A Lei 10.097/2000 afirma que empresas de médio e grande porte devem contratar jovens com idade entre 14 e 24 anos como aprendizes. O contrato de trabalho pode durar até dois anos e, durante esse período, o jovem é capacitado na instituição formadora e na empresa, combinando formação teórica e prática. É exatamente por estas duas razões que os jovens estão, ou deveriam estar, naquelas áreas onde a sua capacitação realmente irá ocorrer.

A Lei quando aprovada materializará necessidades reais de nossa sociedade: diminuir a marginalização do trabalho infantil escravo, propondo à sociedade, com a obrigatoriedade das empresas em contratá-los, o dever de qualificá-los tecnicamente para fortalecer, desde a base, a mão-de-obra de nosso mercado de trabalho.

Por meio dessa vivência que os jovens têm a oportunidade de inclusão social com o primeiro emprego e desenvolvem aptidões, enquanto os empresários têm a oportunidade de contribuir para a formação dos futuros profissionais do país, difundindo os valores e cultura de sua empresa, tornando bases de formação sólidas e um mercado de trabalho mais saudável e competente.

Mas na prática, o que estamos percebendo é que falta um olhar mais aprofundado e medidas detalhadas sobre o tema e este olhar pode vir de qualquer um de nós.

Infelizmente, sabemos que algumas empresas contratam esse público com a finalidade de atingir cotas e, com isso, percebemos um grande abismo do ponto de vista não só de educação, mas de oportunidades para o futuro, ou seja, de efetiva qualificação.

A primeira experiência de trabalho dos jovens, muitas vezes acaba sendo banalizada para qualquer função, enquanto o grande objetivo do programa seria o de formar os jovens para o mercado profissional.

Aqui na Verisure temos um projeto de longo prazo para esses jovens profissionais, em que não olhamos somente para o momento presente, mas dissecamos todos os cargos e capacidades técnicas para que eles estejam alocados na área que possibilitará o potencial máximo de suas competências.

Com isso, temos na maioria dos casos, após dois anos, a contratação desses jovens, que ficam conosco na companhia. Isso porque percebem uma real preocupação com o seu desenvolvimento.

Nós, como empresa, temos que trazer o propósito para seu trabalho, por mais simples que seja inicialmente, e acompanhá-los de perto para fornecer toda a capacitação e o apoio necessários para que possamos colher os frutos desse investimento.

E quando falamos de investimentos, não há maior garantias do que investir em pessoas. Antes de contratar apenas pela obrigatoriedade da lei, lembre-se que por trás dela há alguém que quer e precisa crescer.

Alguém que se você ajudar, vai contribuir com a sociedade e, muito provavelmente, repetir o gesto quando ocupar um cargo maior. Que possamos olhar além das cotas.

A realidade além das cotas

Por Rafaela Scrivano, advogada e Legal and Compliance General Manager na Verisure Brasil.

 

 

Ouça também o RHPraVocê Cast, episódio 126, “Até o ‘bom dia’ vira reunião: é mesmo tão difícil se adaptar à comunicação assíncrona?”. Será que todos os líderes estão, de fato, preparados para se adaptar a um diferente estilo de comunicação? Há solução para as reuniões em excesso deixarem de ser parte do dia a dia?

Para responder a isso e auxiliar no melhor entendimento sobre a importância da comunicação assíncrona, o RH Pra Você Cast traz a neurocientista Ana Carolina Souza, sócia da Nêmesis, empresa de educação corporativa. Clique no app abaixo:

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