O mundo dos negócios é repleto de frases, falas, jargões e expressões militares, de guerra.

Provavelmente, você está familiarizado a dizer:

Estamos na batalha”,

“Estamos na luta”, não é?

Usamos a analogia da guerra todo dia e passa despercebido.

Público-alvo? Penetrando o mercado? Dominar o segmento?

Ou ainda: “Você precisa ter sangue nos olhos”.

Mas será que eu preciso de violência para fazer bem o meu trabalho?

Essa linguagem de guerra acaba criando um mindset terrível. Quando você enxerga a si mesmo como um comandante militar, que precisa eliminar o inimigo, que são os seus concorrentes, ou competidores, é muito mais fácil justificar truques sujos e uma moral deturpada.

Quanto mais eu utilizo a linguagem bélica para me referir ao meu negócio, empresa, trabalho, mais eu sintonizo com a guerra. E na guerra vale tudo: os fins justificam os meios.

Só que os fins não justificam os meios, porque se os meios são corruptos, o fim já está corrompido. Esse padrão não faz mais sentido.

Enquanto continuarmos a enxergar as outras empresas do nosso segmento como concorrentes, elas se tornam imediatamente referenciais que eu preciso dominar e eliminar.

Ou seja, a competição é regra. Por que o mercado precisa ser uma guerra? Por que existem concorrentes e não somente participantes no mercado?

Afinal, nenhuma empresa dá conta de abastecer um segmento inteiro sozinha.

Se observarmos as outras empresas como participantes, percebemos que cada um ocupa o lugar que precisa ocupar.

Tem espaço para todo mundo, tem lugar para todo mundo.

O que vai, de fato, destacar a sua empresa no mercado de trabalho é a qualidade do seu produto, a paixão que você coloca naquilo que você faz.

Você está fazendo o seu trabalho da melhor forma que você pode fazer? Isso, sim, é reconhecido. Existe uma espécie de ressonância vibratória no mercado.

Os seus clientes vibram na mesma vibe do seu negócio.

Enquanto eu me concentro apenas na competição, na guerra dos negócios, eu estou perdendo o foco naquilo que realmente importa, que é o que eu faço.

Se eu pegasse toda essa energia defensiva/agressiva e investisse no prazer de desenvolver o melhor produto/ serviço possível; contribuindo de uma maneira genuína no mercado, trazendo novas ideias, tão melhor seria tudo aquilo que eu entrego ao meu cliente.

Existe uma polaridade ao olhar para o outro: inveja e inspiração.

Nós podemos sair do modus operandi de guerra e ir para o paradigma da contribuição.

Empreender é batalhar: mas tem que ser assim?

Por Juliano Pozati, Strenghs Coach formado e licenciado pelo instituto Gallup (EUA), é publicitário desde 1999, Pós-Graduado em Estratégia Militar para Gestão de Negócios pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), membro afiliado ao Institute for Exoconsciousness (EUA) e representante no Brasil da The Spiritual Science Foundation (Espanha).

 

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Capa: Deposithphotos