Sobre as 4 práticas sobre gestão de pessoas que ficam para o pós-pandemia: Nos primeiros meses de 2020 presenciamos uma enorme revolução. Tivemos que aprender de maneira rápida a trabalhar longe dos escritórios e de forma pouco antes explorada. De acordo com um levantamento da EDC Group, 62% dos profissionais entrevistados tiveram durante a pandemia a sua primeira experiência de trabalho remoto.

Um outro estudo, realizado no mês passado, pela Gama Academy, o Tech Jobs Report, diz que 54,8% das empresas que participaram da pesquisa seguirão remotamente. Ou seja, tudo que desenvolvemos em pessoas e que as pessoas desenvolveram nas empresas durante esse período, ficará para sempre.

Dessa maneira, o mercado de trabalho enfrentou inúmeros desafios ao acessar o universo digital de forma contínua. Com isso, novas competências tiveram que ser desenvolvidas, adaptadas e reformuladas. Como poderíamos imaginar a ausência total da presença? Se por um lado, o distanciamento nos deixou mais solitários, por outro, ele também estimulou competências como colaboração, inteligência emocional, resolução criativa de problemas e autonomia.

No meu dia a dia à frente da área de pessoas, todos os dias pensávamos em como manter o nosso time bem e o negócio também girando? Não havia receita pronta. Acertamos e erramos. E, posso dizer hoje que os resultados aqui foram positivos.

Conseguimos manter o crescimento do negócio e, sobretudo, o time engajado. Hoje, sob um olhar positivo e acompanhando o avanço da vacinação, considero inúmeras lições aprendidas durante essa fase que já está próxima de terminar. E vou compartilhar cada uma delas com você. Em plena pandemia, conquistamos o selo GPTW, de melhor empresa pra se trabalhar.

  1. Liderança motivacional
    Desde as primeiras semanas de pandemia realizamos diferentes ações junto à equipe para atuarmos com uma liderança motivacional. Essa é uma metodologia de gestão que se dá por meio da empatia, do cuidado ao ouvir.
    Por isso, realizamos uma série de diálogos e mantivemos constância nos feedbacks. Assim, construímos um ambiente propício ao aprendizado e ao desenvolvimento de novas habilidades. Para o futuro, será fundamental propor ambientes flexíveis, que permitam que os colaboradores se sintam livres para inovar, serem criativos e, acima de tudo, serem ouvidos.
  2. Ambiente flexível
    E por falar em ambientes flexíveis, nunca a nossa flexibilidade foi tão testada. E isso tende a continuar. Aprendemos, nos últimos anos, a trabalhar de qualquer lugar e nos adaptarmos a cada videochamada que até hoje lota as nossas agendas.
    Pois bem, se por um lado esse foi um dos nossos principais desafios, por outro, falar por uma câmera, será uma regra para o futuro do mercado de trabalho. De acordo com uma pesquisa da consultoria de recrutamento Robert Half, 86% dos colaboradores preferem o modelo de trabalho híbrido – aquele que se divide entre o escritório e o home office.
    Ou seja, para atrair os profissionais, as empresas terão de pensar em formatos de trabalho flexíveis que possibilitem aos colaboradores uma integração entre o home e o office.
  3. Capacitação continuada
    A capacitação na pandemia superou apenas o fato de aprender algo novo. Ela também foi indispensável quando olhamos para a saúde mental. Apostamos na educação continuada, ou lifelong learning, promovendo mentorias internas, talks com profissionais de diversos segmentos, nos quais discutimos temas variados. Claro, temas estratégicos conforme o mercado e aos objetivos da agência. Mas que, além disso, promoveram discussões profundas e interação em períodos solitários.
    Para o futuro será necessário repensar no que é realmente um benefício para os profissionais. Será importante que as empresas fomentem o aprendizado contínuo, através de benefícios para os colaboradores se capacitarem. Quem sabe parcerias com instituições, cupons de descontos para cursos livres, graduação e pós-graduação. Essas foram algumas ações que tomamos aqui na Fala Criativa, deram bem certo e vamos continuar atuando.
  4. Diálogo e clareza
    Diálogo e clareza são temas que ultrapassam os limites profissionais. Eles devem ser importantes também no nosso lado pessoal. Durante a pandemia, eles foram fundamentais para manter a equipe próxima e unida.
    Apostamos em inúmeros feedbacks e avaliações de desempenhos. Debatemos pontos como engajamento, gerenciamento do tempo, flexibilidade, inteligência emocional, entrega de resultados e suporte de líderes na construção de PDI’s dos liderados, o chamado plano de desenvolvimento individual.

Sempre com muita verdade de ambas as partes. E essa é uma lição que fica para o futuro. O profissional precisa ter acesso a programas que o desenvolva, mas também precisa ter um local de fala honesto e atento. Escutar o outro, principalmente uma crítica, é quase como uma consultoria gratuita. É uma maneira de saber onde podemos melhorar. Essa sinceridade e troca também deve ser mantida para o futuro.

Vale lembrar que, para que essas decisões tomadas resultem efetivas, é necessário que a empresa tenha a cultura da escuta ativa e empática, que constrói diariamente uma relação de cuidado, bem-estar e confiança com o time.

4 práticas sobre gestão de pessoas para o pós-pandemia

Por Thaís Coralo, Head de People na Fala HUB.

 

 

 

Ouça também o RHPraVocê Cast, episódio 126, “Até o ‘bom dia’ vira reunião: é mesmo tão difícil se adaptar à comunicação assíncrona?”. Será que todos os líderes estão, de fato, preparados para se adaptar a um diferente estilo de comunicação? Há solução para as reuniões em excesso deixarem de ser parte do dia a dia?

Para responder a isso e auxiliar no melhor entendimento sobre a importância da comunicação assíncrona, o RH Pra Você Cast traz a neurocientista Ana Carolina Souza, sócia da Nêmesis, empresa de educação corporativa. Clique no app abaixo:

 

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