Um RH personalizável e humano

Benefícios 100% customizáveis, que possam ser acionados pelos colaboradores sempre que eles quiserem, representam o futuro do relacionamento das empresas com suas equipes. Tornar o RH personalizável, flexível e humano.

A pandemia reforçou uma tendência importante da gestão das empresas: a digitalização dos negócios. Mesmo quem era ainda contrário ao uso intensivo de tecnologia percebeu que seria preciso mudar. Foi preciso abrir a cabeça para o novo e se reinventar.

Essa reinvenção digital das empresas passa por alguns pilares importantes. O primeiro deles é a flexibilidade: em um mundo de mudanças constantes, fica muito difícil fazer planejamentos super estruturados. É possível ter certeza se as lojas estarão abertas daqui a um mês? Não, não é. Mas, mesmo assim, é preciso planejar estoques, campanhas promocionais e escalas de colaboradores.

Gestão flexível

Não é que não seja importante planejar. Afinal de contas, é preciso saber onde se quer chegar. Mas o mercado hoje é tão dinâmico que é impossível prever, logo de início, tudo o que vai acontecer. É preciso ter a capacidade de se adaptar às circunstâncias. Somente empresas com uma gestão flexível conseguem avançar dessa maneira.

O segundo pilar é o empoderamento das equipes. Uma vez que o planejamento de curto prazo vai sendo feito conforme se caminha, os times precisam ser capazes de tomar decisões sem consultar a hierarquia. Muda o tipo de liderança: em vez de dizer o que fazer, o líder diz para onde se quer ir.

Empoderamento significa autonomia e transfere responsabilidades para quem lida com as mudanças na linha de frente. Com autonomia, cada colaborador toma decisões conforme seu entendimento, em vez de seguir roteiros rígidos. Uma empresa com uma cultura de autonomia passa a ser uma empresa em que os colaboradores se auto gerenciam e têm voz ativa.

E isso muda tudo. Do macro ao micro. Dos modelos de gestão aos programas de benefícios aos colaboradores. Fizemos recentemente uma pesquisa com mais de 200 profissionais para entender a percepção sobre suas empresas. O que vimos é que, nessa corrida para se adaptar ao digital, a humanização das relações se tornou ainda mais importante. As empresas estão deixando de ser sistemas mecanizados, em que cada colaborador é uma engrenagem, e estão se tornando orgânicas.

Tudo se customiza em um RH personalizável e humano

Nesta nova sociedade orgânica de empresas humanizadas, só quem personaliza o relacionamento consegue engajamento. Isso vale para os clientes finais, mas também vale (e muito) para os colaboradores. Vivemos em um mundo customizável, de experiências individuais. Meu menu do aplicativo de streaming é diferente do seu, o conteúdo que chega ao meu Instagram não é igual ao seu. E assim por diante.

Ainda existe, porém, um grande gap a ser preenchido nas empresas: a personalização dos benefícios. Indo além dos benefícios exigidos por lei, como plano de saúde e vale-refeição, é possível criar um sistema que reconhece as preferências de cada colaborador e entregar o que é mais relevante para ele.

O conceito de benefícios flexíveis contribui para criar mais possibilidades de personalização, mas de uma forma bastante limitada. A partir de um valor definido, o colaborador pode selecionar opções diante de um menu fixo.

Marketplace no RH?

A evolução dos benefícios flexíveis avança no sentido de se oferecer soluções de serviços que fortaleçam a relação dos colaboradores com as empresas. Por exemplo, clubes de vantagens que oferecem para cada empresa pacotes de benefícios que os colaboradores podem usar como, quando e na intensidade que desejarem.

Como resultado, as empresas passam a contar com uma espécie de marketplace de serviços que apresenta condições especiais para os colaboradores. A personalização acontece efetivamente, um a um, já que o colaborador passa a ter benefícios que se transformam em vantagens em inúmeros momentos de seu dia.

Assim, se o colaborador que, por exemplo, está montando o enxoval de seu bebê, pode usar um vale-fraldas ao invés de um vale desconto na academia, o que será muito mais importante. Outro colaborador que esteja para casar pode aproveitar o mesmo recurso para comprar passagens aéreas com descontos, e assim por diante.

Com isso, as vantagens de um programa de benefícios corporativos se tornam mais perceptíveis. O pacote básico “plano de saúde + alimentação” é importante, mas quando são adicionados outros itens, existe uma percepção de obter vantagens no dia a dia. Uma empresa que oferece esse tipo de vantagem para seu colaborador é vista como mais humanitária, que está ao seu lado sempre.

Aumento de poder de compra

O ano de 2020 foi difícil para todos. Os trabalhadores tiveram o desafio de fazer as despesas caberem no orçamento e, assim, o acesso a produtos por meio de programas de vantagens se transformou em uma forma indireta de aumentar a renda para os colaboradores. Com isso, se tornou um ponto importante de diferenciação para os empregadores e uma maneira de entregar benefícios de forma personalizada, flexível e humanizada.

São vantagens presentes no dia a dia não apenas do colaborador, mas de toda a sua família. Isso aumenta a satisfação dos colaboradores e faz com que a empresa seja vista como mais empática e próxima de suas equipes.

RH

Por Marcelo Furtado, fundador da Convenia.

 

 

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 72, “O papel do RH e do gestor de pessoas na chamada “nova economia”” com Diego Barreto, vice-presidente de Finanças e de Estratégia e Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano, ambos do Ifood. Clique no app abaixo:

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