Qual a importância das boas práticas nas redes sociais para a imagem profissional e pessoal? As redes sociais chegaram para mudar definitivamente a forma como as pessoas e as organizações se relacionam e como projetam sua imagem para o mundo.

Antes, apenas um número seleto de familiares, amigos e colegas de trabalho sabiam a respeito de nossas atividades cotidianas e opiniões pessoais, seja por meio de conversas presenciais, telefonemas ou até mesmo pela troca de mensagens privadas. No entanto, hoje em dia, com o uso das plataformas digitais, podemos divulgar publicamente qualquer tipo de informação, imagens e opiniões a qualquer momento.

De um lado, estas ferramentas são ótimas aliadas na construção de uma imagem pessoal e profissional, por outro, o uso inadequado pode resultar em experiências negativas. Por isso, gostaria de convidá-lo a refletir sobre a seguinte questão: qual impressão você está passando sobre si mesmo nas redes sociais?

No ambiente corporativo, o Código de Conduta é um instrumento indispensável que divulga os valores, missão e visão da empresa como base para o comportamento esperado por todos na organização, e deve ser sempre atualizado de acordo com as conjunturas macro e microssocial.

Neste sentido, o uso da internet tornou-se um tema essencial a ser abordado pelas equipes de Compliance e Comunicação, durante os treinamentos e seminários que auxiliam os integrantes de uma organização a compreenderem suas normas e diretrizes. É certo que cada empresa possui seu próprio manual, porém, existem alguns pontos em comum que são fundamentais para manter as boas práticas nas redes sociais.

O primeiro fator a ser considerado, presenciado em diversas esferas do nosso cotidiano: as fake news. Opte sempre por fontes de informação oficiais, especialmente tratando-se de assuntos que envolvam a empresa que você participa. Além disso, seja na vida pessoal ou profissional, é importante que sejamos vistos como alguém que tem credibilidade.

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Lembre-se que a disseminação de informações falsas contribui negativamente para o nível de confiança que as pessoas ao seu redor depositam em você, além disso podem causar danos irreversíveis para as pessoas e para sociedade.

Na internet, o ato de deletar alguma informação do seu perfil nem sempre significa apagá-la definitivamente. Logo, verifique com cautela o conteúdo de suas publicações e curtidas, assim como as pessoas que têm acesso ao que você posta.

Tirar fotos no ambiente de trabalho é permitido, mas é importante atentar-se ao cenário antes de postar, pois algum documento sigiloso pode aparecer na imagem. Fora do trabalho, tenha atenção para não publicar fotos contendo o logo da empresa (crachás, uniformes, bonés) em locais inapropriados.

Antes de postar algo sobre eventos ou ações realizadas na empresa, verifique com a equipe responsável se tudo já foi divulgado de antemão. O engajamento do colaborador é muito importante e reforça seu comprometimento com a empresa, no entanto, os canais oficiais devem sempre ser pioneiros na promoção de eventos institucionais. Além disso, para não gerar conflitos entre os colegas de trabalho, é sempre bom dar o crédito aos envolvidos nas realizações.

Outro ponto importante é evitar “lavar roupa suja” nas redes sociais. Caso tenha algum problema com a empresa, com seus colegas ou líderes de trabalho, resolva a situação diretamente com os envolvidos.

Falar mal de alguém na internet pode resultar até mesmo em ações judiciais por calúnia e exposição de imagem, corroborando com demissões por justa causa. Ademais, lembre-se que as redes sociais são um espaço de descontração, todavia, ter cuidado para não ofender ou desrespeitar os outros nunca é demais, mesmo que em tom de brincadeira.

Dito isto, reforço a importância de tomar cuidado ao refletir uma opinião pessoal, para que isso não seja entendido como um posicionamento oficial da instituição. Todos temos o direito de usar nossas redes sociais da forma que nos sentimos melhor, porém, além da imagem profissional, a sua imagem pessoal também deve ser projetada com atenção e cautela.

Assim como é necessário ter ética em nossas relações e diálogos presenciais, essas boas práticas também se estendem às plataformas digitais.

Por Flávia Lima, coordenadora de compliance da Flexpag.

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Capa: Depositphotos