O estudo feito pela rede social profissional LinkedIn com mais de mil entrevistados em 2021, apontou que quase 50% dos brasileiros consideravam mudar de emprego em 2022. Esta porcentagem é ainda mais alta para os profissionais jovens entre 16 e 24 anos, de 61%.

Os principais motivos para a mudança são a busca por melhores salários e o desejo por um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Diante desta realidade, é preciso se preparar para as mudanças de cargo ou até de empresa.

O atual cenário de negócios não permite um longo período para a nova adaptação e, por isso, estruturar o seu processo de integração é fundamental. As competências mais valorizadas neste momento incluem versatilidade, adaptabilidade e agilidade.

Além destas, elenquei cinco dicas para ajudar na melhor integração. Confira:

1. Conhecer muito bem a nova companhia – Se você se movimentou para uma nova empresa, é hora de conhecer profundamente a nova companhia e as suas atividades. Mergulhe nos negócios, conheça a estrutura organizacional, as políticas, liderança, e faça uma imersão para compreender a cultura.

A não ser que você tenha vindo para liderar uma mudança ou transformação cultural, o estilo da empresa certamente lhe obrigará a ajustar algumas condutas e comportamentos;

2. Domine a sua função – Não só compreenda as suas responsabilidades, mas alinhe de imediato com o seu superior às expectativas de entregas e realizações para esse novo ciclo. Metas “SMART” sempre ajudam muito. Faça no início reuniões de alinhamento frequentes com o seu superior para garantir que você está remando na direção certa e depois esses encontros podem ser mais espaçados.

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Se você não apresenta todas as competências técnicas e comportamentais para o exercício pleno da função, trabalhe rápido com o RH e seu líder num plano de desenvolvimento individual. Essas eventuais oportunidades de desenvolvimento normalmente foram identificadas e medidas ao longo do processo de seleção.

3. Ninguém realiza nada sozinho – Se você é gestor, garanta que você tem um time à altura dos seus desafios, mas lembre-se também que as pessoas precisam ser conhecidas e demandam um tempo para se adaptar ao seu estilo. Além do mais, desenvolver alianças e construir pontes com áreas pares ou parceiros é fundamental para o seu sucesso e o da organização.

Ao chegar na nova função procure compreender quem são os principais “stakeholders” internos e externos e monte, portanto, o seu “mapa de alianças”. A partir disso, tome a iniciativa de se aproximar, marcar conversas e, através delas, compreender como você pode ajudar e ser ajudado. E siga eternamente exercitando essas alianças.

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4. Nada se faz sem recursos – Após compreender a realidade da empresa e da área, assim como as expectativas de entregas que você precisa realizar, verifique se você tem os recursos disponíveis para tanto: recursos humanos, tecnológicos, financeiros, entre outros que são fundamentais para que as entregas sejam realizadas.

Só não se esqueça que os recursos são limitados e que o desafio é sempre fazer mais com menos. Mas sem recursos mínimos também não dá, então negocie.

5. Você tem 90 dias para mostrar por que veio – É fato que os grandes resultados são colhidos no médio ou longo prazo, mas trazer e divulgar resultados de curto prazo mostram à companhia que a sua contratação valeu a pena.

Portanto, compreenda rápido o que pode ser feito, coloque a mão na massa, faça acontecer e divulgue. É o que chamamos de “quick wins”.

Trabalhando bem estes pontos, a possibilidade de uma integração total à sua nova empresa ou equipe é quase certa e o prazo para isso deveria ser de cerca de seis meses. A partir daí, podemos considerar que a movimentação valeu a pena para ambas as partes.

Além disso, eleger um mentor interno, além do seu superior, para acompanhar todo esse processo por ser uma ajuda positiva.

Mudou de emprego? 5 dicas para melhor integraçãoPor Rodrigo Forte, sócio-fundador da EXEC e membro do Conselho nos Estados Unidos e líder no Brasil da Association of Executive Search and Leadership Consultants (ASC). Com mais de 20 anos de experiência em empresas de consultoria, liderou diversos projetos em Recursos Humanos.

 

A decisão de mudar de carreira (seja a mudança de profissão, setor ou área) é sempre acompanhada por muitas dúvidas e reflexões. Há um momento certo para isso? Há algum sinal para identificarmos que esse momento chegou? O CEO do Grupo TopRH, Daniel Consani, e a editora do RH Pra Você, Gabriela Ferigato, conversaram com Dani Verdugo, empresária, headhunter e CEO da THE Consulting e Hugo Capobianco, especialista de carreira da Consultoria Global Lee Hecht Harrison (LHH), sobre o processo de mudança de carreira e qual o planejamento para isso. Confira o papo player abaixo ou clicando aqui.

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