A tecnologia trouxe consigo promessas de eficiência, automação e otimização, mas também levanta questões cruciais para as lideranças do setor.

O avanço tecnológico tem sido uma constante revolução em todos os setores da sociedade, e o departamento de Recursos Humanos não é exceção. A tecnologia chegou para o RH moderno, trazendo consigo promessas de eficiência, automação e otimização.

No entanto, para as lideranças deste setor, a questão crucial é: como garantir que essa introdução seja conduzida com equilíbrio?

Como podemos valorizar o capital humano por meio da digitalização, levando em consideração aspectos culturais e estratégicos?

Inteligencia artificial

Complementaridade, não substituição

A digitalização no RH não visa substituir o toque humano, mas sim potencializá-lo. A tecnologia, quando empregada de maneira estratégica, pode eliminar tarefas repetitivas e burocráticas, liberando os profissionais para se dedicarem
a funções mais estratégicas e intrinsecamente humanas, como desenvolvimento de lideranças, gestão de mudanças e fomento de uma cultura organizacional robusta.

A cultura organizacional é o coração de qualquer empresa. Assim, qualquer implementação tecnológica em um RH moderno deve ser meticulosamente planejada para não ofuscar essa cultura. É imperativo que os líderes do setor assegurem que a digitalização reflita e reforce os valores e missões da organização. Isso implica em uma avaliação criteriosa da cultura vigente e na escolha de ferramentas tecnológicas que aprimorem e solidifiquem esses valores.

Pesquisa Infojobs

Por exemplo, ao adotar um sistema digital de gerenciamento de desempenho, a ênfase não deve recair apenas sobre a mudança de procedimentos, mas sim em como essa ferramenta pode reforçar uma cultura de feedback contínuo e crescimento pessoal. Da mesma forma, a análise de dados do RH deve visar compreender tendências culturais e identificar áreas de melhoria, e não apenas produzir estatísticas descontextualizadas.

Digitalização com propósito

A incursão digital no RH deve ser ancorada em uma estratégia bem definida. Mais do que simplesmente aderir às novidades tecnológicas, é crucial estabelecer objetivos tangíveis e metas alcançáveis. Os líderes de RH devem estabelecer parcerias com outros setores da empresa para discernir onde a tecnologia pode ser mais benéfica.

Essa abordagem estratégica também exige que a equipe esteja capacitada para manusear e interpretar ferramentas e dados digitais. Investir em formação e atualização constante é vital para que a transição digital seja bem-sucedida.

Aprimorando dados

Em resumo, o RH contemporâneo é, cada vez mais, sobre harmonizar o digital e o humano. A tecnologia, quando utilizada de forma perspicaz, pode ser uma parceira valiosa na busca por excelência. Cabe aos líderes do setor garantirem que essa transição ocorra respeitando a cultura organizacional e com uma visão estratégica bem delineada.

Quando humano e digital convergem em harmonia, não apenas o setor de Recursos Humanos, como outros ramos das empresas, pode alcançar patamares de eficiência e satisfação dos colaboradores anteriormente inalcançáveis.

Assim, a tecnologia é menos uma ameaça e mais uma oportunidade de potencializar o capital humano e alavancar o sucesso organizacional.

O digital e o humano em sinergia no RH moderno

Por Pedro Augusto Bueno, Diretor Executivo de Gente e Gestão na Comm. O executivo possui mais de 15 anos de experiência no setor de Recursos Humanos, com forte liderança em processos de transformação cultural, reestruturação, aquisição, IPO e startup. 

 

 

Ouça o episódio 158 do RH Pra Você Cast, “IA: a preocupação deve mesmo existir?“. Em março de 2023, veio a público a informação que cerca de 2.600 líderes e pesquisadores do setor de tecnologia assinaram uma carta aberta solicitando uma pausa temporária no desenvolvimento das inteligências artificiais. Sob o argumento de que elas podem ser um “risco para a sociedade e a humanidade”, até mesmo Elon Musk, um dos maiores entusiastas quando o assunto é tecnologia, assinou o documento.

Por sua vez, Jhonata Emerick, CEO da Datarisk, não faria parte do movimento que busca frear as IAs. Para o doutor em Inteligência Artificial, a evolução das IAs é tão natural quanto o crescimento que ela pode ajudar a impulsionar. Mas será que, mesmo com o olhar otimista, as preocupações em torno das IAs (como a perda de empregos ao redor do mundo) são legítimas? O que elas podem fazer por nós que ainda não compreendemos tão bem?

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Capa: Depositphotos