Investir na cultura de aprendizagem também deve ser responsabilidade das empresas

Educação e trabalho sempre caminharam juntos. Não há como desconectá-los, uma vez que a busca constante pelo conhecimento é o combustível que impulsiona o desenvolvimento pessoal e profissional de cada indivíduo. Quando entendemos isso, o caminho mais natural é admitir que faz parte do papel das empresas dividir com seus colaboradores a responsabilidade de mantê-los firmes na jornada do saber.

Isto porque é muito comum que profissionais mais experientes, seguros em suas funções, não se sintam desafiados a buscar mais conhecimento. E é aí que a cultura empresarial focada na aprendizagem começa a fazer diferença, tanto na vida do colaborador quanto na performance da empresa.

É claro que cada um é responsável por se desenvolver diariamente, mas é preciso que as empresas também assumam o compromisso de garantir que seus colaboradores tenham o tempo, os recursos, o suporte necessário para aproveitar ao máximo seus momentos de aprendizado e as oportunidades reais de crescimento profissional dentro da instituição.

Se o colaborador estiver submerso em uma avalanche de tarefas dentro do setor em que atua, dificilmente encontrará tempo e disposição para se dedicar ao estudo. Da mesma forma, se não houver o incentivo da empresa para que continuem evoluindo em seu conhecimento, com plataformas específicas de estudo corporativo e metas reais a serem alcançadas, o colaborador não irá se engajar neste processo.

E, finalmente – e talvez mais importante –, se não houver um plano de carreira claro e que dê oportunidades de promoção interna, os esforços serão pouco efetivos.

Na Allianz Partners, por exemplo, trabalhamos com metas para que cada colaborador atinja no mínimo 45 horas anuais de treinamento. Promovemos a aprendizagem autodirigida para permitir que os colaboradores aprendam em seu próprio ritmo sobre os assuntos que são mais relevantes para eles. Por meio da plataforma AllianzU (Degreed), são disponibilizados também diversos conteúdos em formatos que atendem às necessidades e interesses da equipe.

Desde 2020, implantamos a Discussão de Talentos, que é o plano de sucessão em que mapeamos toda a liderança da empresa e os seus potenciais sucessores. Por meio deste programa, identificamos os colaboradores para potenciais promoções, bem como as necessidades de desenvolvimento e aprendizado.

Além disso, utilizamos internamente o Plano de Desenvolvimento Individual que se baseia na aquisição de conhecimento pela abordagem 70-20-10, propondo que 70% das oportunidades de desenvolvimento venham de experiências, 20% de exposição e 10% do aprendizado formal.

É fundamental admitirmos que todos nós temos habilidades e competências a serem desenvolvidas e devemos assumir a responsabilidade pela nossa jornada de aprendizado, traçando o roteiro que queremos trilhar e determinando as metas a seguir.

Mas se pudermos contar também com o suporte das empresas, certamente haverá mais chances de transformar nosso futuro profissional.
Cultura de aprendizagem: responsabilidade das empresas

Por Simone Rezende, Superintendente de Recursos Humanos na Allianz Partners Brasil.

 

 

 

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Capa: Depositphotos