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Como encontrar vagas de emprego ocultas e aumentar as chances de contratação. É importante se atentar a detalhes fundamentais para estar no radar dos recrutadores

A busca dos brasileiros por trabalho segue grande no país, especialmente devido à alta taxa de desemprego. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), a taxa de desocupação no trimestre de junho a agosto chegou a 8,9%, o que representa 9,7 milhões de pessoas.

Porém, mesmo que a demanda por trabalho esteja alta, os brasileiros nem sempre encontram todas as vagas que estão disponíveis no mercado em sites ou redes profissionais, já que muitas delas não são divulgadas publicamente.

Empresas abrem oportunidades de emprego e as deixam ocultas por diferentes razões, como o caráter confidencial da posição e questões de cunho estratégico, pelo fato de a vaga ser de emergência — quando um trabalhador é desligado repentinamente —, ou até mesmo devido à falta de recursos da empresa para promover o recrutamento por meio de consultorias e seleções mais especializadas.

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Um levantamento realizado pela companhia de seleção SilkRoad, por exemplo, mostrou que a maior fonte de empregos em 2017 foi a indicação feita por um empregado da empresa, fator presente em 30% das contratações. Uma situação diferente da tradicional, portanto, em que o candidato se cadastra para uma vaga e espera por um processo seletivo junto a outros concorrentes.

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Diante dessa realidade em que boa parte das oportunidades estão ocultas, encontrá-las para aumentar as chances de admissão demanda a adoção de algumas estratégias. A primeira delas é a aproximação com os recrutadores em ferramentas profissionais, como o LinkedIn, por exemplo.

A rede social é amplamente utilizada por recrutadores em processos seletivos para checagens de currículos e da experiência dos candidatos. Quem busca por uma vaga pode se conectar com o recrutador na plataforma com uma nota breve de apresentação e, caso a conexão seja feita, o candidato pode até descobrir uma oportunidade antes de outros concorrentes, uma vez que o recrutador pode priorizar seus contatos mais próximos que tenham atributos relacionados à vaga aberta.

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Ter uma boa rede de contatos, o que é chamado no mercado de “networking”, também é tido como estratégia importante para estar no radar de recrutadores. É recomendável que o candidato participe dos eventos de sua área profissional, sejam eles presenciais ou virtuais; nesses encontros se torna possível conhecer novos profissionais, trocar contatos e experiências, bem como deixar uma boa primeira impressão para representantes de grandes empresas.

Uma outra dica também muito importante é retomar o contato com profissionais conhecidos da área, mas que estão afastados há algum tempo. A vantagem disso está no fato de o candidato não precisar se apresentar “do zero”, como ocorre quando uma pessoa nunca teve contato prévio com outro profissional.

É crucial salientar, porém, a necessidade de cautela na abordagem a essa pessoa distante; afinal, ninguém quer passar a impressão de que só retomou o contato para conseguir uma oportunidade de emprego e depois irá desaparecer.

Também é possível aplicar esses princípios internamente. Ou seja, caso alguém já esteja trabalhando e queira crescer na empresa, implementar no cotidiano os esforços de melhorar o “networking” e resgatar contatos afastados em outros setores pode ser um grande diferencial para o progresso interno.

Quando uma companhia abre vagas específicas, muitas delas estratégicas, nem sempre seus próprios funcionários sabem. É preciso estar atento, portanto, a todos os sinais de que a empresa está em busca de novos profissionais.

Encontrar vagas de emprego ocultas

Por Karol Fabreto, psicóloga com nove anos de atuação em Recursos Humanos. É recrutadora e especialista em recolocação, uma das maiores referências do tema no Brasil. Com milhares de seguidores nas redes sociais e pós-graduada em Gestão de Negócios pela USP, compilou no método de “currículo magnético” seu conhecimento e experiência profissional na contratação de trabalhadores para multinacionais.

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 85, “Presencial, Remoto ou Híbrido: como definir o modelo de trabalho da empresa?” com Lucia Santos, diretora de RH da Adecco. Clique no app abaixo:

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