Você já ouviu falar em Sistema B?

Apesar de a princípio parecer estranho, a ideia central é bem simples, trata-se de um movimento global que pretende incluir na definição de sucesso nos negócios os temas relacionados às questões social e ambiental.

Para isso, identifica empresas que utilizem seu poder de mercado para estes fins. Segundo dados fornecidos pelo próprio site da causa, no Brasil já existem 233 empresas que são B.

O sistema B enfatiza outros aspectos derivados da atividade econômica, indo além do lucro.

Pessoalmente, eu compartilho dessa visão, pois equilibrar essas questões é importante para a construção de uma sociedade melhor.


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O lucro é sim fundamental na construção e geração de valor futuro, mas se é obtido sem levar em conta outros fatores, pode ser muito danoso à sociedade como um todo.

Por esse motivo, a adoção do sistema B, ou de qualquer outro conjunto de valores por parte das empresas, implica diretamente na adequação de seus próprios conjuntos de valores. Isso deve acontecer na velocidade que cada organização conseguir ou quiser essa adequação.

Um dos enunciados do Sistema B é: “Para conseguir uma mudança sistêmica na economia, onde se conheça e se valorize as Empresas B, é necessário gerar conexões críticas entre os principais atores, para a construção de Comunidades de Prática, que serão o motor da mudança para novas economias”.

Vejo nesse enunciado uma conexão profunda com a gestão pelo sistema de OKRs – Objectives and Keys Results – Objetivos e Resultados Chaves.

Por que?

Porque quando falamos sobre o envolvimento de pessoas em torno de uma agenda, esbarramos em um dos princípios do OKR. E eu defendo com afinco que é extremamente importante definir uma mensagem clara que se quer comunicar, a fim de que o time, as pessoas se engajem e trabalhem em prol do assunto.

Embora tenha sido criado há algumas décadas, os OKRs são uma ferramenta de gestão fundamental nos dias de hoje, conectada com a rapidez que o mundo globalizado exige, dando peso a coisas pouco consideradas nos sistemas de gestão atuais, como o envolvimento da equipe, reconhecendo a importância da participação de cada um no desenvolvimento do todo.

A grande sacada em torno do Sistema B é que algumas pessoas com ideais semelhantes se reuniram e começaram a construir uma visão de futuro que, em algum momento, passaram a chamar assim, Sistema B.

Esta visão só vai se materializar de verdade, não no time que criou a ideia, mas quando e quanto mais pessoas se envolverem.

Em resumo, o Sistema B é um importante movimento para que empresas e pessoas entendam a importância das questões social e ambiental em seus negócios e em suas vidas, não só para melhorar a realidade de cada um, mas também pensando no futuro que queremos deixar para nossos filhos e netos.

A gestão por OKR é uma excelente ferramenta para materializar essa mudança. Não tendo uma hierarquia para que se defina top down que algo precisa ser feito, você precisa ser muito hábil na comunicação e deixar resultados claros para que a estratégia seja, de fato, colocada em prática e gere os impactos desejados.

Além disso, também prevê ajustes rápidos, mais do que necessários num mundo globalizado, onde um problema identificado a milhares de quilômetros pode rapidamente impactar a todos.

Quer melhor exemplo que o vírus da Covid?

Alguém pode se perguntar: sim, mas e quanto a questão ambiental?

Quer melhor maneira de implantar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela ONU, do que com o uso do OKR?

O sucesso dessa implantação, em qualquer esfera, será melhor e mais rapidamente alcançado se for usada uma ferramenta de gestão ágil, que envolva as pessoas, que possa sofrer algum ajuste na rota quando identificado um problema.

Não é uma semelhança. Essa ferramenta é o OKR.

Como o Sistema B afeta o futuro das empresas?

Por Pedro Signorelli, conta com 20 anos de experiência no mercado corporativo, tornou-se especialista na implementação do método OKR. Em 2019, criou e fundou a Pragmática Consultoria em Gestão, com o objetivo de ajudar outras organizações em suas jornadas de transformação e gestão.

 

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 55, “A vez do ESG e o papel do RH nesse contexto” com Alan Kido, Gerente de Diversidade e Inclusão da TIM. Clique no app abaixo:

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Capa: Deposithphotos