CNV – Conceito criado pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg é o único caminho para a inovação.
Como se conectar genuinamente com a equipe de trabalho, a ponto de gerar engajamento, produtividade e resultados melhores? Essa é a pergunta de milhões e que se tornou rotineira no ambiente corporativo.
A resposta, no entanto, pode estar no conceito criado pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg, e chamado de Comunicação Não Violenta, ou CNV, como é conhecido popularmente. Mas do que se trata esta prática?
Quando ouvimos sobre Comunicação Não Violenta, a primeira ideia que vem à mente é que a expressão se refere a um modo gentil de diálogo… ou talvez diga respeito a um conjunto de técnicas para melhorar o relacionamento com o outro, no ambiente de trabalho. No entanto, o conceito vai além dessas interpretações e sua aplicação impacta grandemente os processos de uma corporação.
Em meio a tanta diversidade e num mundo cada vez mais ágil, é urgente que as organizações aprendam a se conectar com o público interno para então, criar identificação com o público externo, que engloba os clientes. Mas para que isso aconteça, o primeiro passo é que as lideranças admitam suas vulnerabilidades e criem um ambiente seguro psicologicamente para seus colaboradores.
Nesse contexto em que se promove a liberdade para a expressão e o aprendizado é que os profissionais fortalecem seus propósitos pessoais, a comunicação flui melhor, de um ponto de vista mais sistêmico, gerando empatia e mudança. Num cenário propício à conexão interpessoal é que nascem estratégias disruptivas e verdadeiramente inovadoras.
A questão da “não violência”, por sua vez, não está relacionada à passividade, mas à mediação de conflitos. Ao contrário do que se imagina, a violência não está somente em atitudes, mas na omissão, na rejeição, na falta de cuidado com o outro e na indiferença, ou seja, a ausência de ação também pode ser violenta.
Ao compreendermos a necessidade de praticar a CNV nas companhias, ganhamos finalmente a chance de promover a Inovação Não Violenta, uma metodologia inédita, criada por mim, no Brasil, que propicia a transformação do indivíduo, de dentro para fora, a partir do autoconhecimento e do desenvolvimento de um pensamento sistêmico.
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Esse trabalho de inovação amplia o mindset coletivo sobre inclusão, empatia e diversidade e promove a reflexão de que mudanças reaisnão podem considerar somente os aspectos funcionaise e econômicos, mas deve contemplar as esferas sociais e ambientais. Esse modelo mental retroalimenta o clima organizacional, de forma efetiva e sustentável.
Empresas que recorrem à CNV e cujos líderes se relacionam melhor com seus times criam ambientes mais produtivos, estimulam os colaboradores de forma positiva e, consequentemente, melhoram os resultados junto aos clientes.
Por Fernanda Dutra, Mentora, Palestrante, professora universitária e autora dos livros “Efeito Melão” e “inovação Não Violenta”, ambos editados pela DVS Editora, distribuídos também em Portugal.
Ouça o PodCast RHPraVocê, episódio 89, “O poder do investimento em diversidade” com a fundadora da Newa Consultoria, Carine Roos. Clique diretamente no app abaixo:
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