Não há conflito de gerações quando há um bom time de RH alinhado com entregas. O conflito de gerações nas empresas é um assunto discutido há anos dentro e fora do departamento de recursos humanos, mas que ganhou mais força após a pandemia, em que as relações de comunicação no trabalho passaram a ser remotas, abrindo espaço para possíveis GAPs nas emissões e recepções de mensagens, por exemplo.

Há as diferenças de valores, atitudes e expectativas entre as diversas faixas etárias como a principal causa, à medida que a força de trabalho envelhece, as organizações têm uma mistura de trabalhadores de diferentes idades que pode acarretar em tensões e conflitos.

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Os números fornecidos pelo IBGE, referente ao ano de 2018, já desenhavam que os idosos representavam 7,2% ativos no mercado de trabalho, e apesar de serem uma minoria diante das demais gerações, o risco de conflitos de ideias é inflamável e pode trazer atrasos para os projetos, impactar no turnover entre outros problemas que podem sobrecarregar o RH, caso não tenham ações precavidas. Ou seja, necessário compreender melhor as características de cada geração 

Tudo bem, mas que geração eu sou e que gerações existem na minha companhia?

As características das gerações podem variar dependendo do contexto cultural, econômico e social em que cresceram, mas, em geral, existem exemplos muito marcantes em cada uma delas que estão presentes nas companhias nos dias atuais e precisam ser entendidos previamente pelo departamento de recursos humanos.

Começando pelos Baby Boomers, eles são experientes devido à história do pós-guerra e cresceram em um período de grande prosperidade econômica. São conhecidos por serem dedicados, leais, comprometidos com suas carreiras e com a empresa em que trabalham.

A Geração X abraça aos que vivenciaram o período de mudanças sociais, tecnológicas e econômicas significativas e são conhecidos por serem independentes, autônomos e adaptáveis à mudanças.

A Geração Y é conhecida por ter mais colaboradores com forte equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, com boa flexibilidade, diversidade e um papel ativo na inclusão. Há, também, a tão aclamada Geração Z– são praticamente os filhos da tecnologia, da globalização e conhecidos pela agilidade, flexibilidade e criatividade extrema.

O estudo de como as gerações se comportam possibilita o trabalho mais assertivo para o RH compreender como pode atuar com diferentes perfis para gerar soluções de conflitos, para que exista ainda mais harmonia nas relações e interesses de trabalho.

Mas, além disso, entender como se comportam esses grupos fortalecem ainda mais a inserção de cada estilo de colaborador em tarefas que podem ter mais rendimentos por eles, otimizando, até mesmo, tempo na execução de alguns trabalhos. 

Sim, o RH pode ajudar no conflito de gerações, mas como? 

O departamento de Recursos Humanos pode, e deve, não apenas se precaver, mas, principalmente, desempenhar o papel importante na gestão do conflito de gerações nas empresas e orientação para gestores e seus times. Para isso, é preciso Compreender as diferenças de cada faixa etária.

Ou seja, promover a compreensão e a conscientização sobre as características e valores de cada grupo, por meio de treinamentos, workshops e de uma comunicação aberta e transparente.

É importante a adoção de políticas flexíveis que podem ajudar a promover um ambiente de trabalho mais calmo, que permita que os colaboradores tenham equilíbrio entre vida pessoal e profissional, horários de trabalho alternados, home office, entre outros benefícios. 

Não devem ficar de fora, do plano de RH, os programas de mentorias, atividades de trabalho em equipe e outras ações de desenvolvimento que aproximam as diferentes gerações e promovem a troca de experiências – criando um ambiente inclusivo que respeite as diferenças e as necessidades de cada um, com revisão de políticas internas e práticas que possam garantir a equidade e a diversidade constante.

O RH pode, também, estimular o aprendizado contínuo, oferecendo programas de treinamento e desenvolvimento que atendam às necessidades de diferentes gerações. Isso pode ajudar a desenvolver habilidades, capacidades e competências para lidar com diferentes desafios do ambiente de trabalho.

Dessa maneira, os profissionais responsáveis pela gestão de pessoas podem contribuir no gerenciamento de conflito de gerações por meio de políticas flexíveis, comunicação aberta, colaboração, ambiente inclusivo e aprendizado contínuo. 

O mais importante, diante disso tudo, é que o departamento esteja de olhos atentos para abraçar os diferentes perfis e estar preparado para administrar conflitos para que não respinguem nos resultados e estrutura hierárquica da companhia.

E, vale ressaltar, que as empresas devem aproveitar as diferentes habilidades e “pontos negativos” de cada geração para criar um ambiente de desafios, aprendizagem e crescimento profissional.

Não há conflito de gerações quando...

Por Gisele Zacharias, Gerente de Recursos Humanos da RB Serviços, especializada em soluções em gestão de benefícios para empresas, proporcionando resultados positivos para seus clientes e respectivos funcionários.

 

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