inovação emocional é a possibilidade de olhar para dentro de si, em uma jornada de autoconhecimento, para mudar comportamentos e fazer algo que você nunca fez antes. É um caminho que permite mudar o que está no nosso compulsivo e automático e que nos impede de sermos mais realizados e felizes, tornando-nos quem realmente gostaríamos de ser e alcançando o que realmente desejamos.
Em resumo, isso significa: mudar o jeito de olhar as situações, encarar a possibilidade de transformar o negativo em positivo, vivendo a vida com mais fluidez, tranquilidade, maior abertura para novas experiências e possibilidades, enfrentando os momentos de crise de uma maneira leve e saudável.
Ao transmutar pensamentos negativos, sentimentos de inferioridade, fracasso e toda a baixa frequência energética de “não ser bom o suficiente”, por uma atmosfera positiva, que permite considerar que todas as iniciativas tomadas até então foram as melhores possíveis, abre-se uma grande cortina que nos permite enxergar o caminho da tão desejada felicidade.
A vida perfeita não existe
Fato é que a felicidade não é um estado de espírito que nasce pronto ou que simplesmente acontece, até porque, sabemos que a vida perfeita não existe. As adversidades sempre estarão presentes neste caminho e nos causarão desconfortos, não há como fugir. Entretanto, quando passamos a dizer sim para elas, aceitá-las, compreendendo que as dificuldades fazem parte da vida, percebemos o quão valiosas essas provações podem ser.
Como já diziam os mais velhos, “o que não nos mata, nos fortalece”, e não há máxima que possa expressar melhor tais situações; elas podem nos ajudar a ficar mais fortes, mais disponíveis e mais prontos para a vida.
Quando ainda criança, temos a ilusão de que se fôssemos perfeitos, não levaríamos tantas broncas, ou ficaríamos tantas vezes de castigo, ou ainda, não seríamos olhados com advertências, críticas, cobranças, exigências. Ser perfeito, na ótica infantil, é a possibilidade certa de amor incondicional e constante.
Como isso não acontece, trazemos essa ilusão da infância para a fase adulta e queremos demais uma vida perfeita, sem mudanças, de um modo que fique fácil, que não tenhamos trabalho nem esforço, e que tudo corra absolutamente de forma simples.
Infelizmente (ou felizmente) esse mundo criado fica apenas no imaginário mesmo. A vida é impermanente, não nos dá garantia nenhuma e dizem alguns que é extremamente perigosa. Pensar na perfeição é sempre imaturidade emocional.
Se pudermos encarar nossa imperfeição como seres humanos, a instabilidade da vida, a inconstância da nossa história, passamos a olhar para tudo com muito mais amplitude. Um olhar maior para o crescimento, a maturidade e a leveza. A trajetória pode ser muito mais ampla do que a estreita visão do perfeccionismo.
Como enxergar essa felicidade quando nada mais parece fazer sentido?
Quando se chega nesse lugar é preciso respirar fundo e se agarrar às novas possibilidades. Para começar, é preciso viver um dia de cada vez. Aprendemos por cópia e repetição, então, quando a vida parece não ter mais sentido, é importante que busquemos esse sentido em uma pessoa, um acontecimento, nem que seja em uma saudade.
Quando a vida está muito ruim, quando as pessoas estão no fundo do poço, em um nível de depressão muito grande, não é possível pensar em felicidade, nem em enxergá-la: é possível pensar apenas em sobrevivência, em como vamos sobreviver um dia após o outro, afinal, assim como vivemos momentos de máxima alegria, essa dificuldade também vai passar.
Quando nada mais faz sentido, vir com a proposta da felicidade, sem dúvida nenhuma, é tão infantil quanto acreditar na perfeição.
No entanto, muitas vezes é preciso ajuda, pois sozinhas essas pessoas não conseguem chegar a esse nível de consciência. Estando no meio deste caminho, entristecidas e magoadas, é preciso encontrar o motivo que desencadeou tais sentimentos. Essas respostas facilitarão o pedido de ajuda para então pararem e recomeçarem a caminhada.
Vamos precisar, novamente, dizer sim para a dor, sim para a raiva, sim para a desilusão. A partir do momento em que aceitamos as nossas dores e reconhecemos a sua origem, estaremos prontos para dar o primeiro passo e sair dessa posição letárgica de inferioridade e absoluta descrença na vida.
Quando não acreditamos na vida e não encontramos propósito, a sensação é de que não há motivo para se estar vivo. Então, é preciso primeiramente acolher essa dor para depois olharmos a sua origem e escolhermos para onde iremos.
Daí em diante podemos começar a falar de felicidade, um estado que depende de movimento, busca, trabalho e ação.
Por Heloísa Capelas, reconhecida como uma das mais brilhantes especialistas em Autoconhecimento e Inteligência Emocional do país. Autora best-seller, palestrante e empresária, é mentora de líderes e ministra treinamentos para profissionais que buscam evolução na vida e carreira. É criadora do Universo do Autoconhecimento, plataforma de cursos on-line e considerada uma das maiores autoridades aplicação do Processo Hoffman, no mundo. CEO do Centro Hoffman, sua mais recente obra é “Inovação Emocional”, seguida de “Perdão, a Revolução que falta” e “O Mapa da Felicidade”.
Ouça o Podcast RHPraVocê, episódio 75, “Vida Pessoal e Profissional: há limites?” com Tiago Petreca, diretor fundador e curador chefe da Kuratore – consultoria de educação corporativa, Country Manager da getAbstract Brasil e autor do Livro “Do Mindset ao Mindflow”, sobre as principais descobertas da pesquisa. Clique no app abaixo:
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