O mercado de startups começa a se estabilizar, passados os anos de novidade desse modelo de negócios, vindos com grandes fluxos de investimentos. Apesar da queda de 57% desses recursos no ano passado (Distrito), há uma expectativa de retomada em 2024, que chega junto a demandas mais consolidadas, como a exigência de resultado e eficiência.
Quando pensamos em métodos ágeis, nenhuma empresa é melhor do que as startups, mas há outros recursos valiosos nessas companhias que podem ser utilizados para ampliar a eficiência operacional: o questionamento e a criatividade.
Todo negócio enfrenta períodos mais desafiadores, mas quedas de receita e perda de investimentos costumam gerar grande pressão nas organizações.
Como resolver problemas com menos recursos? Desistir nas primeiras dificuldades não pode ser uma opção. Processos que precisam de eficiência devem ser questionados. Pode ser mais rápido? Pode ser feito com menos recursos? Em última instância, eu realmente preciso realizar esse processo?
Para criar um ambiente de eficiência, é preciso fazer um constante raio-X da empresa. O trabalho de questionamento e de revisão deve ser amplo, completo e envolver todos os processos e despesas – tudo o que já foi feito e que ainda será realizado.
Nada deve ser considerado sagrado ou intocável. Se rende resultados, pode melhorar. Tudo o que não impacta nos negócios, também deve ser olhado com lupa. É mais do que necessário abrir mão do controle absoluto, pois recursos e ferramentas de controle custam caro e saber priorizar é essencial.
Um bom caminho para otimizar o uso de recursos é sair da perfeição para operar com risco mínimo. Como exemplo, podemos supor que uma empresa tenha um profissional exclusivamente para checar se as viagens de Uber contratadas foram todas para fins profissionais.
No período de um ano, quantas vezes foi constatado que o recurso foi utilizado para fins pessoais? Se foram poucas ocasiões e o valor não é significativo, a despesa com um profissional que exerce essa função não se justifica.
Melhor seria diminuir o controle nessa área e, se possível, realocar o profissional para uma área com demandas mais relevantes.
Outro aspecto fundamental para conquistar o ambiente de eficiência é o estímulo à criatividade e ao trabalho colaborativo. Para ter os colaboradores no mesmo barco e enfrentar a tormenta, a liderança deve demonstrar confiança e ser transparente a respeito da situação atual e dos planos para o enfrentamento.
Se não conseguem vender uma solução, é importante abrir o jogo e decidir como fazer diferente. Essa atitude permite que as pessoas decidam se realmente irão se mobilizar e integrar o time que faz a diferença para a empresa, se farão essa aposta no futuro.
Sem transparência, é mais difícil engajar as pessoas para este desafio. Além disso, é interessante manter processos abertos e poder contar com o trabalho colaborativo e a criatividade das equipes para encontrar soluções.
Sem dúvidas, manter as equipes motivadas em ambientes com menos recursos é outro grande desafio. Por isso, é importante ser muito estratégico para estruturar a retenção de talentos e times que impulsionam o crescimento da organização. Independentemente do contexto, é preciso estabelecer que todo grande resultado e todo trabalho bem feito devem ser reconhecidos.
Se não é possível dar um grande aumento, talvez seja possível diluí-lo até chegar num valor que corresponda às expectativas ou mesmo avaliar benefícios que sejam mais interessantes para esses profissionais.
Migrar do trabalho híbrido para o remoto ou lançar desafios diferentes e premiar equipes inteiras também pode valer a pena. Estes tipos de esforços precisam ser redobrados em ambientes de eficiência.
Sejam quais forem as estratégias adotadas para aumentar a eficiência, é importante que todos estejam alinhados e o trabalho colaborativo seja sistêmico. É necessário esclarecer a situação e permitir que os colaboradores respondam a ela.
Alguns perfis de pessoas se sentem mais motivados a encarar os desafios e seguir atrás de soluções, já outros perfis preferem buscar ambientes que ofereçam um crescimento mais imediato de carreira.
Por tudo isso, é fundamental ter um espaço saudável, pronto para lidar com medos e inseguranças. Construir eficiência é uma grande oportunidade para fomentar um crescimento mais robusto e sustentável.
Por Renata Baccarat, CHRO da Arquivei. Renata foi anteriormente diretora de RH do iFood e atuou na França, Holanda e Costa Rica quando trabalhou na Bacardi, onde ficou por quase nove anos. Teve passagem ainda na Whirpool Latin America e na Editora Abril/ MTV Brasil. Psicóloga formada pela USP, possui pós-graduação em Administração pelo Insper e cursou Talent Management pela Wharton Executive Education.
Para ampliar sua informação sobre o universo Startup, ouça o Podcast do RHPraVocê, episódio 68: “Por que as HR Techs são tão importantes para a transformação do RH?“.
Nos últimos anos, a transformação digital entrou de vez na pauta dos RHs.
Cada vez mais estratégica dentro das organizações, a área fez da tecnologia sua aliada para ser mais humana, já que a automação de processos e sua consequente agilidade permitem o foco dos profissionais em soluções para pessoas e efetiva gestão do bem-estar dos colaboradores.
Mas será que todos estão alinhados com os benefícios da tecnologia?
Para responder a isso, os cofundadores da Convenia, Marcelo Furtado e Rodrigo Silveira, bateram um papo com o CEO do Grupo TopRH, Daniel Consani, e com o jornalista Bruno Piai.
Eles falaram sobre as HR Techs e uso da Kaledo, plataforma de gestão da Convenia, para facilitação dos processos de RH. Confira clicando AQUI ou diretamente pelo app abaixo:
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