Garantir a autonomia e a liberdade dos profissionais é um princípio de valor imensurável para empresas e coloca o RH no epicentro de mudanças bem-vindas.
Para setores que lidam, diariamente, com a gestão de pessoas e suas mais diversas vertentes internas, a necessidade de se manter em um estágio de mudanças contínuas é inquestionável. E isso inclui, sem dúvidas, a figura do profissional.
Se o interesse é estimular um ambiente de alto desempenho, com índices consolidados de produtividade e engajamento, por que não reunir esforços em garantir a melhor jornada possível para os responsáveis em assegurar esses resultados positivos?
O Employee Experience, que em tradução livre traz para o debate o conceito de experiência do colaborador, tem como objetivo prioritário criar vínculos proveitosos entre empresa e capital humano, em benefício de um espaço corporativo acolhedor, humanizado e que incentive o protagonismo dos envolvidos no cotidiano operacional.
Os ganhos são numerosos e significativos, como a retenção de talentos, salto na qualidade das entregas, redução no turnover, entre outras contribuições que justificam uma atenção especial sobre o tema.
No que diz respeito à esfera física, isto é, a estrutura de trabalho oferecida às equipes, as resoluções podem ser mais simples, mas não menos relevantes. Claro, o investimento também deve ser condizente com a realidade do negócio, mas por se tratar de algo tangível, as dificuldades são facilmente diagnosticadas. Agora, quanto às demandas estratégicas impostas ao RH, o cenário é ainda mais complexo.
O profissional e a empresa na mesma sintonia
No contexto esportivo, quando um time está jogando em um mesmo ritmo, as chances de o sucesso ser alcançado são exponencialmente maiores. Para o meio empresarial, a lógica é similar.
Seguindo essa linha de raciocínio, é de suma importância garantir um alinhamento de expectativas, de modo que cada colaborador esteja à parte dos objetivos traçados internamente, do DNA que a companhia busca representar e de quais são os propósitos a serem perseguidos.
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Isso significa priorizar a criação de um clima organizacional de plena sinergia, com relacionamentos interpessoais favoráveis à troca de experiências, feedbacks e um suporte mútuo. Aqui, o diálogo é o fio condutor de transformações promissoras.
Os valores devem ser refletidos, mas não devem suprimir a liberdade do profissional em conduzir sua própria jornada, com autonomia e tranquilidade para inovar e interagir com seus semelhantes.
Para se ter uma ideia, segundo um estudo realizado pelo ResumeLab Brasil, 56% dos entrevistados deixaram o emprego porque não se sentiam confiáveis. São dados alarmantes, pois colocam a confiança como um fator primordial para o desenvolvimento individual e coletivo.
Cordialidade, flexibilidade e reconhecimento. Essa tríade resume com fidelidade uma gestão de RH capaz de absorver mudanças e conceder a devida valorização ao quadro de colaboradores. Os líderes devem se mostrar referências diretas desse novo tipo de mentalidade, em prol de uma cultura corporativa que enxergue os profissionais como donos de suas carreiras.
Para encerrar, tenho convicção de que o Employee Experience é um caminho natural para empresas compromissadas com o bem-estar e a efetividade de todas as pessoas em seus respectivos cargos de trabalho, sem exceções ou ruídos prejudiciais.
Por Pedro Augusto Bueno, Diretor Executivo de Gente e Gestão na Comm, a maior e mais sólida rede de lojas de produtos de telecomunicações. Possui mais de 15 anos de experiência no setor de Recursos Humanos, com forte liderança em processos de transformação cultural, reestruturação, aquisição, IPO e startup.
Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 51, “Os Pontos em comum entre Employee x Customer Experience” com Lidia Gordijo, CEO da Pitzi. Clique no app abaixo:
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