São as pessoas, e não as máquinas ou sistemas, que constroem uma empresa vencedora. O maior valor de uma empresa é esse — quem ali trabalha.

Não se pode mais pensar em uma empresa apenas como um ambiente profissional — seja em casa ou em um espaço designado, é no trabalho onde as pessoas passam a maior parte do dia.

Para terem uma boa performance, os colaboradores precisam se sentir bem. A felicidade da equipe afeta diretamente os resultados de um negócio. Ou seja, torna-se responsabilidade da gestão desenvolvê-la.

Felicidade no home office

Não podemos esquecer que o ser humano que trabalha das 8h às 18h é o mesmo que lida com problemas de saúde e emocionais. Quando compartilham o mesmo espaço físico, especialmente em casa, a vida pessoal e a profissional se tornam ainda mais indivisíveis.

O home office foi adotado por 46% das empresas brasileiras durante a pandemia, segundo um estudo elaborado pela Fundação Instituto de Administração (FIA) em 2020. Mas essa modalidade veio para ficar – pelo menos é o que grandes empresas como Uber, Netflix, NuBank, WhatsApp, Microsoft, Amazon e outras demonstram.


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A nossa empresa, inclusive, nasceu em meio à pandemia e tem como um dos seus princípios a perspectiva de work from anywhere. Quando algumas pessoas me perguntam “No pós-pandemia, onde será a sede da companhia?”, minha resposta é de que estaremos onde o cliente precisar. Nossa equipe está espalhada por mais de 25 cidades do Brasil e até no exterior.

Para pensar em uma estrutura de trabalho eficiente nesse regime, é preciso entender que a boa performance do colaborador também depende da qualidade de vida dele.

Isto é, a responsabilidade da empresa vai muito além da remuneração — ela também deve pensar na felicidade da equipe, no salário emocional.

Salário emocional

Em essência, o conceito trata de um conjunto de ações emocionais e motivacionais para promover o bem estar dentro e fora da empresa. Essa é uma tendência cada vez maior — principalmente, porque ela funciona.

Estudos comprovam que implementar atividades de desenvolvimento de happiness skills reduz taxas de absenteísmo (37%), acidentes de trabalho (48%) e ausências por doenças (66%), além da probabilidade de deixar a empresa (59%) e de desenvolver a Síndrome de Burnout (400%).

Por outro lado, elas impulsionam a produtividade (21%), vendas (37%), adaptabilidade à mudança (45%) e a inovação (300%) dentro de um negócio.

Ações de happiness e well-being na prática

Na empresa em que lidero, acreditamos que a sua cultura está nas pessoas, nas crenças, nos hábitos, nos rituais, nos artefatos e nos comportamentos que moldam a forma como cada um se relaciona no ambiente de trabalho.

Entre diversos outros fatores, a tecnologia de alguma forma faz parte desse contexto. Mas cada vez mais comprovamos que são as pessoas que fazem a diferença na criação e no fortalecimento da cultura. Com efeito, “fun & well-being” é um dos pilares consolidados no nosso manifesto.

Como mencionei acima, a empresa foi criada em plena pandemia, em 2020, cada um trabalhando de forma remota e utilizando ao máximo os recursos tecnológicos que dispomos. Work from anywhere nos possibilita estar em casa com quem nós mais amamos, mas, paralelamente, não permitimos que o trabalho prejudique a vida pessoal.

Como não compartilhamos espaços físicos, sentimos falta das quebras de rotina, como pausas para o café, a interação entre equipes e outras atividades de descontração essenciais para o bem-estar de todos no trabalho. Foi pensando nisso que lançamos, no aniversário da empresa em 2021, o projeto “Happiness Time”.

A ideia é promover uma série de ações com o objetivo de desenvolver e conversar sobre felicidade. Por exemplo, coffee breaks por chamadas de vídeo, bate-papos com profissionais da psicologia positiva, neurociência e empoderamento, entre outras.

Já se tornou parte da cultura medir esforços para termos práticas que nos garantam a qualidade de vida de todos que estão conosco. Assim, contamos com as ferramentas necessárias para sermos as melhores versões de nós mesmos, tanto no trabalho quanto na vida pessoal.

É sobre parar por uma hora para focar na conexão entre pessoas e a diversão, desenvolvendo um olhar diferente — uma ótica na qual o trabalho também precisa ser divertido.

Nós percebemos o impacto dessas ações na prática, principalmente com relação à retenção e à produtividade dos colaboradores.

Por experiência, confirmo o que a ciência já diz: o potencial máximo só é possível de ser atingido por um negócio quando considerando e promovendo a felicidade de seus trabalhadores. E, sempre, rumo à melhor versão.

Felicidade também é responsabilidade de uma empresa

Por Fábio Junges, CEO da SOU.Cloud, empreendedor na área da tecnologia, doutor em Administração de Empresas pela Unisinos e especialista em gestão e planejamento estratégico, finanças empresariais, liderança, M&A e gestão corporativa.

 

 

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