Dois anos depois do início da pandemia e várias dúvidas ainda pairam nas mentes dos gestores. A questão do home office permanece uma incógnita. Muitas companhias programaram a volta ao trabalho presencial, ainda que em alguns casos, num modelo híbrido, mas foram demovidas da ideia pelo novo cenário de propagação da doença.
Nesse clima de incerteza a questão essencial permanece: o que o gestor precisa fazer para extrair o melhor de sua equipe, ainda que à distância? Mais do que nunca os rumos da companhia precisam estar alinhados com todos. Quando conseguimos ter os objetivos claros e alinhá-los com o time, fica mais fácil atingir os resultados, por mais desafiadores que sejam.
O fato é que estar distante torna esse desafio ainda maior, e mesmo que o problema possa ser amenizado com encontros virtuais, como já ocorre, naturalmente não conseguimos nos separar totalmente da rotina da casa, como o tocar de um interfone, o animal de estimação que entra pela brechinha da porta, o abraço carinhoso do filho. Todas essas interferências, por mais agradáveis que sejam, existem e podem nos desviar a atenção.
Por isso logo no começo destaquei a importância da clareza dos objetivos. Quando conseguimos passar isso para a equipe, damos um grande passo, não só para manter todos em sintonia, mas para que voltem para a rota, mesmo após terem desviado a atenção.
Outro ponto fundamental é o modo de gerenciar neste novo formato. É importante que o gestor esteja, ainda que distante fisicamente, disponível aos seus liderados e colegas e atento às prioridades: de um lado, garantir que o trabalho corresponda às expectativas e metas; e de outro, proteger a satisfação e bem-estar de cada um.
Uma pesquisa realizada pela empresa brasileira Global Line com 145 empresas multinacionais que operam no Brasil, mostrou que 58% dos entrevistados estão “muito confortáveis” com o teletrabalho e 36% de pessoas “confortáveis”, contra 6% “desconfortáveis”.
Considerando esse levantamento, fica fácil entender que esta é uma mudança que veio para ficar, afinal, o trabalho remoto traz diversos benefícios, como mais flexibilidade e autonomia para gerir o próprio tempo, deixando de desperdiçá-lo em deslocamento. A ida até o local de trabalho pode ser complicada especialmente para quem trabalha em uma cidade com trânsito caótico, como São Paulo e outras capitais ou grandes cidades.
Por isso, é necessário definir os OKRs – Objectives and Keys Results ou Objetivos e Resultados Chaves -, determinados de acordo com a relevância do que precisa ser feito, com prazos para a entrega de cada etapa do trabalho. De uma forma simples e de fácil entendimento, o sucesso da produtividade no home office depende do processo de melhor adaptação a esse novo formato que veio para ficar e transformar a rotina de trabalho de uma grande parte da população.
Utilizado com proficiência, o método OKR eleva a produtividade no dia a dia do profissional, pois deixa claro para as pessoas o que elas precisam fazer e como seu trabalho contribui para o todo.
Por Pedro Signorelli, conta com 20 anos de experiência no mercado corporativo, tornou-se especialista na implementação do método OKR. Em 2019, criou e fundou a Pragmática Consultoria em Gestão, com o objetivo de ajudar outras organizações em suas jornadas de transformação e gestão.
Em período de mudanças constantes, ouça o PodCast do RHPraVocê, episódio 70, “Quais competências não podem mais faltar para um profissional de RH?” com Emanuella Velez, consultora organizacional e uma das 25 mais influentes vozes do LinkedIn no Brasil. Clique diretamente no app abaixo:
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