A responsabilidade de gerir pessoas e construir um ambiente de estímulo coletivo nunca foi tão complexa; como se comportar para resguardar talentos?

Não há como negar que os tempos são desafiadores para a gestão de pessoas. Porém, entendo que essa condição não precisa ser, necessariamente, algo ruim para lideranças e gerentes responsáveis pelo setor. Ao contrário, talvez, seja a hora de converter novidades em mudanças bem-vindas, que priorizem o bem-estar do colaborador e sua vivência dentro da empresa.

Seguindo essa linha de raciocínio, o reconhecimento (ou a falta de) é um fator determinante para o engajamento e a satisfação dos profissionais. O que muitos deixam passar é a importância de construir um caminho que leve à valorização em sua plenitude, passando por iniciativas que não classifiquem o capital humano como um ativo a ser preservado ou trabalhado – são pessoas, e sempre serão elas as maiores protagonistas de todo e qualquer negócio.


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Todos nós possuímos nossas aspirações e a vontade de crescer profissionalmente. Sob a perspectiva de uma companhia, seja lá qual for seu segmento de atuação, as atenções se direcionam para a forma como a cultura organizacional é lapidada. Afinal, o ambiente interno será um agente potencializador para a produtividade dos envolvidos no cotidiano de operações, ou um impeditivo que servirá de entrave para a evolução de todos?

Antes de reconhecer, é preciso conhecer

Pode parecer simplório, mas um ponto crítico para a falta de reconhecimento é a distância estabelecida entre colaboradores e líderes corporativos. Ser próximo é se mostrar presente, fomentando uma rotina de feedback constante. Além de dar tranquilidade ao indivíduo, para que o mesmo tenha condições de entender onde está acertando ou onde está errando, essa postura de proximidade humaniza relações importantes para a harmonia e o próprio alinhamento cultural.

Com processos transparentes, orientados a princípios atemporais, éticos, de justiça e conformidade, por exemplo, as chances de se criar um espaço atrativo para o protagonismo humano são muito maiores. E em um efeito dominó, os talentos, profissionais que almejam o destaque e a aplicação de suas qualidades, terão a certeza de que estão em uma empresa capaz de aproveitar e valorizar suas melhores características.

Propósito e autonomia: a díade de uma comunicação efetiva

Para que um mindset inovador seja implementado, a comunicação deve ser o fio condutor. Nenhuma iniciativa pode ser aderente se não há qualquer influência sobre a rotina de trabalho. É necessário tornar a mudança perceptível para todos, sem distinções. Desse modo, novas movimentações serão mais fáceis de serem concebidas, visto que tendências surgem a todo instante e permanecer estático não é uma alternativa recomendável.

Cada gestor deve olhar para a realidade de sua empresa com a devida abrangência, considerando aspectos e nuances que afetam, sim, a oportunidade de se aprimorar o modelo de cultura organizacional. Aqui, fórmulas exatas não se encaixam com a complexidade que o tema exige, mas o caminho para o reconhecimento precisa ter origem em uma abordagem humanizada.

Enfim, concluindo o artigo, coloco dois elementos como fundamentais para uma gestão de pessoas modernizada e atual: um senso de propósito bem estabelecido, no qual todos podem mirar em objetivos esclarecidos e alcançáveis, e a possibilidade de ser autônomo, com profissionais à vontade para se transformarem em protagonistas de suas respectivas jornadas.

Gestão deve enxergar talentos como pessoas!Por Pedro Augusto Bueno, Diretor Executivo de Gente e Gestão na Comm, a maior e mais sólida rede de lojas de produtos de telecomunicações, com pontos de vendas distribuídos nos principais shoppings. O executivo possui mais de 15 anos de experiência no setor de Recursos Humanos, com forte liderança em processos de transformação cultural, reestruturação, aquisição, IPO e startup.

 

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