Ética, integridade e caráter são habilidades humanas altamente valorizadas. O aumento da Inteligência Artificial (IA) no mercado de trabalho já é uma realidade, apesar disso, as “humans skills” ainda são valorizadas e procuradas no ambiente corporativo.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou que Inteligência artificial deve afetar quase 40% dos empregos em todo mundo. Em contrapartida, a busca por habilidades humanas está cada vez mais presente dentro de organizações que se mostram preocupadas em relação à comunicação interpessoal, ética e criatividade.

Muitos profissionais podem ler sobre a pesquisa feita pelo FMI e sentirem medo de perderem seus empregos, achando que serão substituídos rapidamente pela IA. Mas é importante lembrar que nós temos a sensibilidade, o feeling, até mesmo uma sagacidade maior para lidar com os imprevistos do dia a dia, que sempre surgem.

A prova da valorização das habilidades humanas foi divulgada pela Fast Company Brasil que realizou uma pesquisa com 700 líderes corporativos. O objetivo central do estudo era entender quais habilidades os funcionários precisarão ter à medida que a Inteligência Artificial se enraizar no mercado de trabalho.

Inteligencia artificial

Entre as virtudes que mais serão valorizadas nos ambientes profissionais, que tiverem a IA, serão a ética, a integridade e o caráter. A integridade, que foi citada por 78% dos participantes da pesquisa, veio seguida de outros traços relacionados ao caráter, incluindo visão estratégica, capacidade de inspirar outras pessoas e motivação. 

A integridade e o caráter de colaboradores já são pautas extremamente debatidas dentro de qualquer organização. A prova disso, é o fato de que profissionais não são mais avaliados somente pelas suas competências técnicas, mas também pelo seu comportamento e sua inteligência emocional, por exemplo. A ética, a integridade, o caráter e a percepção são características humanas e fatores que dificilmente uma IA conseguirá substituir.

Profissionais íntegros e que que sejam confiáveis, ajudam na consolidação da reputação de diversas instituições. Isso acontece por possuírem o papel de representar a imagem da empresa de uma forma positiva, já que carregam com eles, a missão, a visão e os valores definidos pelas empresas. A integridade e a ética profissional também contribuem para a construção de relações duradouras com colegas de trabalho, ou até mesmo clientes e fornecedores. 

Aprimorando dados

Entre outras características humanas que recrutadores e organizações valorizam atualmente, está a capacidade de se comunicar e de se relacionar. Saber se relacionar, criar uma conexão entre colaboradores será o diferencial e a competitividade com a Inteligência Artificial.

A pesquisa realizada pela Fast Company Brasil também concluiu que 72% dos usuários frequentes de IA acreditam que a comunicação oral se tornará cada vez mais importante. Já 50% acreditam que a comunicação escrita terá menos valor, conforme a IA for se aprimorando.  A comunicação, que proporciona uma afinidade maior ente profissionais de equipes, também pode facilitar discussões sobre solução de problemas, definição de estratégias ou planos de metas e também fazer apresentações mais interativas.

Além de ajudar a criar laços, deixar uma porta aberta para que seus colaboradores se sintam à vontade de ter uma conversa honesta sobre como está se sentindo em relação ao trabalho, é uma ação simples que irá fazer com que eles se sintam apoiados, escutados e validados. Sendo mais um diferencial em relação a IA.

A Inteligência Artificial é benéfica em vários pontos, mas o conhecimento da rotina, da cultura, das missões, visões e valores da marca ainda é o que difere profissionais humanos e sistemas de inteligência. 

Valores humanos em alta: Ética e  integridade

Por Rodrigo Lang, especialista em habilidades humanas, Co-fundador da Human AS, um grupo educacional especializado em habilidades humanas, felicidade e bem-estar, com foco corporativo. Com uma trajetória profissional de 10 anos na área de consultoria, Rodrigo desempenhou um papel importante em projetos realizados em empresas nacionais e multinacionais de diversos setores. Como palestrante, ele compartilha sua expertise em temas como Negociação, Comunicação e Vendas, levando seus conhecimentos não apenas para o ambiente corporativo, mas também para instituições de ensino superior. 

Ouça o episódio 158 do RH Pra Você Cast, “IA: a preocupação deve mesmo existir?“. Em março de 2023, veio a público a informação que cerca de 2.600 líderes e pesquisadores do setor de tecnologia assinaram uma carta aberta solicitando uma pausa temporária no desenvolvimento das inteligências artificiais. Sob o argumento de que elas podem ser um “risco para a sociedade e a humanidade”, até mesmo Elon Musk, um dos maiores entusiastas quando o assunto é tecnologia, assinou o documento.

Por sua vez, Jhonata Emerick, CEO da Datarisk, não faria parte do movimento que busca frear as IAs. Para o doutor em Inteligência Artificial, a evolução das IAs é tão natural quanto o crescimento que ela pode ajudar a impulsionar. Mas será que, mesmo com o olhar otimista, as preocupações em torno das IAs (como a perda de empregos ao redor do mundo) são legítimas? O que elas podem fazer por nós que ainda não compreendemos tão bem?

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Capa: Depositphotos