Aplicar Personal Branding nas organizações traz inúmeros benefícios: marca pessoal, diferente do que muitos dizem sobre “construí-la”, trago e prefiro um olhar e reflexão mais humanizada e não “produtizada” sobre o assunto, é algo que todo indivíduo possui, está conosco desde que nascemos, é nossa “pegada no mundo”, aquilo que fica no outro a partir de comportamentos, posturas, práticas e percepções, a deixamos, em todo ponto de contato.

O que acontece com o passar do tempo é o tomar de consciência sobre ela, e então, a possibilidade de dar uma intencionalidade estratégica, o que impactará por sua vez, em carreiras e negócios ao longo da jornada.

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Independentemente do nicho de atuação, tempo de mercado ou fase de carreira, o que cada profissional precisa é aprender a geri-la em prol de seus objetivos. Esta marca pode ser melhor desenvolvida e potencializada a partir do Personal Branding (PB) que é o processo de gerenciamento da marca pessoal e não apenas por ações de marketing pessoal, há muito mais neste processo.

Todos podem construir um posicionamento no mercado, e isso trará vantagens para toda a sua vida profissional, não apenas em momentos específicos da carreira.

Por exemplo, quando está procurando um emprego, quando deseja ser promovido, abrir o seu negócio ou está realizando uma transição de carreira, ou mesmo, de cultura, buscando oportunidades em outros países.

O Personal Branding é uma área que completa 26 anos em 2023, e tem crescido em vários mercados, como o americano, por exemplo, de onde se originou.  E não deve ser utilizado unicamente por profissionais, também pode ser aplicado dentro das organizações.

O PB pode ser aplicado em vários casos, sempre que for necessário construir uma relação de confiança. Pode estar relacionado à força de vendas, à liderança, aos executivos, ao RH, ao CEO, ao mudar de cargo, ou quando for preciso contratar colaboradores.

E integra estratégia, tática e ações, e trabalha a identidade, a imagem e a reputação, tripé essencial para a gestão de qualquer profissional, inclusive dentro das organizações, onde trabalha-se o alinhamento da marca pessoal com a marca corporativa.

Trabalhar a Marca Pessoal pode levar alguém a preferir o nosso trabalho, em vez de escolher outro. Abrir oportunidades, fazer com que se fortaleça o elo de confiança e isso quando falamos de um colaborador traz força também para a marca empregadora. Veja alguns dados: Quase 50% dos empregadores não entrevistam um candidato que não conseguem encontrar online.

A marca pessoal é importante por melhorar sua posição ao se candidatar a um emprego. É por isso que 47% dos empregadores provavelmente não entrevistarão candidatos que não tenham presença online, segundo o CareerBuilder.

Com as redes sociais em alta e a competitividade global, torna-se cada vez mais imprescindível utilizar estratégias para se destacar. O desenvolvimento da tecnologia ocorre cada vez mais de forma acelerada, produzindo uma grande quantidade de informações. E o PB vem a auxiliar a empresa nisto.

Para superar a inércia e a entropia, devemos ser capazes de manter e consolidar as relações remotamente, conversar de forma relevante com as pessoas certas e gerenciar nossa imagem. Aproveitar plataformas profissionais de networking é uma das formas de se diferenciar e não correr o risco de ser esquecido. Manter-se relevante é a palavra da vez, mas para o público certo e não para todos.

Por exemplo,  leads obtidos nas mídias sociais dos funcionários convertem 7 vezes mais do que outros leads, segundo a Dreambox. Outro dado, 93% dos consumidores confiam nas recomendações de produtos ou serviços de pessoas que conhecem. 93% das pessoas dizem que ainda confiarão mais nas recomendações pessoais do que nos anúncios das marcas. Apenas 38% dos compradores confiam nas mensagens vindas de uma marca, segundo a Marketing Charts.

O PB (processo) ajuda em diversos cenários (favoráveis e em crises), e desenvolver o PB como uma competência, será cada vez mais crucial para um cenário global cada vez mais competitivo, entre profissionais e a tecnologia que avança. 

Pense nas empresas que são bem-sucedidas hoje e como elas são organizadas, que tipo de produtos elas vendem, que tipo de atendimento ao cliente que elas oferecem, a experiência que elas dão ao consumidor e o quanto isso afeta o profissionalismo necessário para esses modelos de negócio. Se as profissões mudam, perdem e criam, a necessidade de poder comunicar seu valor permanece constante.

Além das habilidades, para continuar a ser relevante e atrair oportunidades, trabalhar de forma eficiente com os outros requer ser claramente visível, posicionado, conectado. Todas essas coisas foram possíveis graças a uma estratégia eficaz de Marca Pessoal. Entre outras coisas, é a própria digitalização que nos oferece ferramentas funcionais para essa estratégia.

Saber usar as mídias sociais, cuidar do seu perfil e da sua rede representa formas inéditas de inovar sua profissão. Podemos nos beneficiar da desintermediação desenfreada que está ocorrendo e nos tornar protagonistas diretos de nossa narrativa.

Saber empregar o  PB gera mais visibilidade para o profissional e como aquela máxima diz ‘quem não é visto, não é lembrado. Então as possibilidades aumentam muito para quem dá atenção à sua marca pessoal.

Por que aplicar Personal Branding nas organizações?

Por Daniela Viek, uma das autoras do livro “Personal Branding nas Empresas – Como valorizar a empresa posicionando suas pessoas-chave“. Também é um dos principais nomes do mercado do Personal Branding, com 19 anos de atuação na área. Relações Públicas, especialista em Marketing, Comunicação Corporativa e Personal Branding com formações nos EUA e Europa. Sócia-fundadora da Youbrand.Company, empresa com clientes e casos de sucesso em mais de 20 países.

Ouça o episódio 142 do RH Pra Você Cast, “A busca pelos “talentos verdes” no mercado” com Nelmara Arbex, sócia-líder de ESG Advisory da KPMG no Brasil e na América Latina. Clique no app abaixo:

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